- Os celtas viviam em uma sociedade harmônica, que não era nem 
matriarcal, nem patriarcal, ou seja, as tarefas e as responsabilidades 
na aldeia eram realizadas de forma complementar - dentro do que seriam 
os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade (observação pessoal).
- Os homens utilizavam sua energia masculina relacionada com a razão e a
 força física, basicamente, para fazer ferramentas, caçar e defender a 
aldeia, enquanto que as mulheres empregavam a energia feminina da 
intuição na manipulação dos alimentos e medicamentos, como também na 
arte de curar.
- O homem era representado pelo sol, pelo dia, o claro e a capacidade de
 prover; e a mulher pela lua, a noite, que acolhe, acomoda e acalanta.
- Não havia a imagem rígida do "certo" ou "errado", mas posturas 
diferentes de vida, sabendo que cada um é responsável pelos seus atos, 
que tudo tem "os dois lados da moeda" e que o próximo devia ser 
respeitado.
- Os casais se uniam de acordo com sua livre escolha, sem dogmas ou obrigações e da mesma forma se separavam quando desejassem.
- Não havia o conceito de "posse" ou de domínio, nem de dualidade entre casais, mas sim o conceito de complemento.
- As mulheres eram muito respeitadas porque "sangravam" todo mês e não 
morriam, enquanto que o mesmo não acontecia com os homens, que voltavam 
feridos do campo de batalha. Também porque elas eram capazes de dar cria
 a seres pequenos.
- O Deus-chifrudo era a representação de um grande caçador, que havia 
caçado o maior e mais forte alce e usava a galha (chifre) deste animal 
como exibição de força e poder.
- Batizavam suas crianças com rituais de entrega do ser pequenino aos 
deuses para pedir proteção e ofertar a esta criança as características 
do deus/deusa escolhido(a).
- Casavam-se celebrando a junção de duas almas que se escolheram para compartilhar os sentimentos que nutrem uma pela outra.
- A dor era respeitosamente chamada de "Mãe-Dor", sendo compreendida como uma forma de ajudar a pessoa a crescer.
RELAÇÃO COM A MÃE NATUREZA:
- Os celtas viviam próximos à floresta, eram caçadores e agricultores.
- Observavam e estudavam as pedras, as plantas (ervas), as fases da lua,
 a influência que exerciam em suas vidas e tinham assim um bom 
relacionamento com a água, com o fogo, com a terra, com os animais e os 
elementais (espíritos da natureza).
- Realizavam festas, com danças, músicas e rituais, para comemorar fases
 da lua, estações do ano, boa colheita, chegada das chuvas, entre 
outras, as quais costumavam durar do poente ao nascente.
- Pão e vinho: eram utilizados nas refeições simbolizando as bênçãos que a terra dá.
INFLUÊNCIA DAS CRUZADAS:
- O movimento das cruzadas trouxe o contato agressivo com as idéias 
predominantes da Igreja Católica e muitas aldeias foram destruídas, seja
 em confronto armado, seja pelo choque cultural.
- Para os padres, eles eram considerados um povo pagão e precisavam 
então ser catequizados. Os adolescentes celtas foram os primeiros a se 
dobrarem em razão de sua natural curiosidade.
- Ao ter maior contato com os celtas, eles ficaram surpresos diante de tanta cultura e conhecimento.
- Para atrair maior número de pessoas para suas missas, os padres 
incorporaram datas comemorativas dos celtas em seu calendário, como por 
exemplo, o Yule, que é celebrado no hemisfério norte no dia 21 de 
dezembro e representa o nascimento da criança prometida (2). Por isso, a
 igreja católica "migrou" a data de nascimento de Jesus de 6 de janeiro 
(dia de Reis) para 25 de dezembro.
- As mulheres sobreviventes, de tanto serem perseguidas, infiltraram-se 
na floresta em busca de proteção e lá reunidas puderam aperfeiçoar e 
preservar seus conhecimentos.
- Algumas destas mulheres eram uma ameaça para o alto clero católico, 
por não aceitarem submeter-se aos conceitos da Igreja, e em função da 
sua sabedoria popular, da capacidade de cura e de adivinhações, entre 
outras qualidades, e "poderes psíquicos" que demonstravam e, por isso, 
foram aprisionadas e condenadas à fogueira.
- Em função desta perseguição, preferiram reunir-se secretamente e preservar seus conhecimentos utilizando-se de símbolos.
SOBRE A FILOSOFIA DE VIDA DAS BRUXAS:
- A ligação com a energia feminina da "Mãe Natureza" é muito forte.
- Consideram que a Bruxaria é um tipo de religião de auto-percepção.
- Buscam o melhor conhecimento do seu corpo e do seu humor, estudando a 
relação existente com o ciclo menstrual, com as fases da lua, com o 
período do ano e também como isso pode interferir no relacionamento com 
as outras pessoas e com seu companheiro.
- Tinham dois livros: um de capa preta, onde eram registrados os 
preparos das receitas e das poções, bem como os trabalhos realizados, e 
outro, que seria um diário pessoal.
- Não há o conceito "padrão de culpa ou/e pecado", mas sim o de 
responsabilidade individual pelos seus atos e pelos seus pensamentos e o
 respeito pelo próximo.
- Cultuam três deusas principais: a jovem (aquela que não pariu), 
representada pela lua crescente; a mãe (aquela que já pariu) 
representada pela lua cheia; e a anciã (aquela cujos filhos/filhas já 
entraram para o ciclo de renascimento, ou seja, já geraram outros 
seres), representada pela lua minguante.
- Trabalham com várias deusas, deuses e arquétipos, de acordo com o 
objetivo do trabalho; por exemplo, se precisavam de ajuda na caçada, 
invocavam os poderes de Diana.
- Família cósmica: entre elas há o tratamento carinhoso de mães, filhas e
 irmãs. Os conhecimentos adquiridos passam de mãe para filha, seja ela 
de sangue ou não. Uma mãe biológica pode "parir" uma filha de 
conhecimento.
- Cromoterapia (3): estudam e aplicam cromoterapia, inclusive nas roupas.
- Vestimentas: utilizam trajes de todas as cores, desde que com o 
conhecimento das repercussões energéticas das mesmas em seu campo 
vibratório e em cada ritual especificamente. As iniciadas usam apenas 
branco. Pajens usam preto e marrom (pela força telúrica) e sacerdotisas 
usam todas as cores, a depender da necessidade energética e 
possibilidade (também energética) nos rituais.
- Mágica: manipulação das energias densas e sutis de acordo com a 
vontade, interesses pessoais e ética, acima de tudo. Por exemplo, se 
alguém pede uma poção para uma conquista amorosa, usam-se frutas e 
folhas vermelhas para fazer um chá juntamente com emanação de energias e
 formas-pensamentos voltadas para o objetivo desejado. A pessoa que toma
 está desejando intensamente que sua vontade seja realizada, somatizando
 em si mesma algo "magicamente" sedutor, o que ajuda ainda mais a 
materializar as suas intenções; mas é MUITO importante ressaltar que 
qualquer forma de magia é usada para si mesmo (para ficar mais sensual 
ou sedutora, por exemplo), jamais para o outro.
- Caldeirão: ficava aceso dia e noite para cozinhar, fazer doces, sopas,
 poções e também para aquecer as casas por causa do frio. Hoje em dia já
 não é mais usado a qualquer dia nem a qualquer hora, mas em rituais e 
momentos específicos, e sempre conduzido por uma pessoa (no caso, uma 
sacerdotisa) que conheça os "mecanismos energéticos" desse uso. Um 
caldeirão não deve JAMAIS ser usado por homens, uma vez que representa o
 útero.
- Gato: os gatos são comumente associados às bruxas. São animais 
domésticos, mas ao mesmo tempo livres e independentes, sem sentimentos 
de posse tanto para o dono como para os bichanos, o que já não acontece 
com os cães.
- Sapo: símbolo de agilidade. São animais que vivem em brejos, locais de
 áreas úmidas e lamacentas, com muita destreza. No tempo dos celtas, era
 comum a realização de lutas no meio da lama, entre dois rivais, para 
"acertar a contas", pois as condições eram neutras e difíceis para 
ambos.
- Olhos de lagartixas, asas de morcego e de borboleta, pele de cobra, e 
outros: as bruxas não se utilizam de animais em seus trabalhos, somente 
plantas. Estes podem ser nomes simbólicos usados para ocultar as 
verdadeiras receitas como também para mistificar a figura delas.
- Vassoura: ainda na cultura celta, a vassoura é a representação da 
integração harmônica entre a energia masculina (cabo) e a feminina 
(palha), juntos, unidos, para "limpar a sujeira da terra". Nos rituais 
que participavam as mulheres, cantando e dançando com as vassouras nas 
mãos ao anoitecer e madrugada afora em volta da fogueira, os soldados 
das Cruzadas que as observavam de longe, imaginaram tê-las vistas saindo
 do chão e saíram contando que voavam. Daí a imaginação popular ampliou a
 lenda.
- Varinha: as mãos eram usadas para projeção de energias nos trabalhos 
de limpeza energética e de cura. A varinha seria o prolongamento dos 
dedos.
- Chapéu pontudo: é a combinação de duas figuras geométricas: o cone 
(representando a captação de energia superior) e o círculo 
(representando o "portal" da entrada desta energia ou o chacra 
coronário);
- Saia: vestimenta que ajuda a manter livre contato com a energia da 
terra, a qual é de certa forma bloqueada pelas calças nas mulheres, pois
 o maior canal telúrico feminino é o ventre. Já com os homens, o canal 
telúrico é mais sensível nas solas dos pés, não havendo, portanto, 
problemas no uso de calças.
- Rituais: fazem rituais para comemorações, tais como a menina que vira 
mulher, a mãe que engravida, o nascimento do bebê, o primeiro nascer de 
sol do bebê, a entrada na menopausa, a passagem definitiva para outro 
plano (morte), etc.
- Ética e responsabilidade: lembrar que você deve respeito a si próprio e
 ao que você faz aos outros. Não ficar preso ou preocupado por ter que 
corresponder às expectativas dos outros e da sociedade.
- Respeito a tudo o que foi conquistado pelos ancestrais: preocupação em
 combater as vaidades para não desmoralizar o que foi conseguido a 
"duras custas".
FRASES DE DESTAQUE:
- Você pode ser carcereiro ou libertador de si mesmo, a escolha é sua!
- Devemos estudar para aprender, e não para nos mostrar!
- A verdadeira ligação com as deusas e com os deuses se dá pelo coração, e não pela razão!
- A dor serve para você parar e olhar para si mesmo (a). É um instrumento de chamada, de observação e de ensino.
- Devemos respeitar os próprios limites, até que eles deixem de 
representar limites. E isso não é ir além, mas sim permitir que o tempo 
flua.
- Estamos todos juntos em um trabalho coletivo de descoberta individual.
Ana Karenina é sacerdotisa de Bruxaria Tradicional da Casa Telucama de 
Salvador, Bahia – Site: 
(http://planeta.terra.com.br/religiao/templocasatelucama/). É Reikiana –
 níveis 1 e 2. É pedagoga especializada em Administração escolar e 
Supervisão escolar, e professora de Didática e Psicologia da Educação, 
Pós-graduada em Psicopedagogia, Psicmotricidade e Sócio-Terapia. Dirige 
uma clinica com 25 profissionais da área terapêutica e faz palestras e 
aulas sobre temas espirituais, celtas e de Magia.
- Notas do texto:
1. Os celtas viveram por volta de 1.500 anos a.C., inicialmente, às 
margens do Rio Danúbio, na Alemanha, e depois se distribuíram pelo norte
 da Europa (Alemanha, Suíça, Suécia), Reino Unido (Irlanda, Inglaterra e
 Escócia), e para a Península Ibérica (Portugal e Espanha).
2. Para a mitologia celta, o Deus nasce da deusa, para depois se tornar o
 seu consorte, num ciclo que representa a eterna regeneração. O Homem 
nasce, cresce e morre, para depois renascer. A mulher pare, cria e 
envelhece. Não precisa do ciclo de morte-renascimento, pois guarda em si
 o poder de auto-regeneração.
3. Cromoterapia: O estudo das cores e suas repercussões psicofísicas
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