NÃO SABEMOS FAZER NENHUM TIPO DE RITUAL , SOMOS APENAS BLOGUEIROS
Livros Apócrifos - Parte 2 de 3
Autor: Walter Andrade Campelo
Apócrifos do Antigo Testamento
Livros Deuterocanônicos:
- Tobias - Livro que conta a estória de um Judeu reto da tribo
de Naftali chamado Tobias enquanto vivia em Nínive, após a deportação
das tribos do norte pela Assíria em 721 a.C.
- Judite - Livro que conta a estória de uma mulher corajosa e
bela em sua maturidade, vestida para festa com todas as suas
maravilhosas jóias, acompanhada por uma fiel criada, que obtém sucesso
em decapitar o general invasor Holofemes.
- Sabedoria - Livro sapiencial, cujo autor clama ser Salomão.
Muitos estudiosos atribuem sua autoria a algum judeu alexandrino, pois
suas idéias são claramente gregas, mais especificamente, se enquadram no
pensamento helenístico alexandrino.
- Eclesiástico - Sua autoria é atribuída a alguém chamado
Jesus, filho de Sirach. As suposições para a sua data de escrita variam
enormemente indo de 247 a.C. a 132 a.C. O livro é formado por reflexões
pessoais do autor, e teria sido transcrito por seu neto.
- Baruque - Livro é atribuído a Baruque, o escrivão de
Jeremias, e foi pretensamente escrito na Babilônia. Traz confissões de
pecados, clamor por misericórdia, uma exaltação à sabedoria, uma
mensagem aos cativos, e uma carta pretensamente escrita por Jeremias, a
qual o próprio Jerônimo, teólogo católico romano, chamou de
pseudo-epígrafe (texto escrito por um autor que diz ser outra pessoa).
- I Macabeus - Livro histórico que narra o período de
aproximadamente um século após a conquista da Judéia pelos gregos sob o
comando de Alexandre o Grande. Sem data ou autor definidos, nem no
livro, nem em escritos antigos de outros autores. Provavelmente foi
escrito entre os últimos anos do 2º século a.C. e antes de 63 a.C.
- II Macabeus - Livro que narra a revolta dos judeus contra
Antíoco e conclui com a derrota do general sírio Nicanor em 161 a.C. por
Judas Macabeus. É uma sinopse composta por um autor desconhecido de um
trabalho maior, normalmente atribuído a Jason de Cirene, do qual muito
pouco se sabe, exceto pela inferência de que teria vivido em Israel,
supõe-se que não tenha sido escrito antes de 124 a.C.
- Adições a Daniel - Textos em grego, incluídos junto aos
textos originais em hebraico. São os versos 24-90 do capítulo 3 (oração
dos jovens na fornalha), e os capítulos 13 (relato de Suzana) e 14 (a
farsa do dragão).
- Adições a Ester - Textos em grego, incluídos junto aos textos originais em hebraico. Há adições aos capítulos 1, 3, 4, 5, 8, 9 e 10.
Livros Anagignoskomena:
- Todos os livros que depois foram considerados como deuterocanônicos também fazem parte dos anagignoskomena. E além destes temos:
- III Macabeus - O livro na verdade não tem nada a ver com os
Macabeus ou com sua revolta contra o imperialismo grego, como acontece
com I e II Macabeus. III Macabeus conta a estória da perseguição dos
judeus sob o reinado de Ptolomeu IV. Provavelmente o título do livro vem
da similaridade de sua estória com a estória narrada em II Macabeus.
Mas, seu conteúdo é claramente ficcional.
- IV Macabeus - Este livro é na verdade uma homilia louvando a
supremacia religiosidade sobre as paixões, e para tanto faz uso de
muitos pensamentos de origem pagã. Também relata vários diálogos de
mártires que diferem substancialmente dos mesmos diálogos encontrados em
II Macabeus.
- I Esdras - Sua autoria é desconhecida, e a data de escrita
somente pode ser suposta em um período de tempo extremamente longo, algo
como um período entre 300 a.C. e 100 d.C. Este livro em sua maior parte
segue um paralelo da narrativa contida em Esdras, Neemias e no livro de
II Crônicas, sendo que algumas seções são traduções diretas destes
livros. O nome de I Esdras vem do fato de que o livro canônico de Esdras
é conhecido na igreja ortodoxa grega como a primeira metade de II
Esdras (a segunda metade é Neemias). Contudo, na igreja ortodoxa russa o
livro de II Esdras se refere ao I Esdras da Septuaginta. Já no
catolicismo romano o livro de Neemias é às vezes chamado de II Esdras.
Como pode ser visto, a confusão é grande quanto à nomenclatura deste
livro e dos livros canônicos, quando se tenta incluí-lo entre eles.
- Odes - Sua autoria e data de escrita são desconhecidos. É um
livro que está na Septuaginta logo após o Salmo 151. Como o nome indica é
um livro de canções que em grande parte repete canções encontradas em
outros livros da Bíblia, como as canções de Moisés
(Êxodo 15:1-19,
Deuteronômio 32:1-43),
a oração de Ana, mãe de Samuel
(I Samuel 2:1-10),
inclui também orações e canções encontradas em outros livros apócrifos,
como a oração dos três jovens (complemento deuterocanônico de Daniel).
Mas, o mais interessante é o livro incluir orações que são encontradas
no Novo Testamento, como o Magnificat de Maria (Lucas 1:46-55) e o
cântico de Zacarias (Lucas 1:68-79). Algo realmente fantástico para um
livro do Antigo Testamento (Já que alguns defendem que a Septuaginta foi
inteiramente traduzida e reconhecida antes de Cristo).
- Oração de Manassés - É um curto escrito de 15 versos que
relata uma oração de penitência do rei Manassés de Judá enquanto esteve
preso pelos assírios. O rei Manassés é registrado pela Bíblia como sendo
um dos reis mais idólatras de Judá em todos os tempos (II Reis
21:1-18), mas quando foi tomado cativo pelos assírios, se arrepende e
clama misericórdia a Deus
(II Crônicas 33:10-17).
Este livro pretende reproduzir a oração de Manassés a Deus neste momento.
- Salmo 151 - Este é um salmo curto, atribuído ao rei Davi,
somente encontrado na Septuaginta. Apesar de recentemente terem sido
encontrados dois manuscritos, nas cavernas de Qumram, que dão base
hebraica para este salmo, ele continua sendo considerado como apócrifo,
exceto pela igreja ortodoxa grega que o tem como canônico.
Livros Pseudo-epígrafes (ou pseudepígrafes)
- Ahicar ou Haiquar - Segundo o livro ele foi um sábio
Assírio conhecido por sua grande sabedoria. O livro também conhecido
como "As palavras de Ahicar" foi encontrado em um papiro aramaico de
aproximadamente 500 a.C. Ahicar profere durante a narrativa várias
palavras de sabedoria para seu sobrinho, como sendo de sua autoria. Mas,
de fato, elas são muito similares a partes do livro de Provérbios e
algumas outras a partes do livro apócrifo de Eclesiástico.
- Apocalipse de Abraão - É um apocalipse de origem hebraica que
foi provavelmente escrito entre 80 e 100 d.C. É somente encontrado em
uma tradução para o eslovaco antigo. O primeiro terço do livro narra a
conversão de Abrão do politeísmo ao monoteísmo, sendo seguido então do
texto apocalíptico. Esta parte do livro se inicia com Abraão
sacrificando a Deus
(Gênesis 15:7-16),
mas ao invés de serem aves de rapina que desciam sobre o sacrifício,
este texto diz ter sido o anjo Azazel. Este nome aparece na Bíblia
primeiramente em
Levítico 16:8,
onde é traduzido como "o bode emissário". No livro apócrifo de I Enoque
Azazel é descrito como um anjo caído do grupo dos "vigilantes", e está
diretamente associado ao inferno. Seguindo a narrativa apocalíptica o
anjo Laoel guia Abraão e este aprende várias canções de louvor a Deus e
vê Azazel ser condenado ao mundo inferior. Abraão é então levado ao
templo de Jerusalém onde vê este ser usado para idolatria resultando na
sua destruição por estrangeiros. Mas, o Templo é por fim apresentado
como tendo sido reconstruído em data posterior.
- Apocalipse de Elias - Este é um trabalho anônimo que se
apresenta como uma revelação dada por um anjo. O seu título vem do fato
deste livro citar o nome de Elias por duas vezes. O livro se divide em
cinco partes:
- Trata da questão do jejum e da oração.
- Uma profecia sobre os Assírios.
- Referencia a futura chegada do filho da iniqüidade, o qual é descrito em detalhes.
- Referencia o martírio de Elias e Enoque (baseado na morte das duas
testemunhas conforme registrado no livro canônico do Apocalipse de
João), o martírio de Tabita
(Atos 9:36-42),
e de mais sessenta outros homens.
- Referencia a destruição do filho da iniqüidade após o último julgamento.
- Apocalipse de Esdras - É um texto que reclama ter sido
escrito por Esdras, mas que certamente foi escrito muito tempo depois, a
sua datação é bem controversa, indo desde o 2º século d.C. até o 9º
século d.C. O seu texto se baseia fortemente em outro apócrifo mais
antigo conhecido como II Esdras (IV Esdras na vulgata ou III Esdras para
os ortodoxos russos). O texto mostra o autor tendo visões do céu e do
inferno, onde as punições a que são submetidos os pecadores são
descritas em detalhe.
- Apocalipse de Sidraque - Também conhecido como Palavra de
Sidraque, é um texto apócrifo antigo, mas de datação incerta. Seu título
provém da forma grega do nome de Sadraque, um dos três que foram
levados vivos à fornalha ardente pelo rei Nabucodonosor. O texto
descreve como Sadraque foi levado à presença de Deus, por Jesus Cristo
em pessoa. Mas, mesmo que o texto se mostre superficialmente Cristão,
ele é derivado de um texto judeu mais antigo, onde o nome de um arcanjo
foi substituído pelo nome de Jesus.
- Apocalipse de Sofonias - Este livro reclama ter sido escrito
por Sofonias (o profeta), sua narrativa consiste de Sofonias sendo
levado a visitar o céu e o inferno. Em sua visão do inferno Sofonias
teria visto dois anjos gigantes, sendo que um deles é apresentado como
sendo Eremiel, e é o guardião das almas. O outro dá a Sofonias um rolo
contendo uma lista de todos os seus pecados, mas um segundo rolo é
apresentado e Sofonias é julgado inocente e é transformado em um anjo.
- Apócrifo de Ezequiel - É um livro escrito no estilo do Antigo
Testamento e contém revelações que teriam sido dadas a Ezequiel. Hoje
sobrevivem apenas alguns fragmentos em citações de Epifânio, Clemente de
Roma e Clemente de Alexandria, e o Papiro Chester Beatty # 185. É
provável que tenha sido escrito entre 50 a.C. e 50 d.C.
- Ascensão de Isaías - Este apócrifo é datado do 2º século d.C.
e foi compilado por um estudioso Cristão do qual nada se sabe. O texto
tem três partes distintas, sendo que a primeira parece ter sido escrita
por um autor judeu e as outras duas por autores cristãos. A primeira
parte, normalmente chamada de o Martírio de Isaías, repete e expande os
eventos descritos em II Reis 20. No meio desta narrativa foi inserido um
apocalipse cristão conhecido como o Testamento de Ezequias. A segunda
parte do livro se refere à Visão de Isaías e sua jornada assistido por
um anjo.
- Assunção de Moisés - É um escrito de origem judaica, com data
e autoria incertas. É encontrado apenas em um manuscrito do século VI
em latim. Traz uma breve descrição da história judaica até
aproximadamente o 1º século d.C. O texto com aproximadamente vinte
capítulos revela as profecias secretas reveladas por Moisés a Josué no
final de sua vida.
- II Baruque - Também conhecido como o Apocalipse siríaco de
Baruque, é datado do final do 1º século ou início do 2º d.C. após a
queda de Jerusalém em 70 d.C. Este trabalho (contrariando Jeremias que
afirma ser Baruque um escriba) apresenta Baruque como um profeta e
bastante superior a Jeremias. É um misto de oração, lamentação e visões,
com um estilo de escrita próximo ao usado no livro canônico de
Jeremias. Trata especialmente da sobrevivência do povo judeu, mesmo após
a destruição do Templo.
- III Baruque - Também conhecido como o Apocalipse grego de
Baruque, é datado do final do 1º século ou início do 2º d.C. após a
queda de Jerusalém em 70 d.C. Este texto tal qual II Baruque também
trata da sobrevivência do povo judeu após a destruição do Templo,
argumentando que o Templo está preservado no céu e é apresentado como
estando completamente funcional lá, sendo mantido por anjos, não
havendo, portanto qualquer necessidade de reconstruí-lo aqui na terra.
Neste texto Baruque é apresentado a vários "céus", onde testemunha a
punição dos construtores da torre de Babel, e da serpente do Jardim do
Éden até que finalmente chega ao portão do quinto céu, o qual somente o
arcanjo Miguel é capaz de abrir.
- IV Baruque - É também conhecido como as Omissões de Jeremias
(Paraleipomena de Jeremias) quando combinado com a Epístola de Jeremias.
É considerado apócrifo por todas as denominações Cristãs exceto a
Igreja Ortodoxa Etíope. Sendo um pseudo-epígrafe significa que Baruque
não o escreveu. O texto está severamente editado, sendo difícil definir
quando cada parte foi escrita. Baruque é apresentado neste texto como
sendo um intermediário entre Jeremias e Deus, e não somente um escriba.
Advoga a xenofobia, o divórcio de esposas estrangeiras, e o exílio
daqueles que não se divorciarem. Deste modo, os que não se divorciaram
são retratados como sendo os ancestrais dos samaritanos.
- Conflito de Adão e Eva com Satanás - É um texto Cristão
encontrado em etíope e árabe, provavelmente do 5º século d.C. Descreve
os acontecimentos que se seguiram à expulsão do Jardim do Éden e segue
até o testamento e o translado de Enoque.
- Livro de Enoque - Este é um título dado a um conjunto de livros que se atribuem a Enoque, o bisavô de Noé
(Gênesis 5:18-24).
Normalmente o título "Livro de Enoque" se refere a I Enoque, que existe
inteiro somente em uma tradução em língua etíope. Há outros dois livros
chamados Enoque, II Enoque que existe somente em eslovaco antigo, e III
Enoque que existe somente em hebraico. O livro é dividido em cinco
partes distintas:
- O livro dos Vigilantes (I Enoque 1-36).
- O livro das Parábolas (I Enoque 37-71), também conhecido como as Comparações de Enoque.
- O livro dos Luminares Celestes (I Enoque 72-82), também conhecido como livro dos Luminares ou Livro Astronômico.
- As Visões de Sonhos (I Enoque 83-90), também chamado de o livro dos Sonhos.
- A Epístola de Enoque (I Enoque 91-108).
A passagem de I Enoque 1:9 é citada em
Judas 14-15.
Devido a este fato, muitos dos primeiros pais da Igreja consideraram
este livro como sendo canônico, entre eles Justino Mártir, Irineu,
Orígenes, Clemente de Alexandria e Tertuliano. Contudo, a Igreja como um
todo negou a canonicidade deste livro. E isto gerou inclusive problemas
para a aceitação da carta de Judas, por citar um livro apócrifo. No fim
o entendimento foi de que a citação de I Enoque 1:9 em Judas foi
canonizada pela ação do Espírito Santo ao permiti-la no Texto Sagrado.
Este texto foi datado como sendo do período dos Macabeus (aproximadamente 160 a.C.).
- II Enoque - Também conhecido como Os Segredos de Enoque é um
texto de origem judia com data e autoria incertas. Ele sobrevive apenas
em uma cópia em eslovaco antigo, texto este que certamente foi traduzido
a partir de uma cópia em grego. O livro trata da jornada de Enoque
através de dez céus até se encontrar com Deus, seguido por uma discussão
sobre a criação do mundo, e as instruções de Deus para Enoque para que
retornasse à Terra e disseminasse o que aprendera de Deus. Ao final
Enoque é levado de volta ao céu e é transformado no anjo Metatron. Neste
ponto o texto passa a tratar das histórias de Matusalém, Nir (irmão
mais novo de Noé), e Melquisedeque.
- III Enoque - Existe somente em hebraico, sendo datado do 5º o
6º século d.C. o livro clama ter sido escrito pelo rabi Ismael que se
tornou sumo sacerdote após ter visões do céu. O livro se inicia com o
relato da Ascensão de Ismael (1-2), em seguida mostra Ismael
encontrando-se com o Enoque (3-16), e uma descrição das moradas
celestiais (17-40), termina apresentando as maravilhas celestes (41-48).
- História dos Recabitas - História dos descendentes de Recabe
(II Samuel 4:2ss), vivendo em uma ilha liderados por Jonadabe (filho de
Recabe). O livro lembra muito os escritos mitológicos gregos, mostrando
particularmente similaridades com os contos de Terapeuta.
- Carta de Aristeas - É uma falsificação de origem
heleno-judaica atribuída a um certo Aristeas que a teria escrito para
Filócrates, descrevendo uma tradução para o grego das leis judaicas por
setenta e dois tradutores enviados ao Egito de Jerusalém a pedido da
biblioteca de Alexandria, o que teria resultado na tradução conhecida
como Septuaginta. Em 1684, Humphrey Hody publicou o documento "Contra
historiam Aristeae de LXX, interpretibus dissertario", no qual mostrou
que a assim chamada "Carta de Aristeas" era uma falsificação tardia
produzida por um judeu helenizante, originalmente distribuída para
atribuir autoridade à versão LXX. Esta dissertação é normalmente tida
como conclusiva.
- Vida de Adão e Eva - Este escrito de origem judaica foi
originalmente escrito provavelmente em torno de 70 a.C. A estória trata
dos acontecimentos imediatamente posteriores à expulsão de Adão e Eva do
Jardim do Éden e continua até a morte de Adão e depois de Eva. O livro
também apresenta uma visão da queda da raça humana do ponto de vista de
Eva.
- Salmos de Salomão - É um conjunto de dezoito salmos apócrifos
atribuídos a Salomão, mas que provavelmente foram escritos por um
fariseu da Judéia por volta do período da tomada de Jerusalém por Pompeu
em 63 d.C. São modelados de modo semelhante aos salmos encontrados na
Bíblia. E os salmos 17 e 18 são semelhantes ao Salmo 72 do livro de
Salmos.
- Pseudo-Filo - Texto em latim, chamado desta forma por estar
normalmente anexado ao trabalho de Filo de Alexandria, mas claramente,
não sendo um trabalho de Filo. Nesta obra o templo de Jerusalém é dito
como ainda existindo, o que poderia indicar uma data de composição
anterior a 70 d.C.
- Testamento de Abraão, de Isaque e de Jacó - É um trio de
trabalhos peculiares, apesar de não haver indícios de que fossem
originalmente uma única obra. Em seus estilos lembram a bênção de Jacó
encontrada em Gênesis 49:1-27. Os Testamentos foram originalmente
compilados provavelmente no final do segundo século d.C. por um judeu
cristão desconhecido, o de Abraão narra a relutância dele em morrer e
como a morte pessoalmente lhe veio e o enganou para que morresse. O
Testamento de Isaque está carregado de temas cristãos, apesar de se
entender que estes temas foram acrescentados ao trabalho originalmente
judeu. Relata que um anjo o leva ao céu, onde vê a tortura dos pecadores
antes de se encontrar com o falecido Abraão. Isaque, não estando ainda
morto é instruído por Abraão a voltar e escrever seu testamento, o que
faz antes de morrer definitivamente. O Testamento de Jacó se inicia com
Jacó sendo visitado pelo arcanjo Miguel e avisado de sua morte iminente.
Neste testamento são os anjos que Jacó encontra que pregam a mensagem
central.
- Testamento dos Doze Patriarcas - Este livro apócrifo traz os
últimos desejos dos doze filhos de Jacó. É considerado como literatura
apocalíptica judaica. Os testamentos foram escritos em hebraico,
provavelmente no final do 2º século a.C. ou início do 1º, sendo que
estudos recentes apontam para uma data entre 135 e 63 a.C. Tudo indica
que teve um único autor, provavelmente um fariseu. Mas, sofreu edição
posterior e interpolação de material de origem cristã em seu texto
original.
- Visão de Esdras - É texto apócrifo que clama ter sido Esdras
seu escritor. Os seus manuscritos mais antigos, compostos em latim,
datam do 11º século d.C. O texto tem grande dependência de II Esdras,
possui um apocalipse incipiente e retrata Deus respondendo às preces de
Esdras, e enviando-lhe sete anjos para lhe mostrar o paraíso.
Livros Apócrifos - Parte 3 de 3
Autor: Walter Andrade Campelo
Apócrifos do Novo Testamento
Praticamente todos os textos apócrifos do Novo
Testamento são pseudo-epígrafes, ou seja, são textos que clamam ter sido
escritos por alguém que não os escreveu. Dividem-se em várias
categorias, como evangelhos da infância, evangelhos judeu-cristãos,
evangelhos rivais aos canônicos, visões, cartas, textos gnósticos, etc.
Evangelhos da Infância
A falta de informação sobre a infância de Jesus nos
evangelhos canônicos levou os primeiros Cristãos a uma fome por mais
detalhes sobre a juventude de Jesus. Esta fome fez com que no 2º século e
depois, alguns escrevessem contando lendas sobre este período da vida
do Senhor, nenhum deles canônico, mas certamente populares em seu tempo e
depois, sendo que ainda hoje vemos reflexos de seu conteúdo na
religiosidade popular.
- Proto-evangelho de Tiago - Também chamado de Evangelho de
Tiago, ou Evangelho de Tiago da Infância, foi escrito provavelmente em
torno de 150 d.C. O documento se apresenta como tendo sido escrito por
Tiago, passando por Tiago o Justo, irmão de Jesus. O livro contém três
partes de oito capítulos cada, iniciando-se com a estória do nascimento e
infância de Maria e consagração ao templo, a segunda parte conta a
crise causada por Maria se tornar mulher e, portanto sua iminente
contaminação do templo e a designação de José como seu guardião e os
testes de sua virgindade, e por fim relata o nascimento de Jesus em uma
caverna, com a visita de parteiras, escondendo Jesus de Herodes o Grande
em uma manjedoura, e também o martírio de Zacarias pai de João o
Batista durante o massacre das crianças, e como João o Batista e sua mãe
foram escondidos de Herodes Antipas nas montanhas.
- Evangelho de Tomé da Infância - Não deve ser confundido com o
Evangelho de Tomé. O autor deste evangelho é desconhecido. A data
provável de sua escrita está entre 80 e 185 d.C. e descreve a vida do
menino Jesus, com eventos extravagantes sendo alguns deles malévolos. Em
um dos episódios Jesus está fazendo pássaros de barro, os quais em
seguida ganham vida. Este ato é também atribuído a Jesus no Corão. Em
outro episódio uma criança espalha a água que Jesus está juntando. Jesus
então amaldiçoa a criança que murcha até morrer.
- Evangelho do Pseudo-Mateus - Também chamado de Nascimento de
Maria e Infância do Salvador, ou de Evangelho de Mateus da Infância. É
uma composição em latim do 4º ou 5º século d.C. Este texto tem autoria,
mas clama ter sido escrito por Mateus e traduzido por Jerônimo. O seu
conteúdo é basicamente uma reprodução editada do Proto-evangelho de
Tiago, seguida da fuga para o Egito, e de uma reprodução editada do
Evangelho de Tomé da Infância. É nele que primeiramente se menciona um
boi e um burro como estando presentes no nascimento de Jesus.
- Evangelho Arábico da Infância - Foi compilado, provavelmente,
no 6º século d.C. e se baseia no Evangelho de Tomé da Infância e no
Proto-evangelho de Tiago. Consiste de três partes: O nascimento de
Jesus, os milagres durante a fuga para o Egito e os milagres de Jesus
como menino. Partes da narrativa deste evangelho, especialmente a
segunda parte (os milagres no Egito), também podem ser encontrados no
Corão.
- Outros evangelhos da Infância - A Vida de João o Batista,
supostamente escrito pelo bispo Serapião em 390 d.C. e A História de
José o Carpinteiro, provavelmente composto no 5º século d.C. no Egito.
Evangelhos Judeu-Cristãos
Alguns grupos dentre os primeiros Cristãos mantinham uma
forte submissão ao judaísmo, especialmente à lei mosaica, os quais o
apóstolo Paulo chamou de judaizantes, acabaram por criar evangelhos
segundo suas próprias crenças.
A maior parte destes escritos sobrevive apenas como
comentários críticos produzidos por pessoas da cristandade paulina, que
eram Cristãos que seguiam os ensinos do apóstolo Paulo, também tratados
em
I Coríntios 1:12
e
3:4
como "os que são de Paulo".
- Evangelho dos Hebreus - Este evangelho, composto em hebraico,
está perdido exceto por algumas citações de Epifânio, um escriba da
igreja que viveu no final do 4º século d.C. Este evangelho era também
conhecido por Jerônimo, que afirma em um de seus escritos que o estava
traduzindo para o grego. Sua data e autoria são desconhecidas, apesar de
alguns o atribuírem ao próprio Mateus.
Em geral, segue o conteúdo do Evangelho canônico de Mateus, mas com
algumas divergências importantes. Um dos pontos de maior distinção é que
ele referencia o Espírito Santo como sendo a mãe de Jesus, coloca
Tiago, o Justo, como cabeça da igreja de Jerusalém, e se concentra em
exortar para uma estrita obediência à lei judaica. Também altera a
oração do Senhor, substituindo o "pão nosso de cada dia", por "pão para
amanhã".
Epifânio, em seu trabalho afirma:
Eles dizem que Cristo não foi o primogênito de Deus o
Pai, mas criado como um dos arcanjos... que ele domina sobre os anjos e
sobre todas as criaturas do Todo-Poderoso, e que ele veio e declarou em
seu Evangelho, o qual é chamado Evangelho segundo Mateus, ou Evangelho
segundo Mateus aos Hebreus, dizendo: "Eu vim para fazer com que
cessem os sacrifícios, e se vós não cessardes com os sacrifícios, a ira
de Deus sobre vós não cessará".
- Evangelho dos Nazarenos - Aparentemente deriva do Evangelho
dos Hebreus, com poucas diferenças. Quanto à data e local de escrita há
muita controvérsia, mas como Clemente usou o livro no final do 2º
século, ele é certamente mais antigo que isto. O local de escrita mais
cotado é Alexandria no Egito.
- Evangelho do Ebionitas - Este evangelho tem grande afinidade
com o Evangelho dos Hebreus e com o dos Nazarenos. Como os outros dois
ele também somente sobrevive em pequenos fragmentos encontrados em
citações de autores dos primeiros séculos. Epifânio ressalta algumas
diferenças entre o Evangelho dos Ebionitas e o Evangelho dos Nazarenos.
Segundo ele os Nazarenos eram considerados como parte da cristandade
ortodoxa, enquanto o Ebionitas eram considerados hereges, especialmente
por rejeitarem o nascimento virginal de Jesus. Neste evangelho Jesus
aparece como sendo vegetariano, e somente no batismo recebe sua "parte
divina".
Evangelhos rivais dos Evangelhos canônicos
Muitas versões alternativas, grandemente editadas, de
evangelhos existiram durante os primórdios do Cristianismo. Estas
alterações normalmente serviam para dar suporte a alguma visão religiosa
particular, em geral, considerada herética pela igreja primitiva.
- Evangelho de Marcion - Também conhecido como Evangelho do
Senhor foi um texto usado em meados do segundo século por Marcion
excluindo os outros evangelhos. Este evangelho sobrevive apenas em
citações de seus críticos, contudo é possível através destas citações se
reconstruir praticamente todo o seu texto original. Este evangelho se
baseia no Evangelho canônico de Lucas, tendo sido editado para se
acomodar à teologia de Marcion, por exemplo, os dois primeiros capítulos
de Lucas, sobre o nascimento de Jesus e o início em Cafarnaum foram
eliminados e foram feitas modificações no restante para acomodar o
Marcionismo, por exemplo, em
Lucas 10:21
temos "Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra", em Marcion se
lê: "Graças dou, Pai, Senhor do céu", destacando a visão gnóstica de que
a terra é má, logo, Deus não é seu Senhor.
- Evangelho de Mani - Este evangelho escrito por Mani, um persa
que viveu no 3º século d.C. Ele tentou fazer uma síntese das correntes
religiosas de sua época: cristianismo, zoroastrismo e budismo,
produzindo com isto um novo evangelho. O texto se parece mais com um
comentário dos evangelhos do que uma nova testemunha. Mani, afirma ser
profeta e apóstolo, como em: "Eu, Mani, o Apóstolo de Jesus o Amigo, pela vontade do Pai, o verdadeiro Deus, por quem comecei...".
Evangelhos de Logia (ou de dizeres, frases e parábolas curtas)
- Evangelho de Tomé - Não deve ser confundido com o Evangelho
de Tomé da Infância. Este é um evangelho gnóstico que foi encontrado em
1945 nas cavernas de Nag Hammadi, em um manuscrito copta. Diferentemente
dos evangelhos canônicos, este não traz uma narrativa conectada aos
dizeres atribuídos a Jesus. É apenas uma coleção de dizeres e parábolas
que teriam sido proferidos por Jesus, alguns diálogos com o Senhor, e
dizeres que alguns dos discípulos teriam reportado a Tomé, chamado
Dídimo. A obra consiste de 114 dizeres atribuídos a Jesus, alguns dos
quais lembram as falas do Senhor nos evangelhos canônicos. No 4º século,
Cirilo de Jerusalém mencionou o Evangelho de Tomé, nos seguintes
termos: "Não permita que ninguém leia o
evangelho segundo Tomé, porque esta obra, não é de um dos doze
apóstolos, mas de um dos três perniciosos discípulos de Mani".
Contudo, os textos em Nag Hammadi são certamente mais antigos que a
época de Mani. Os críticos tendem a datar este Evangelho no final do
primeiro século.
Em um de seus ditos (v.70) encontramos Jesus dizendo que a salvação está no interior do ser humano: "Se
colocardes para fora o que está em vosso interior, o que tendes vos
salvará. Se não o colocardes para fora, o que tendes em vosso interior
vos matará". No v.3, temos: "O Reino de Deus está dentro de vós".
Escritos como este evangelho são certamente a razão para a igreja ter
buscado estabelecer de forma oficial o cânon do Novo Testamento.
Estabelecendo a crença na morte e na ressurreição do Senhor como o
coração da mensagem proclamada pela Igreja desde o seu início no livro
de Atos dos Apóstolos.
- Evangelho de Felipe - É um evangelho gnóstico datado do 2º ou
3º século, de autor desconhecido. Similarmente ao evangelho gnóstico de
Tomé este também é um evangelho de dizeres, ou falas atribuídas ao
Senhor, algumas das quais lembram as palavras do Senhor encontradas nos
evangelhos canônicos. Entre seus ditos encontramos: "Aquele
que tem o conhecimento da verdade é um homem livre, mas o homem livre
não peca, porque 'Aquele que peca é escravo do pecado'. A verdade é a
mãe, o conhecimento o pai". E ainda: "Jesus veio para crucificar o mundo".
Evangelhos Morais
Alguns textos tomaram a forma de discursos sobre a
moralidade, e em particular sobre a abstinência sexual, normalmente
apresentando um debate entre Jesus e um de seus discípulos, estes são os
evangelhos morais.
- Evangelho dos Egípcios (em Grego) - Não deve ser confundido
com o Evangelho dos Egípcios em Copta, que é uma obra completamente
diferente. Este evangelho foi escrito provavelmente na primeira metade
do 2º século em Alexandria. Ele foi citado por Clemente de Alexandria.
Este evangelho toma a forma de uma conversa entre a discípula de Jesus,
Salomé
(Marcos 15:40)
e Jesus, que advoga a causa do celibato, como comenta Cameron: "cada
fragmento endossa o ascetismo sexual como meio de quebrar o ciclo letal
do nascimento e de superar as diferenças pecaminosas entre o homem e a
mulher, permitindo a todas as pessoas retornar ao que foi entendido como
seu estado primordial de androgenia" (Cameron 1982).
- Evangelho de Tomé, o contendor - Ou livro de Tomé o contendor, não deve ser confundido com o Evangelho de Tomé. O evangelho se inicia assim: "As
palavras secretas que o salvador disse a Tomé, as quais eu, eu mesmo,
Matias, escrevi, enquanto andava ouvindo-os falar um com o outro".
Este escrito foi achado na biblioteca de Nag Hammadi, no deserto
egípcio. Alguns consideram que este livro pode ser o Evangelho de
Matias, livro este que estava perdido. Nele Jesus trata Tomé como seu
próprio irmão gêmeo, e lhe expõe o tema da moralidade, e particularmente
da sexualidade. Jesus segue então mostrando como o celibato oferece a
rota para a salvação, e como a paixão sexual é um fogo que causa ilusão,
e aprisionamento em um estado de luxúria.
Evangelhos da Paixão
São evangelhos que tratam especificamente da questão da morte e da ressurreição de Jesus.
- Evangelho de Pedro - O evangelho de Pedro é uma narrativa da
paixão, que foi bem conhecida no início da história Cristã, mas que
desapareceu com o tempo. Hoje é conhecida apenas de ouvir falar,
especialmente pela carta de Serapião, bispo de Antioquia de 190 a 203
d.C., referenciada por Eusébio, que afirma o seguinte: "muito
dele se enquadra nos corretos ensinos sobre o Salvador, mas algumas
partes podem encorajar seus ouvintes a cair na heresia do docetismo".
- Atos de Pilatos - Se inclui como um apêndice ao texto
medieval em latim chamado Evangelho de Nicodemos. O texto é
provavelmente da metade do 4º século, sendo de autoria desconhecida. A
primeira parte do livro relata o julgamento de Jesus, com base em Lucas
23 e a segunda trata da ressurreição. Nele, Lúcio e Carino, duas almas
ressuscitadas após a crucificação, relatam ao Sinédrio os acontecimentos
da descida de Cristo ao Limbo. O episódio do Angustiante Inferno
descreve Dimas (nome dado por este manuscrito ao malfeitor crucificado
com Jesus e que recebeu Dele o perdão) acompanhando Cristo no Inferno, e
a libertação dos patriarcas do Antigo Testamento que eram justos.
- Evangelho de Bartolomeu - As primeiras referências a este
texto foram feitas por Jerônimo e recentemente foram descobertos alguns
fragmentos de manuscritos em copta contendo o texto. Este texto contém
as visões de Bartolomeu, e os atos de Tomé, mas é predominantemente um
texto sobre a paixão e a eucaristia. O texto começa com a crucificação
de Jesus, e então passa à ida de Jesus ao inferno, onde encontra com
Judas e prega para ele. Jesus resgata todos os que estão no inferno,
exceto Judas, Caim e Herodes o Grande. Bartolomeu está presente à cena, e
é depois levado ao mais alto nível do céu, de modo a poder ver a
liturgia (católica) indo celebrar a ressurreição.
- Questões de Bartolomeu - Não deve ser confundido com o
Evangelho de Bartolomeu. O texto sobrevive em cópias em grego, latim e
eslovaco antigo, mesmo que cada cópia varie grandemente da outra. O
texto apresenta Jesus respondendo aos seus discípulos algumas perguntas
formuladas por Bartolomeu. O texto se atém fortemente ao misticismo
judaico (tal qual o Livro de Enoque), buscando dar explicações para os
aspectos sobrenaturais do Cristianismo. O livro mostra como Jesus desceu
ao inferno, por suas próprias palavras, trata da imaculada concepção de
Maria, e finalmente, Bartolomeu pede para ver Satanás, e então um coro
de anjos arrasta Satanás acorrentado do inferno, mas vê-lo faz com que
os apóstolos morram. Jesus então imediatamente os ressuscita e dá a
Bartolomeu o controle sobre Satanás. O texto também afirma que a queda
do homem foi causada por Eva ter tido relações sexuais com Satanás.
Atos dos Apóstolos de Leucius
São textos que tratam da vida dos apóstolos após a
ressurreição de Jesus. Todos atribuídos a Leucius Charinus supostamente
um discípulo de João o apóstolo, e que se uniu a este em oposição aos
Ebionitas.
- Atos de João - É uma coleção de narrativas e tradições do 2º
século d.C. inspirada no evangelho canônico de João. Alguns atribuem sua
autoria a Prócoro, um dos diáconos selecionados em Atos 6. Este livro
apresenta duas viagens de João a Éfeso, cheias de eventos dramáticos,
milagres como o colapso do templo de Ártemis, assim como também
apresenta João pregando no teatro para convencer os seguidores de
Ártemis. Contém também o episódio da última ceia com a "dança de roda da
cruz" que teria sido instituída por Jesus, dizendo: "Antes de eu ser entregue a eles, cantemos um hino ao Pai e assim sigamos a ver o que mente diante de nós",
direcionou para que fosse formado um círculo ao redor dele, dando-se as
mãos e dançando. Os apóstolos gritaram "Amém" ao hino de Jesus.
- Atos de Paulo - É um dos maiores textos apócrifos do Novo Testamento. Foi escrito no final do 2º século d.C. O texto era composto de:
- Atos de Paulo e Thecla - Neste texto Paulo está viajando a
Icônio, proclamando "a palavra de Deus sobre a abstinência, a virgindade
e a ressurreição". Thecla, é uma virgem jovem e nobre, que ouve os
discursos de Paulo sobre a virgindade de sua janela na casa ao lado. Seu
noivo então leva Paulo ao governador que o prende. Thecla vai à prisão
para ouvir Paulo, e é então condenada por estar dando ouvidos à questão
da virgindade à morte na fogueira, mas nada lhe acontece pois Deus manda
um chuva e terremotos para apagar as chamas. A história segue nestes
termos, até que Thecla foge para uma caverna (estando ainda virgem) e
mora lá por mais 72 anos. Aos 90 anos um homem tenta corrompê-la, mas
Thecla consegue escapar e vai a Roma onde é enterrada com Paulo.
- Epístola dos Coríntios a Paulo - Este escrito clama descrever
os ensinos de Simão, o mago, incluindo a idéia de que Deus não é
Todo-Poderoso, que a ressurreição é falsa, que Cristo não foi Deus
verdadeiramente encarnado corporalmente (idéia docetista), que os anjos
fizeram o mundo, e que os profetas foram imprecisos.
- Terceira Epístola aos Coríntios - Este texto foi
posteriormente separado dos Atos de Paulo. O texto escrito por um
Pseudo-Paulo (provavelmente um presbítero cristão em 170 d.C.), é uma
resposta à Epístola dos Coríntios a Paulo, e é estruturado para tentar
corrigir alguns problemas de interpretação nas Epístolas de I e II aos
Coríntios. (canônicas). Em particular a epístola tenta corrigir a
interpretação da frase: "a carne e o sangue não podem herdar o reino de
Deus" (I Co.15:50), pela qual alguns diziam que a ressurreição não seria
corporal.
- O Martírio de Paulo - Texto que retrata a morte de Paulo nas mãos de Nero.
- Atos de Pedro - Este texto da segunda metade do 2º século
d.C. relata o miraculoso embate entre Pedro e Simão o mago em Roma. Nele
Pedro executa milagres como a ressurreição de um peixe defumado, e
fazer cachorros falarem. O texto condena Simão, o mago, antiga figura
ligada ao gnosticismo. Algumas versões deste texto também fazem
referência a uma mulher (ou mulheres) que prefere a paralisia ao sexo.
No Códice de Berlin, a mulher é apresentada como a filha de Pedro.
Conclui descrevendo o martírio de Pedro, crucificado de cabeça para
baixo.
- Atos de André - É um texto do 3º século d.C. baseado em Atos
de João e de Pedro, descreve viagens de André e os milagres que fez
durante estas viagens e finalmente uma descrição da forma como
supostamente morreu. Como nos outros livros congêneres os milagres são
extremamente sobrenaturais, e muito exagerados. Por exemplo, além dos
milagres usuais de levantar mortos, curar cegos, e outros, ele sobrevive
ao ser jogado aos animais selvagens, acalma tempestades, e derrota
exércitos apenas fazendo o sinal da cruz. André também faz com que um
embrião resultante de um relacionamento ilegítimo morra. Ao ser
crucificado, André ainda é capaz de pregar sermões por três dias.
- Atos de Tomé - Este texto gnóstico do início do 3º século
d.C. é apresentado em uma série de episódios, que ocorrem durante a
missão evangelística de Tomé à Índia. Termina com seu martírio no qual
ele morre perfurado por lanças porque causou a ira do Rei Misdaeus pela
conversão de suas esposas e um parente.
Extratos das vidas dos Apóstolos
- Atos de Pedro e André - Este texto não tem uma datação
definida, e consiste de uma série de contos curtos de milagres, como
quando André cavalga uma nuvem para ir de encontro a Pedro, e Pedro
literalmente faz passar um camelo através do buraco de uma agulha. O
texto parece ser uma tentativa de continuar os Atos de André e Matias
(que faz parte dos Atos de André).
- Atos de Pedro e os Doze - O texto datado do 2º século, é
constituído de uma alegoria inicial, semelhante à descrita no Evangelho
de Mateus, do negociante de pérolas
(Mateus 13:44ss.)
mas que aqui está vendendo uma pérola de grande valor. O negociante é
evitado pelos ricos, mas os pobres vão a ele em grande quantidade, e
descobrem que a pérola está guardada na cidade natal do negociante,
"Nove Portões", e aqueles que quiserem a pérola deverão empreender a
dura viagem até Nove Portões. O nome do negociante é Lithargoel, que
traduzido é pérola, ou seja, o próprio negociante é a pérola. Por fim, o
negociante se revela como sendo o próprio Jesus.
- Atos de Pedro e Paulo - Este é um texto tardio, do 4º século,
que conta a lenda da viagem de Paulo da ilha de Guadomelete para Roma,
apresentando Pedro como sendo irmão de Paulo. Também descreve a morte de
Paulo por decapitação, uma antiga tradição da igreja.
- Atos de Felipe - Este livro é uma fantasia datada do final do
4º século ou início do 5º século d.C. envolvendo milagres e um suposto
diálogo que fez Felipe conquistar muitos convertidos. Termina com a
crucificação de Felipe em uma cruz invertida.
Epístolas
Há uma série de epístolas não canônicas, mas escritas no
formato de epístolas canônicas, muitas das quais (apesar de espúrias)
foram bastante consideradas pela igreja primitiva.
- Epístola de Barnabé - É um apócrifo encontrado no Códice
Sinaíticus do 4º século. Não deve ser confundido com o medieval
Evangelho de Barnabé. Esta é uma pseudo-epígrafe de autoria
desconhecida, provavelmente escrita no início do 2º século. O texto
apesar de não ser gnóstico em um sentido heterodoxo, clama a que sua
audiência busque um perfeito conhecimento (conhecimento especial). A
obra é mais um tratado, ou homilia, que uma epístola. Sua lógica não é
das mais primorosas, e sua mensagem não traz novidades. É interessante
que a epístola cita o Evangelho de Mateus (canônico) como Escritura,
contudo, também cita provavelmente IV Esdras e certamente I Enoque. Em
certo ponto parece advogar que o povo Cristão é o único verdadeiro povo
da aliança, e que os judeus nunca haviam estado em uma aliança com Deus.
- I Clemente - É uma carta de autoria incerta, endereçada como sendo da "igreja de Deus que está em Roma para a igreja de Deus que está em Corinto".
Sua datação tradicional está colocada em 96 d.C. A carta é motivada por
uma disputa em Corinto, que excluiu do serviço vários presbíteros, mas
já que nenhum foi acusado de problemas morais a carta advoga que foram
afastados injustamente. A carta cita em profusão o Antigo Testamento,
algumas cartas de Paulo e algumas falas do Senhor Jesus, e está incluída
no Códice Alexandrinus do 5º século. Apesar de não conter problemas
doutrinários, e de ser lida em várias igrejas, jamais atingiu os
requisitos canônicos, especialmente por sua autoria desconhecida.
- II Clemente - Esta homilia foi escrita em Roma em meados do
2º século, sendo uma pseudo-epígrafe que tradicionalmente era atribuída a
Clemente de Roma. Suas citações aparentemente derivam do Evangelho dos
Egípcios em Grego.
- Epistola dos Coríntios a Paulo - Já tratada acima como parte dos Atos de Paulo.
- Epístola aos Laodicenses - Curta epístola encontrada apenas
em algumas edições da Vulgata em latim, e em nenhum manuscrito grego.
Ela se faz passar pela epístola de Paulo à igreja de Laodicéia
mencionada em sua Epístola aos Colossenses
(4:16),
carta esta perdida, apesar de alguns suporem se tratar da Epístola
canônica aos Efésios. É quase que unanimemente considerada uma
pseudo-epígrafe, constituindo-se de um pastiche de frases tomadas de
epístolas genuínas do apóstolo Paulo.
- Pseudo-Correspondência entre Paulo e Sêneca, o jovem -
Consiste de uma série de oito cartas supostamente enviadas pelo filósofo
estóico Sêneca, e seis respostas supostamente enviadas pelo apóstolo
Paulo. As cartas foram compostas provavelmente na segunda metade do 4º
século e tem autoria desconhecida. Baseiam-se na tradição de que tanto
Sêneca quanto Paulo estiveram em um mesmo período na cidade de Roma.
- III Coríntios - Já tratada acima como parte dos Atos de Paulo.
Apocalipses
- Apocalipse de Pedro - Não deve ser confundido com o
Apocalipse gnóstico de Pedro. Está datado na primeira metade do 2º
século, foi considerado canônico por Clemente de Alexandria, mas foi
recusado pelo restante da Igreja. Subsiste em apenas dois manuscritos,
um em grego e outro e etíope os quais divergem grandemente entre si. O
texto tem um estilo literário simples, mas muito apreciado pelos
populares em Alexandria. Trata basicamente de uma visão do Céu e do
Inferno. Roberts-Donaldson afirma: "O
Apocalipse de Pedro mostra impressionante parentesco com a segunda
epístola de Pedro... Também apresenta notáveis paralelos com os Oráculos
de Sibeline... É uma das fontes do escritor do Apocalipse de Paulo... E
direta ou indiretamente este texto pode ser considerado como o pai de
todas as visões medievais do outro mundo".
- Apocalipse de Paulo - Este texto também é encontrado tendo a
Virgem Maria no lugar de Paulo como a pessoa que recebe a revelação.
Este texto paralelo é conhecido como o Apocalipse da Virgem. Não deve
ser confundido com o Apocalipse gnóstico de Paulo. A narrativa aparenta
ser uma elaboração e um rearranjo do Apocalipse de Pedro, inicia-se com
um apelo de todas as criaturas contra os pecados da humanidade segue
essencialmente descrevendo uma visão do Céu e do Inferno. No final do
texto Paulo (ou Maria) consegue persuadir Deus a dar a todos no Inferno
um dia de descanso, fora do Inferno, a cada domingo.
- Apocalipse de Tomé - Aparentemente foi composto originalmente
em latim em data desconhecida, trata dos sinais do fim do mundo. Parece
ser uma curta interpretação do Apocalipse de João. Apresenta os fatos
que acontecerão em uma seqüência de seis dias de tormento antes da vinda
de Jesus, e no final do sétimo dia se fará paz e os anjos virão à
Terra.
- Apocalipse de Estevão - Texto com autoria e datação incertas,
descreve um conflito sobre a natureza de Jesus de Nazaré. Estevão
aparece em cena e reconta o apocalipse como uma verdade literal. A
multidão se insurge contra Estevão e o leva perante Pilatos, a quem
Estevão ordena que se cale e que reconheça Jesus. O texto conta que
Estevão sendo perseguido por Saulo, foi crucificado, mas solto por
anjos, depois foi levado ao Sinédrio onde recontou uma suposta profecia
de Natã sobre Jesus, e foi julgado e condenado ao apedrejamento. Sendo
levado pela multidão iniciou-se o apedrejamento, quando Nicodemos e
Gamaliel tentaram impedir o processo e também foram mortos. Após sua
morte, Estevão foi enterrado por Pilatos em um caixão de prata. Pilatos
então recebe as visões celestiais de Estevão e se converte.
- I Apocalipse de Tiago - É um texto gnóstico encontrado em Nag
Hammadi. A datação e autoria ainda são incertas, mas provavelmente
escrito depois do II Apocalipse de Tiago. O texto se apresenta como um
diálogo entre Tiago, o justo, irmão de Jesus, e o próprio Jesus. Se
inicia tratando do medo de Tiago de ser crucificado, e segue
apresentando uma série de senhas dadas por Jesus a Tiago de modo a que
ele chegasse até o mais alto dos céus (são 72) após morrer, sem ser
bloqueado pelos poderes do mal do demiurgo (segundo os gnósticos o ser
que intermediou a criação).
- II Apocalipse de Tiago - Escrito provavelmente durante o 2º
século d.C. esteve perdido até ser reencontrado em Nag Hammadi. O texto é
claramente gnóstico, apresentando um beijo na boca que Jesus teria dado
em Tiago, metáfora para a passagem da gnose entre duas pessoas (deixa
claro que não se trata de um relacionamento homossexual). O texto
termina com a horrível morte de Tiago por apedrejamento, provavelmente
refletindo uma antiga tradição sobre sua morte.
Livros dos Pais da Igreja
Enquanto a maior parte dos livros tratados até aqui
tenham sido considerados heréticos (especialmente aqueles de tradição
gnóstica), outros não foram considerados como sendo particularmente
heréticos em seu conteúdo, em muitos casos sendo bem aceitos como obras
com alguma significância espiritual. Eles, contudo, não foram
considerados canônicos, mas pertencem à categoria de escritos dos pais
da Igreja.
- I Clemente - Já citada acima.
- O Pastor de Hermas - Ou simplesmente "O Pastor". É uma
obra Cristã do 2º século, considerada um livro valioso por muitos
Cristãos, tendo sido considerada como canônica por alguns pais da
igreja. Alguns atribuem sua autoria a Hermas (Rm.16:14). Mas, há grande
controvérsia a este respeito. Trata-se de uma alegoria Cristã
consistindo de cinco visões dadas a Hermas, um ex-escravo, seguidas de
doze mandamentos, e dez parábolas. Apesar da seriedade dos assuntos
tratados, o livro foi escrito em um tom otimista e esperançoso, como
muitos dos escritos dos primeiros Cristãos. Tem vários e sérios
problemas, especialmente quanto à questão da Trindade, e à noção de que a
Igreja é uma instituição necessária à salvação.
- Didaquê - Antes considerado como perdido, o Didaquê, ou
Ensino dos Apóstolos, foi redescoberto em 1883 no Códice
Hierosolymitanus de 1053. O texto foi provavelmente escrito já no 1º
século, mas tem autoria incerta. O conteúdo pode ser dividido em quatro
partes: Os dois caminhos, o caminho da vida e o caminho da morte (1-6),
rituais de batismo, jejum e comunhão (7-10), o ministério e como lidar
com os ministros itinerantes (11-15) e um breve apocalipse (16). Há no
texto, tal qual o recebemos, claros sinais de que foi editado
posteriormente para se adequar a certas questões eclesiológicas, como o
batismo por aspersão.
Evangelhos Harmônicos
Alguns textos buscaram prover uma harmonização dos
evangelhos canônicos, tentando apresentar, de alguma forma, um texto
unificado. Entre estes textos o mais conhecido é o Diatessaron:
- Diatessaron - Escrito por Taciano em 175 d.C. foi a mais proeminente
harmonização dos quatro evangelhos, ou seja, o material dos quatro
evangelhos escritos de modo a formar uma única narrativa. Somente 56
versos dos Evangelhos canônicos não tiveram uma contrapartida no
Diatessaron, sendo que a maior parte das exclusões se deve às duas
genealogias de Jesus em Mateus e Lucas, juntamente com o relato sobre a
mulher adúltera em João 7:53-8:11. Contudo, a seqüência da narrativa do
Diatessaron é substancialmente diferente da encontrada em qualquer dos
evangelhos.
Livros Perdidos
Há muitas obras e textos que são mencionados em algumas fontes antigas, mas que nenhuma parte conhecida do texto sobreviveu.
- Evangelho de Matias
- Evangelho dos Quatro Impérios Celestiais
- Evangelho da Perfeição
- Evangelho de Eva - Uma citação deste evangelho é dada por
Epifânio. É possível que este seja o Evangelho da Perfeição que ele
trata em outra parte. A citação mostra que este evangelho era a
expressão de um completo panteísmo.
- Evangelho dos Doze
- Evangelho de Tadeu - Alguns entendem ser este um sinônimo para o Livro de Judas.
- Memória Apostólica
- Evangelho dos Setenta
- Lápide dos Apóstolos
- Livro dos feitiços das serpentes
- Porção dos Apóstolos
Outros Escritos
Há muitos outros escritos de importância menor, muitos
textos gnósticos, e ainda orações, sermões, liturgias e penitências, que
não foram citados neste trabalho.
Bibliografia
A BÍBLIA SAGRADA, Versão Revista e Corrigida Fiel ao Texto Original, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, São Paulo, 1995.
ANSWERS.COM, Biblical Apocrypha, Disponível em: [http://www.answers.com/topic/biblical-apocrypha], Acesso em: 13 out.2006.
BURGON, John William, Causes of the Corruption of the Traditional Text of the Holy Gospels, Christian Classics Ethereal Library, Grand Rapids, Ml, 2006.
CAMERON, Ron, The Other Gospels: Non-Canonical Gospel Texts, The Westminster Press, Philadelphia, PA, 1982.
CHARLES, R.H. The Book of Enoch, The Apocrypha and Pseudepigrapha of the Old Testament
[Vol. II Pseudepigrapha], The Clarendon Press, Oxford, 1913. pp.
163-277. Acesso pela Internet: [http://www.altheim.com/lit/enoch.html],
em 29 ago. 2006.
Comparative-Religion, Apocrypha: New Testament
Apocrypha, the missing books of the Bible, Disponível em:
[http://www.comparative-religion.com/christianity/apocrypha]. Acesso em:
29 ago. 2006.
COWLEY, R.W. The Biblical Canon Of The Ethiopian Orthodox Church Today,
Ostkirchliche Studien, 1974, Volume 23, pp. 318-323. Acesso pela
Internet:
[http://www.islamic-awareness.org/Bible/Text/Canon/ethiopican.html], em
20 nov. 2006.
DANIELS, David, What is the "Septuagint"?, Disponível em: [http://www.scionofzion.com/septuagint1.htm]. Acesso em: 14 nov.2006.
DAVILA, James R., Josephus and the LXX, Divinity School of the University of St. Andrews, 1999.
Early Christian Writings, New Testament, Apocrypha, Gnostics, Church Fathers. Disponível em: [http://www.earlychristianwritings.com/]. Acesso em: 14 nov. 2006.
EASTON, Easton's Revised Bible Dictionary, electronic version;
Encyclopædia Britannica, Eleventh Edition, 1911,
(Public Domain), Disponível em:
[http://en.wikisource.org/wiki/1911_Encyclop%C3%A6dia_Britannica].
Acesso em: 13 out.2006.
GELÁSIO, Decreto Gelasiano, trad. Carlos
Martins Nabeto. Disponível em:
[http://www.presbiteros.com.br/Patristica/DECRETO%20GELASIANO.htm].
Acesso em: 13 out. 2006.
HOUAISS, Antonio, Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, versão eletrônica;
Islamic Awareness. Canon Of The Bible, Disponível em: [http://www.islamic-awareness.org/Bible/Text/Canon]. Acesso em: 19 nov. 2006.
JONES, Floyd, The Septuagint, The Bible for Today, Collingswood, NJ, 1995.
JONES, Floyd, The Septuagint: A Critical Analysis, 6a Edição Revisada e Aumentada, KingsWord Press, The Woodlands, Texas, 2000.
KINNEY, Will, No LXX, Disponível em:
[http://www.geocities.com/brandplucked/NoLXXOne.html] e
[http://www.geocities.com/brandplucked/NoLXXTwo.html] e
[http://www.geocities.com/brandplucked/NoLXXThree.html]. Acesso em: 13
out. 2006.
LIDDELL, Henry George; SCOTT, Robert, A Greek-English Lexicon, electronic version;
METZGER Bruce M. The Canon Of The New Testament: Its Origin, Significance & Development, Clarendon Press, Oxford, 1997.
Neutestamentliche Apokryphen, Disponível em: [http://www-user.uni-bremen.de/~wie/nt-apokrypha.html]. Acesso em: 29 ago. 2006.
New Advent, Catholic Encyclopedia: Canon of the Old Testament, Disponível em: [http://www.newadvent.org/cathen/03267a.htm]. Acesso em: 14 nov. 2006.
New Advent, Catholic Encyclopedia: Septuagint Version, Disponível em: [http://www.newadvent.org/cathen/13722a.htm]. Acesso em: 21 jan. 2003.
Pseudepigrapha, Pseudepigrapha, Apocrypha and Sacred Writings, Disponível em: [http://www.pseudepigrapha.com]. Acesso em: 29 ago. 2006.
SAINT TAKLA Haymanot Coptic Orthodox Church, Deuterocanon:
Second Canonical Books of Old Testament, Alexandria, Egipt, Disponível
em:
[http://st-takla.org/pub_Deuterocanon/Deuterocanon-Apocrypha_El-Asfar_El-Kanoneya_El-Tanya__0-index.html].
Acesso em: 13 out. 2006.
SACRED TEXTS, The Apocrypha, Disponível em [http://www.sacred-texts.com/bib/apo/index.htm]. Acesso em: 13 out. 2006.
SPARGIMINO, Larry, Mitos Sobre a Septuaginta e Traduções Modernas, trad. W. Janzen, Disponível em: [http://apologetic.waetech.com.br/Septuaginta.htm]. Acesso em: 13 out. 2006.
STRONG, James LL.D., S.T.D, Strong's Concordance of the Whole Bible, Abingdon, Nasville, EUA, 1981.
The Digital Christian Library, The Holy Bible, Disponível em: [http://www.thedcl.org/bible/index.html]. Acesso em: 13 out. 2006.
WIKIPEDIA, Lista de Livros Apócrifos, Disponível em: [http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_livros_ap%C3%B3crifos]. Acesso em: 13 out. 2006.
Comentários
Postar um comentário
misterios sobrenaturais
O BLOG É FEITO DE RELATOS ENVIADO PELOS OS LEITORES ,NÃO SABEMOS FAZER NENHUM TIPO DE RITUAL ,
SOMOS APENAS BLOGUEIROS , NAO NOS ENVIE E MAIL PEDINDO RITUAL
O EMAIL E APENAS PARA SUGERIR TEMAS E RELATOS OBRIGADA
misterios do mundo moderno
misterios nunca revelados
misterios terço
misterios musica
misterios nao resolvidos pela ciencia
misterios do mundo antigo
videos de misterios capturados por camerascasos sobrenaturais famosos
casos sobrenaturais 2018
casos sobrenaturais comprovados
coisas sobrenaturais reais no brasil
coisas sobrenaturais filmadas
coisas sobrenaturais de deus valbeijo
misterios sobrenaturais inexplicaveis
fenomenos sobrenaturais assustadores simbolos de força
simbolos misticos
símbolos antigos de proteção
símbolos para copiar e colar
letras diferentes e símbolos
símbolos egípcios e seus significados
símbolos místicos e seus significados
símbolo do whatsapp para copiar