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O que simboliza o escorpião?. Segundo o Dicionário de 
Símbolos de  Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, alguns modos africanos 
têm medo de  dizer o nome do animal para não atrair más vibrações. Para 
os Maias, o  escorpião representa o deus da caça. Os egípcios até o 
transformaram na  bondosa deusa Selket, que delegava poderes aos 
feiticeiros de sua seita.  Na mitologia grega o escorpião foi o vingador
 de Ártemis, deusa da  caça, que mandou o animal picar Orião, que tentou
 violentar a jovem  caçadora. Por esse feito, o escorpião foi 
transformado em uma  constelação. Transformação é a palavra chave para 
entender os regidos  pelo signo de Escorpião, disse a astróloga do 
Árvore do Bem, Mônica  Horta: "Os escorpianos possuem uma tensão interna
 muito grande porque  sabem que mais cedo ou mais tarde vão passar por 
transformações  profundas que não terão volta". Ficou assustado com 
todos esses aspectos  negativos? Não se preocupe. Por ser um animal 
ligado a vibrações mais  sombrias, é justamente em momentos de 
dificuldade que o Escorpião mostra  toda a sua habilidade de 
contra-atacar e dar a volta por cima.  Escultura de Sir Jacob Epstein 
(1880 - 1959). Lucifer 1944-5 Quem é  Lúcifer? Esta é a pergunta  para o
 Árvore do Bem. Você também gostaria  de saber mais sobre a esse 
polêmico assunto? Então vamos lá: Lúcifer, em  latim ‘lucifer’, sem o 
acento, significa "estrela da manhã”. A palavra  também pode significar 
“o que leva o archote”. O luciferário é aquele  que leva as lanternas 
nas procissões, daí sua ligação com a luz, ‘o que  traz a luz’. Lúcifer,
 para os antigos romanos, também era o nome do  planeta Vênus, “o mais 
brilhante, que desaparece de repente no céu”.  Como Lúcifer foi se 
tornar sinônimo de Anjo Mau, Príncipe das Trevas ou  discípulo de 
satanás, é uma longa história. Nos primórdios da religião  cristã, os 
padres da Igreja se depararam com um problema: como abordar o  mal? Até 
então, a existência do mal não era citada entre as  interpretações dos 
textos revelados. No entanto, o mal visivelmente  existia no mundo. 
Havia de se encontrar uma forma de explicá-lo. Em uma  religião onde 
Deus, que é o próprio bem e é onipotente, onde haveria  espaço para o 
mal? De certa forma aceitar a existência do mal era  colocar em 
discussão a existência de um Deus único e absolutamente bom.  Os 
primeiros formuladores da teologia católica fizeram um grande esforço  
para encontrar nos textos revelados uma passagem que pudesse lançar uma 
 lua nessa questão. E precisavam fazer isso de uma maneira que não  
colocasse em cheque o poder divino do bem. Lúcifer, como a representação
  do mal, surgiu deste esforço. A versão popular que conhecemos hoje é a
  de que Lúcifer, o portador da luz, era um anjo bom com um cargo de  
confiança no céu. Um dia ele rebelou-se, traiu a Deus e por isto foi  
expulso de lá. Ele teria sido jogado do céu e caído aqui na terra.  
Quando caiu, ele afundou e só parou quando chegou ao centro da terra,  
onde reina. Ao ser jogado na terra, de certa forma, Lúcifer se torna  
humanizado. O fato de ser um anjo caído, diminui sua importância perante
  o Bem, definindo a presença do Mal, sem ameaçar a onipotência divina. 
 No entanto, apesar da profecia de Isaías (onde se baseia a 
interpretação  que leva a Lúcifer) não estar falando especificamente do 
Diabo, e sim  da queda do Rei Nabucodonosor, é lá que se encontra a 
explicação do mal  para a religião católica: "Como caíste do céu, ó 
estrela da manhã, filha  da alva! como foste lançado por terra tu que 
prostravas as nações!" (Is  14,12) Luciferianismo No século IV, na 
Sardenha, o Bispo de Cagliari  inaugurou o luciferianismo, uma doutrina 
herética de Lúcifer. Os adeptos  desta doutrina são chamados de 
luciferianos. O luciferianismo pode ser  definido como o culto e a 
devoção a uma energia denominada Lúcifer.   Qual é a simbologia do signo
 de Áries? Quem nos enviou esta pergunta foi  a Agnes Romagnolo, de 
Ibiporã, no Paraná. A palavra Áries é carneiro,  em latim. De acordo com
 o Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier  Alain Gheerbrant, página 
189, o carneiro simboliza a força da criação  que desperta o homem e o 
mundo e que assegura a recondução do ciclo  vital. É ardente, macho, 
instintivo e potente. Ele associa o ímpeto e a  generosidade a uma 
obstinação que pode conduzir à obcecação. Essas  características são 
atestadas no mundo inteiro, por meio de numerosos  mitos, costumes e 
imagens simbolizantes. Ámon, divindade egípicia do Ar e  da fecundidade é
 representado com a cabeça de carneiro. Outro exemplo é  Knum (ou 
Quenum), o Deus que, segundo as crenças do antigo Egito  modelou a 
criação, é o Deus-carneiro por excelência, o carneiro  procriador. 
Carneiros mumificados têm sido encontrados em abundância,  neles 
residiam as forças que asseguravam a reproduçãos dos vivos; seus  
chifres entravam na composição de muitas coroas mágicas, destinadas a  
deuses e a reis, coroas essas que eram o próprio símbolo do temor  
irradiado pelo sobrenatural. Da Gália à África, da Índia à China, há a  
mesma celebração dessa cadeia simbólica que associa fogo criador,  
fertilidade e, em última instância, imortalidade. Assim, nos Vedas, o  
cerneiro relaciona-se com o Agni, regente do fogo e, principalmente, do 
 fogo sacrificial. Zodíaco No zodíaco, é o primeiro signo, situando-se a
  ao longo de 30 graus a partir do equinócio da primavera. Nesse 
momento, a  natureza desperta, após o entorpecimento do inverno, e por 
isso esse  signo simboliza antes de mais nada o desabrochar da primavera
 -  portanto, o impulso, a virilidfade (é o principal signo de Marte), a
  energia, a independência e a coragem. Signo positivo ou masculino por 
 excelência. É um símbolo intimamente ligado à natureza do fogo 
original.  É uma representação cósmica da potência animal, do fogo, a um
 só tempo  criador e destruidor, cego e rebelde, caótico e prolixo, 
generoso e  sublime que de um ponto central se difunde em todas as 
direções. Essa  força se relaciona ao brotar da vitalidade priemira, com
 tudo aquilo que  um processo inicial tem de impulsão pura e irracional,
 de descarga  eruptiva, indomável, de sopro inflamado... O que é 
Mandrágora? A  Patrícia Peres nos escreveu dizendo que adorou o Árvore 
do Bem, pois  surgiram muitas dúvidas interessantes sobre os mais 
diversos assuntos  depois que nos visitou. Ela gostaria de saber mais 
sobre a planta  mandrágora e se também gostaria de ver uma imagem ou 
foto dela.  Pesquisamos no Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier 
Alain  Gheerbrant, na página 586 e a resposta esta aí. Mandrágora é a 
planta  que mais dá lugar a superstições e práticas mágicas. Ela 
simboliza a  fecundidade, revela o futuro, busca a riqueza. Seu nome 
científíco é  mandragora autumnalis. existe ainda a mandrágora 
caulescens e mandragora  officinarum. No Egito as bagas da mandrágora, 
da grossura de uma noz,  de cor branca ou avermelhada, eram consideradas
 o símbolo do amor por  suas qualidades afrodisíacas. Os gregos a 
chamavam de Planta de Circe, a  Mágica. Sua raiz é muito nutritiva e por
 isso, nas operações mágicas,  significa as virtudes curativas e a 
eficácia espiritual.  "O Voto de  Minerva" Vanderli, que mora na cidade 
de Santos-SP, nos escreveu  perguntando sobre o Voto de Minerva. Ele 
gostaria de saber por que este  voto de desempate é chamado de "voto de 
Minerva". E você? Sabe o que  está por trás da expressão voto de 
Minerva? Segundo a mitologia, Athena e  Poseidon queriam ser patronos de
 uma cidade. Os dois brigaram, brigaram  , até que os deuses resolveram 
votar qual dos dois tomaria o poder.  Todas as deusas votaram em Athena e
 os deuses em Poseidon. Zeus se negou  a votar e Athena ganhou por um 
voto de diferença ficando com a cidade.  Só que, para amansar o ego de 
Poseidon, as mulheres ficaram impedidas de  votar. A história dos homens
 se baseou no mito. Surgiu no antigo Senado  romano o voto de Minerva, o
 voto da decisão. Eles tinham uma tradição  de, nos debates, quando uma 
questão era muito polêmica e acabava em  empate, era permitido ao 
presidente o voto de Minerva, para decidir a  questão. Minerva é o nome 
romano de Atena, a deusa grega da sabedoria.  Ela é também a deusa das 
artes e do artesanato, da ciência e do comércio  e da medicina. Mais 
tarde se tornou também a deusa da guerra. Ela é  filha de Júpiter. No 
templo do monte de Capitólio foi adorada junto com o  pai e Juno, com 
quem formava uma tríade poderosa de deuses. Acredita-se  que Minerva 
inventou os números e os instrumentos musicais. O culto à  deusa nasceu 
na cultura etrusca e o povo a chamava de Menrva ou Menerva.  Os romanos 
homenagearam Minerva dando seu nome a este voto. Pois é um  voto que 
exige sabedoria para ser dado. E Minerva, uma das mais  admiradas da 
mitologia da Roma e da Grécia antiga, sempre foi  representada com uma 
coruja nas mãos, símbolo da sabedoria.  Gostaria de  saber qual a 
diferença entre a estrela de Salomão e a estrela de David?  Tem alguma? 
Qual? A principal diferença entre a estrela de David e a  estrela de 
Salomão é a quantidade de pontas. A estrela de David tem seis  pontas, e
 a de Salomão cinco. A estrela de David representa duas  pirâmides 
cruzadas, há divergências quanto a origem de seu formato. Há  quem 
acredite que a origem da estrela vem do grego, língua em que a  palavra 
David é composta por 2 Deltas (letra em formato de triângulo -  que 
representa a letra "D"), e por este motivo a estrela é composta por 2  
triângulos. Desde o século XIX a Estrela de David tem sido o símbolo  
mais usado entre os judeus de todas as partes do mundo. Já a estrela de 
 Salomão, a de cinco pontas, representa os cinco Salomãos, e é um 
símbolo  do povo árabe, muçulmano. Também é conhecida como pentagrama, é
 uma  espécie de talismã ou amuleto, formada por linhas retas 
entrelaçadas.  Dizem que uma correntinha com o pingente da estrela de 
Salomão dá  orientação nos momentos de dificuldade no trabalho.   O que 
quer dizer  Namaste? Namaste, em sânscrito, que é a língua dos Vedas, 
antigos textos  espirituais da Índia, que dizer "eu reverencio a 
divindade que existe  em você" ou "a divindade que existe em mim 
reverencia a divindade que  existe em você". Em português, segundo o 
professor Hermógenes, você deve  pronunciar “namasté”, com acento na 
última sílaba, mas o “e” fechado.  Esta reverência expressa a crença de 
que cada um de nós tem dentro de si  uma chama divina, que, para os 
hindus, está localizada no chakra do  coração. O gesto que acompanha 
Namaste é juntar as mãos como se você  fosse fazer uma oração na altura 
do chakra do coração e abaixar a  cabeça. Esta postura, que para nós é 
sinônimo de oração, para os hindus  também é um gesto sagrado, ou mudra,
 chamado Anjali Mudra. A palavra  “anjali” significa “oferenda”. É tanto
 um gesto de adoração quanto de  saudação. Na Índia, Anjali Mudra é 
usado para saudar amigos,  professores, estranhos, deuses, rios sagrados
 ou para manifestar a  alegria por um novo dia, nas chegadas e nas 
partidas, nos encontros e  nas despedidas. Uma variação da saudação é 
colocar as duas mãos juntas  na altura do terceiro olho, ou seja, entre 
as sobrancelhas.    Quem foi  Lilith? Pergunta de Arthur Eduardo Guida 
Leite De acordo com as  tradições da cabala judaica (quer dizer a 
vertente mais mística do  judaísmo), Lilith seria a primeira mulher de 
Adão. Contam que ela e Adão  estariam unidos pelas costas e, ambos 
teriam sido criados como gêmeos,  da terra. Lilith exigiu de Adão um 
tratamento de iguais, os dois  discutiram e ela, cheia de fúria, 
pronunciou o nome de Deus e fugiu.  Outras versões falam que ela fugiu 
para ter relações sexuais com Satã,  gerando filhos demonìacos. Esta 
versão aparece até na doutrina islâmica.  Existem ainda uma outra versão
 que diz que Lilith foi a primeira mulher  de Adão, mas que foi expulsa 
por ele porque se recusou a se submeter a  ele no ato sexual. Em todas 
as versões, a imagem que surge é de uma  personagem arrogante, 
independente e rebelde, que será para sempre a  sombra de Eva. Lilith 
representa o lado sombrio do feminino e os  aspectos mais destrutivos 
das primeiras Grandes-Mães das mitologias  primitivas. Dizem que sua 
morada é no fundo dos oceanos e que é bom  mantê-la lá, para que ela não
 perturbe as famílias nem devore os  recém-nascidos. Este aspecto 
sombrio do feminino é tão forte que os  gregos retomam Lilith na pele 
das Lâmias, trágicas filhas de Hécate, a  Lua Nova, sombria e escura. 
Durante a Idade Média, Lilith vai sendo  asismilada aos demônios 
femininos como os súcubos. Foram encontrados  vários amuletos com a 
imagem de Lilith. Talvez para mantê-la apaziguada.  E a literatura está 
cheia de superstições para proteger as crianças de  sua fúria.  Onde 
fica o Monte Olimpo? Pergunta de Ana S., do Rio Grande  do Sul O Monte 
Olimpo é a mais alta montanha da Grécia. Fica ao norte e é  parte de uma
 cadeia conhecida com os Bálcãs, que se estende pela  Iugoslávia, 
Albânia, Macedônia e Bulgária, segundo o Atlas Mundial. O  Monte Olimpo 
tem 2918 m de altitude e acredita-se que tenha sido a  morada de Zeus, o
 senhor de todos os deuses dos gregos. Na verdade, a  história deve ter 
sido contada ao contrário. A montanha mitológica, tão  alta que abrigava
 os deuses em tempos primitivos existiu primeiro na  alma dos gregos e 
apenas mais tarde seu similar geográfico foi nomeado.  Os mitos contam 
que doze deuses moravam no Olimpo: Zeus; sua mulher,  Hera, a deusa dos 
partos e da família, seus dois irmãos, Poseidon, deus  dos mares, Hades,
 deus do mundo subterrâneo. Suas duas irmãs, Deméter,  deusa da 
vegetação e Héstia, deusa do fogo do lar. Depois vinham os  filhos de 
Zeus: Apolo, o deus da luz e da inteligência; Ártemis, deusa  das 
florestas e da natureza selvagem; Atena ou Palas Atena, a deusa das  
cidades e da vida civilizada; Ares, o deus da guerra. Também moravam lá 
 Afrodite, a deusa da beleza, que na Ilíada de Homero é apresentada como
  filha de Zeus, mas que em mitos anteriores nasce da espuma do mar;  
Hefaistos, filho de Hera, o deus do fogo e Hermes, também filho de Zeus,
  o mensageiro dos deuses. A descrição que temos do Olimpo está na  
Ilíada, livro de 800aC e atribuído ao escritor grego, Homero. A morada  
dos deuses era situada no cume da montanha e sua entrada era um  
gigantesco portão de nuvens, guardado pelas Estações do Ano. Ali os  
deuses decidiam os destinos dos homens, além de darem lindas festas cujo
  cardápio incluía um doce, chamado Ambrosia e uma bebida inebriante,  
conhecida como Néctar. As três Graças dançavam e Apolo tocava lira.  
“Homero diz que jamais o vento perturbava a paz tranqüila do Olimpo,  
nunca chovia nem nevava”, ensina Edith Hamilton, no livro Mitologia; “só
  a vastidão do firmamento sem nuvens à volta, por todos os lados, e a  
glória luminosa da luz do Sol, difundindo-se pelas suas muralhas”.   
Ariadne, Afrodite e Dionísio, do pintor italiano TintorettoQuem foi  
Ariadne? Pergunta enviada por Ariadne, de Cachoeiro de Itapemirin, no  
Espírito Santo. Ariadne é uma personagem da mitologia grega que a gente 
 conhece sem conhecer. Vou contar a história. Houve um dia um rei,  
chamado Minos, que governava a ilha de Creta no meio do Mediterrâneo. Lá
  ele mandou construir um complicadíssimo labirinto que servia de morada
  para o fruto dos amores proibidos da rainha, Pasífae com um touro. A  
monstruosa criatura, que ficou conhecida como o Minotauro (o touro de  
Minos), alimentava-se uma vez por ano, com 7 moças e 7 rapazes da cidade
  de Atenas. Cansados deste tributo tão duro, os atenienses organizaram 
 um grupo para matar o Minotauro. O jovem herói, Teseu, fazia parte do  
grupo. Assim que chegaram à Creta, Ariadne, filha de Minos com Pasífae, 
 avistou Teseu e se apaixonou por ele. Foi dela a idéia genial que  
permitiu que Teseu entrasse no labirinto, matasse o monstro e  
encontrasse a saída: Ariadne deu a ele um enorme novelo de lã que ele ia
  desenrolando à medida em que se embrenhava pelos caminhos escuros. Com
  medo da fúria do pai, ela foge com Teseu, certa de que ela também a  
amava. Mas o jovem abandona a moça numa ilha, onde ela é encontrada pelo
  deus Dionísio, que, fascinado pela sua beleza, resolve casar com ela. 
 Como presente de casamento, o deus deu a Ariadne uma coroa de ouro, que
  se transformou numa constelação. Algumas histórias contam que Ariadne 
 foi muito feliz com Dionísio, com quem teve quatro filhos. Outras, ao  
contrário, falam de um casamento infeliz e até que ela teria sido morta 
 por ordem do marido. Ariadne ficou famosa, não só porque sua coroa está
  impressa no céu, mas também porque sua estratégia virou sinônimo de  
engenhosidade e é até hoje conhecida como O Fio de Ariadne. Qual a 
diferença  entre o candomblé e a umbanda? Pergunta de Carolina Soares, 
de São  Paulo As chamadas religiões afro-brasileiras, como o candomblé, 
nasceram  dos cultos que faziam parte da vida e da cultura dos escravos 
africanos  trazidos para o Brasil. Até hoje, elas são expressões da 
cultura negra,  embora, a cada dia, aumente o número de brancos que 
participam de seus  rituais. Mas se umbanda e candomblé tiveram a mesma 
origem, elas se  separaram ao longo do tempo. Ao contrário do candomblé,
 que tem  preservadas as suas raízes africanas, a umbanda apresenta-se 
como uma  reinterpretação brasileira de vários elementos, que incluem 
até a  filosofia kardecista. De fato, além do riquíssimo panteão de 
orixás ou  divindades, que compartilha com o candomblé, a umbanda 
celebra em seus  rituais espíritos intermediários entre os homens e os 
orixás. Esses  espíritos, chamados “guias” não são individualizados como
 na doutrina  espírita, mas generalizações ou estereótipos. É o caso, 
por exemplo, dos  espíritos de índios, chamados caboclos, ou de negros 
escravos,  conhecidos como pretos-velhos. (Consulta: O Livro das 
Religiões, de  Jostein Gaarder, da Editora Companhia das Letras)  Quem 
foi Carlos  Castañeda? Pergunta enviada por João B., de São Paulo. Se 
você também  quiser enviar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Boa
 parte da  vida de Carlos Castañeda permanece um mistério. E sua obra 
ainda provoca  grandes discussões. Como certeza, sabe-se que ele foi o 
autor de mais  de oito livros sobre seus contatos e sua vida com um 
índio yaqui, de  Sonora, no México, chamado don Juan Matus. Seu primeiro
 livro, A Erva do  Diabo, foi escrito quando ele ainda era um estudante 
de antropologia da  Universidade da Califórnia, onde, dizem ele 
inclusive obteve um  mestrado. E foi publicado em 1968, no auge do 
movimento que viria a ser  chamado Nova Era. O próprio Castañeda, quando
 conheceu don Juan estava  fazendo pesquisas sobre o peiote e outras 
ervas alucinógenas, usadas  pelos índios para provocar estados alterados
 de consciência que poderiam  ser reveladores e abrir as portas para uma
 percepção diferente do  mundo. Aliás, Portas da Percepção, é o título 
de um dos outros livros de  Castañeda. Neste primeiro livro, o jovem 
candidato a antropólogo ainda  mantém o tom “científico”, nos seguintes,
 porém, transforma-se mesmo em  aprendiz do brujo don Juan e abandona 
toda a pretensão acadêmica. Os  livros até hoje atraem milhares de 
leitores. A idéia por trás deles é  que a Verdade, com V maiúsculo está 
em algum lugar dentro de nós mesmos  e, pode ser conhecida, uma vez que 
ousarmos mergulhar nas profundezas do  nosso ser. Entre as críticas que 
se fazem à obra de Castañeda é  justamente esta familiaridade com os 
conceitos típicos da Nova Era. Nos  seus últimos livros, por exemplo, 
ele ensina uma série de movimentos,  chamados Passes Mágicos, que embora
 sejam apresentados como tendo sido  transmitidos por várias gerações de
 índios mexicanos, parecem muito  próximos dos exercícios de yoga ou dos
 exercícios de respiração que são a  base de muitas escolas de 
auto-ajuda. Embora, deve-se dizer que o foco  proposto por don Juan seja
 original e consistente com seus ensinamentos.  Para ele, a energia 
nasce quando conseguimos manter nossa intenção  focada. Críticas à 
parte, a obra de Castañeda ainda é usada até hoje  quando se quer falar 
de Xamanismo moderno. O mistério cerca a vida de  Castañeda a partir da 
publicação daquele seu primeiro livro. Até a data  da sua morte é 
incerta e os direitos autorais sobre seus livros estão  ainda em 
discussão. Para muitos, ele não morreu. Assim como seu mestre  don Juan,
 apenas atravessou a Porta para o Infinito. Se você quiser  mergulhar 
neste universo controverso, mas fascinante, comece lendo a  Erva do 
Diabo, publicado pela Editora Nova Era.  Qual é a lenda de São  
Cipriano? Pergunta enviada por Cleide, do Rio de Janeiro. Se você também
  quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Os seres  
humanos sempre se deixaram seduzir pela magia. O poder de controlar a  
Natureza e, mesmo, forças maiores até do que as naturais, sempre  
fascinou nossa espécie. Feiticeiros, bruxos, encantadores e adivinhos,  
para o bem e com igual freqüência, para o mal, sempre estiveram à mão  
dos interessados ou dos incautos para fazer feitiços, amuletos,  
sortilégios, rezas, enfim, toda a sorte de encantamentos que pudessem  
modificar o rumo dos eventos, alterar a sorte, mudar o destino. A  
herança das bruxas da Idade Média, ao contrário do que a gente costuma  
imaginar, não ficou enterrada nas cinzas das fogueiras. Disfarçada,  
enviesada, a magia continuou atiçando a imaginação dos homens. Ao longo 
 do tempo, muitas orações, mesmo proibidas, foram usadas para a magia.  
Laura de Mello e Souza, no seu livro O Diabo e a Terra de Santa Cruz,  
diz que “tratava-se de um ramo da magia ritual em que era irresistível o
  poder de determinadas palavras divinas e, sobretudo, do nome de Deus”.
 A  oração de São Cipriano é uma destas preces que foram usadas pelo seu
  poder de exorcizar o mal e controlar o amor ou a sorte. E veio para o 
 Brasil na bagagem dos primeiros portugueses, na forma de um livreto  
proibido: O Livro de São Cipriano. Dizem que São Cipriano foi o primeiro
  bruxo. Mas a lenda mistura e confunde dois Ciprianos, um doutor da  
Igreja, que viveu em Cartago, logo nos dois primeiros séculos depois de 
 Cristo. E outro que teria vivido em Antioquia, chamado, O Mago. O  
Cipriano sábio ficou conhecido como o Papa Africano e foi martirizado  
por Valeriano, em 257, deixou vários escritos canônicos e seríssimos,  
mas existem muitos textos populares atribuídos a ele que beiram a  
heresia. Um e outro estão cercados de lendas que falam de magia e de  
crenças pagãs. A lenda de São Cipriano está ligada à lenda de Santa  
Justina. Cipriano era um jovem amante das artes ocultas e da magia.  
Viajava muito pela Grécia, pelo Egito e, foi até a Índia para  
aperfeiçoar seus conhecimentos. Um dia, alguém pediu que ele fizesse um 
 feitiço de amor para uma jovem chamada Justina. Apesar de usar todos os
  seus poderes, a virtude da moça foi mais forte e Cipriano acabou  
apaixonado e arrependido. Decidiu servir a Deus em vez do Demônio e  
tornou-se bispo de Antioquia, foi martirizado e decapitado por ordem do 
 imperador romano, Diocleciano. O dia 26 de setembro é dedicado a São  
Cipriano e a Santa Justina. Existe uma oração de São Cipriano , mas se  
você quiser saber mais sobre a oração e sobre o famoso Livro de São  
Cipriano deve ler o livro de Jerusa Pires Ferreira, O Livro de São  
Cipriano, uma Legenda de Massas, da Editora Perspectiva. Vale a pena!   
Quem foi o rei Salomão? Pergunta enviada por Fernanda Oliveira. Se você 
 também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com O rei  
Salomão era filho e sucessor de outro famoso monarca do Velho  
Testamento: Davi. Salomão, cujo nome em hebraico quer dizer “cheio de  
paz”, reinou de 970 a 931 aC. Davi era um pastor que passou por várias e
  severas peripécias para se tornar um dos mais importantes reis  
construtores de Israel. Salomão, filho temporão, já nasceu príncipe e  
teve um reinado marcado pela tranqüilidade e pela paz. E em tempos de  
paz, o comércio floresce e as artes humanas se desenvolvem. Dizem que  
foi nesta época que os judeus desenvolveram o senso comercial que viria a
  se tornar sua marca registrada. Riqueza e prosperidade, estas são as  
duas palavras que caracterizam o reinado de Salomão. E quando a  
preocupação não está na guerra, as artes da paz acabam sendo  
estimuladas. Além de embelezar Jerusalém e transformá-la no centro  
político e geográfico do reino, Salomão construiu o Templo para abrigar 
 as relíquias da fé judaica, no local exato que Deus tinha ordenado em  
sonhos a seu pai, Davi. A tradição, tanto para judeus, quanto para  
muçulmanos, ensina que este lugar é o mesmo Monte Moriá, onde Abraão ia 
 sacrificar seu filho Isaac. Hoje, o local, chamado em árabe  
Haram-esh-Sharif, o “nobre santuário” e em hebraico: Har Habait, “o  
monte do templo”, guarda apenas a lembrança do templo, completamente  
destruído pelos babilônios em 587aC. Não era um templo comum. O projeto 
 arquitetônico tinha sido revelado em sonhos a Davi por Deus, “em  
pessoa”. Nem era o seu tamanho que impressionava, mas a beleza das suas 
 formas e o luxo dos acabamentos. O Templo era a marca da cidade sagrada
 e  o eixo da fé e da cultura judaicas. Foi reconstruído mais uma vez e 
 destruído definitivamente pelos romanos no ano 70 da nossa época. Além 
 do Templo, Salomão, o maior sábio de Israel, escreveu alguns dos mais  
belos textos da Bíblia. O Livro dos Provérbios, O Livro da Sabedoria e o
  Cântico dos Cânticos. Mesmo que ninguém possa assegurar com certeza de
  que saíram das mãos do rei, estas obras foram escritas sob sua  
inspiração e, sem dúvida, estimuladas pela sua sabedoria. Como era um  
soberano de mente aberta, Salomão abriu seu reino para as influências  
estrangeiras, inclusive, tomando mulheres dos reinos vizinhos como  
esposas. Está escrito no Livro dos Reis (1 Reis 11:4) “A muitas mulheres
  estrangeiras o Rei Salomão amou: a filha do Faraó, além de mulheres  
moabitas, menonitas, edomitas sidonianas e hititas”. Mas delas todas, a 
 mais famosa foi a Rainha de Sabá. O romance entre os dois foi tema de  
canções e de poemas que estimularam a imaginação não apenas de judeus,  
mas também de cristãos e de muçulmanos. Oficialmente, tudo não passou de
  um amor platônico, mas na Etiópia, de onde veio a bela rainha, existem
  histórias que falam de um filho do par real, Meneleque. Coincidência 
ou  não, o imperador da Etiópia é chamado pelo título de “Leão de Judá” e
 o  emblema nacional do país é uma estrela de seis pontas, igualzinha a 
que  aparece no escudo de Davi, na bandeira de Israel.  Qual é a 
simbologia  da balança do signo de Libra? Pergunta enviada por Luciana. 
Se você  também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com A
 balança  é o símbolo da justiça, da medida, da avaliação ponderada dos 
fatos,  não apenas para nós, ocidentais, mas para muitos outros povos. 
Também  não é só de avaliação humana que o símbolo fala. A balança 
representa o  equilíbrio universal, a lei eterna que rege todas as 
coisas, o sentido  por trás do movimento do mundo. O símbolo lembra 
harmonia e conciliação.  Muito antes de Cristo, os babilônios, por 
exemplo, já reconheciam a  constelação de Libra no céu. Ela marcava o 
equinócio de outono, no qual o  dia e a noite tem a mesma duração e, 
portanto, estão em perfeito  equilíbrio. No Egito antigo, o deus Osíris 
pesava numa balança as almas  dos mortos para julgar o seu valor. Para 
os gregos, este símbolo de  medida e de ordem, tanto para o mundo dos 
homens quanto para o mundo  natural, é representado por Têmis, a deusa 
da lei universal. Outra deusa  da ordem é Maat, dos egípcios, também 
associada com a balança. Em  muitas representações da balança, ela 
aparece junto com uma flecha ou um  ponteiro ou, ainda uma espada, todos
 símbolos do eixo imutável que  alinha todas as coisas e mantém o 
equilíbrio do universo. Entre as  representações cristãs, Miguel, o 
Arcanjo do Julgamento, por exemplo,  aparece segurando uma balança e uma
 espada. E esta idéia de grande  julgamento associada ao símbolo da 
balança também aparece no Corão,  assim como na Pérsia e na China, onde a
 balança está associada às  sociedades secretas e relacionada ao direito
 e à justiça divina. Dá para  entender porque este vai ser um dos 
símbolos favoritos dos alquimistas e  das ciências ocultas em suas 
tentativas de compreender e de reunir o  mundo visível e o mundo 
invisível e de equilibrar aquilo que é corpóreo  com o que é imaterial. A
 Balança como signo do Zodíaco, representa o  tempo intermediário do ano
 astrológico. O Sol entra em Libra por volta  do dia 23 de setembro e 
fica neste signo até o dia 22 de outubro. Como  está associado ao 
equinócio, no qual dias e noites têm a mesma duração, o  símbolo aqui 
também fala de equilíbrio, mas lembra que ele nasce  daquilo que é 
essencialmente oposto e complementar, yin e yang, bom e  mal, atração e 
recuo, medo e ousadia.           O que simboliza o escorpião?. Segundo o
 Dicionário de Símbolos de  Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, alguns 
modos africanos têm medo de  dizer o nome do animal para não atrair más 
vibrações. Para os Maias, o  escorpião representa o deus da caça. Os 
egípcios até o transformaram na  bondosa deusa Selket, que delegava 
poderes aos feiticeiros de sua seita.  Na mitologia grega o escorpião 
foi o vingador de Ártemis, deusa da  caça, que mandou o animal picar 
Orião, que tentou violentar a jovem  caçadora. Por esse feito, o 
escorpião foi transformado em uma  constelação. Transformação é a 
palavra chave para entender os regidos  pelo signo de Escorpião, disse a
 astróloga do Árvore do Bem, Mônica  Horta: "Os escorpianos possuem uma 
tensão interna muito grande porque  sabem que mais cedo ou mais tarde 
vão passar por transformações  profundas que não terão volta". Ficou 
assustado com todos esses aspectos  negativos? Não se preocupe. Por ser 
um animal ligado a vibrações mais  sombrias, é justamente em momentos de
 dificuldade que o Escorpião mostra  toda a sua habilidade de 
contra-atacar e dar a volta por cima.  Escultura de Sir Jacob Epstein 
(1880 - 1959). Lucifer 1944-5 Quem é  Lúcifer? Esta é a pergunta  para o
 Árvore do Bem. Você também gostaria  de saber mais sobre a esse 
polêmico assunto? Então vamos lá: Lúcifer, em  latim ‘lucifer’, sem o 
acento, significa "estrela da manhã”. A palavra  também pode significar 
“o que leva o archote”. O luciferário é aquele  que leva as lanternas 
nas procissões, daí sua ligação com a luz, ‘o que  traz a luz’. Lúcifer,
 para os antigos romanos, também era o nome do  planeta Vênus, “o mais 
brilhante, que desaparece de repente no céu”.  Como Lúcifer foi se 
tornar sinônimo de Anjo Mau, Príncipe das Trevas ou  discípulo de 
satanás, é uma longa história. Nos primórdios da religião  cristã, os 
padres da Igreja se depararam com um problema: como abordar o  mal? Até 
então, a existência do mal não era citada entre as  interpretações dos 
textos revelados. No entanto, o mal visivelmente  existia no mundo. 
Havia de se encontrar uma forma de explicá-lo. Em uma  religião onde 
Deus, que é o próprio bem e é onipotente, onde haveria  espaço para o 
mal? De certa forma aceitar a existência do mal era  colocar em 
discussão a existência de um Deus único e absolutamente bom.  Os 
primeiros formuladores da teologia católica fizeram um grande esforço  
para encontrar nos textos revelados uma passagem que pudesse lançar uma 
 lua nessa questão. E precisavam fazer isso de uma maneira que não  
colocasse em cheque o poder divino do bem. Lúcifer, como a representação
  do mal, surgiu deste esforço. A versão popular que conhecemos hoje é a
  de que Lúcifer, o portador da luz, era um anjo bom com um cargo de  
confiança no céu. Um dia ele rebelou-se, traiu a Deus e por isto foi  
expulso de lá. Ele teria sido jogado do céu e caído aqui na terra.  
Quando caiu, ele afundou e só parou quando chegou ao centro da terra,  
onde reina. Ao ser jogado na terra, de certa forma, Lúcifer se torna  
humanizado. O fato de ser um anjo caído, diminui sua importância perante
  o Bem, definindo a presença do Mal, sem ameaçar a onipotência divina. 
 No entanto, apesar da profecia de Isaías (onde se baseia a 
interpretação  que leva a Lúcifer) não estar falando especificamente do 
Diabo, e sim  da queda do Rei Nabucodonosor, é lá que se encontra a 
explicação do mal  para a religião católica: "Como caíste do céu, ó 
estrela da manhã, filha  da alva! como foste lançado por terra tu que 
prostravas as nações!" (Is  14,12) Luciferianismo No século IV, na 
Sardenha, o Bispo de Cagliari  inaugurou o luciferianismo, uma doutrina 
herética de Lúcifer. Os adeptos  desta doutrina são chamados de 
luciferianos. O luciferianismo pode ser  definido como o culto e a 
devoção a uma energia denominada Lúcifer.   Qual é a simbologia do signo
 de Áries? Quem nos enviou esta pergunta foi  a Agnes Romagnolo, de 
Ibiporã, no Paraná. A palavra Áries é carneiro,  em latim. De acordo com
 o Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier  Alain Gheerbrant, página 
189, o carneiro simboliza a força da criação  que desperta o homem e o 
mundo e que assegura a recondução do ciclo  vital. É ardente, macho, 
instintivo e potente. Ele associa o ímpeto e a  generosidade a uma 
obstinação que pode conduzir à obcecação. Essas  características são 
atestadas no mundo inteiro, por meio de numerosos  mitos, costumes e 
imagens simbolizantes. Ámon, divindade egípicia do Ar e  da fecundidade é
 representado com a cabeça de carneiro. Outro exemplo é  Knum (ou 
Quenum), o Deus que, segundo as crenças do antigo Egito  modelou a 
criação, é o Deus-carneiro por excelência, o carneiro  procriador. 
Carneiros mumificados têm sido encontrados em abundância,  neles 
residiam as forças que asseguravam a reproduçãos dos vivos; seus  
chifres entravam na composição de muitas coroas mágicas, destinadas a  
deuses e a reis, coroas essas que eram o próprio símbolo do temor  
irradiado pelo sobrenatural. Da Gália à África, da Índia à China, há a  
mesma celebração dessa cadeia simbólica que associa fogo criador,  
fertilidade e, em última instância, imortalidade. Assim, nos Vedas, o  
cerneiro relaciona-se com o Agni, regente do fogo e, principalmente, do 
 fogo sacrificial. Zodíaco No zodíaco, é o primeiro signo, situando-se a
  ao longo de 30 graus a partir do equinócio da primavera. Nesse 
momento, a  natureza desperta, após o entorpecimento do inverno, e por 
isso esse  signo simboliza antes de mais nada o desabrochar da primavera
 -  portanto, o impulso, a virilidfade (é o principal signo de Marte), a
  energia, a independência e a coragem. Signo positivo ou masculino por 
 excelência. É um símbolo intimamente ligado à natureza do fogo 
original.  É uma representação cósmica da potência animal, do fogo, a um
 só tempo  criador e destruidor, cego e rebelde, caótico e prolixo, 
generoso e  sublime que de um ponto central se difunde em todas as 
direções. Essa  força se relaciona ao brotar da vitalidade priemira, com
 tudo aquilo que  um processo inicial tem de impulsão pura e irracional,
 de descarga  eruptiva, indomável, de sopro inflamado... O que é 
Mandrágora? A  Patrícia Peres nos escreveu dizendo que adorou o Árvore 
do Bem, pois  surgiram muitas dúvidas interessantes sobre os mais 
diversos assuntos  depois que nos visitou. Ela gostaria de saber mais 
sobre a planta  mandrágora e se também gostaria de ver uma imagem ou 
foto dela.  Pesquisamos no Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier 
Alain  Gheerbrant, na página 586 e a resposta esta aí. Mandrágora é a 
planta  que mais dá lugar a superstições e práticas mágicas. Ela 
simboliza a  fecundidade, revela o futuro, busca a riqueza. Seu nome 
científíco é  mandragora autumnalis. existe ainda a mandrágora 
caulescens e mandragora  officinarum. No Egito as bagas da mandrágora, 
da grossura de uma noz,  de cor branca ou avermelhada, eram consideradas
 o símbolo do amor por  suas qualidades afrodisíacas. Os gregos a 
chamavam de Planta de Circe, a  Mágica. Sua raiz é muito nutritiva e por
 isso, nas operações mágicas,  significa as virtudes curativas e a 
eficácia espiritual.  "O Voto de  Minerva" Vanderli, que mora na cidade 
de Santos-SP, nos escreveu  perguntando sobre o Voto de Minerva. Ele 
gostaria de saber por que este  voto de desempate é chamado de "voto de 
Minerva". E você? Sabe o que  está por trás da expressão voto de 
Minerva? Segundo a mitologia, Athena e  Poseidon queriam ser patronos de
 uma cidade. Os dois brigaram, brigaram  , até que os deuses resolveram 
votar qual dos dois tomaria o poder.  Todas as deusas votaram em Athena e
 os deuses em Poseidon. Zeus se negou  a votar e Athena ganhou por um 
voto de diferença ficando com a cidade.  Só que, para amansar o ego de 
Poseidon, as mulheres ficaram impedidas de  votar. A história dos homens
 se baseou no mito. Surgiu no antigo Senado  romano o voto de Minerva, o
 voto da decisão. Eles tinham uma tradição  de, nos debates, quando uma 
questão era muito polêmica e acabava em  empate, era permitido ao 
presidente o voto de Minerva, para decidir a  questão. Minerva é o nome 
romano de Atena, a deusa grega da sabedoria.  Ela é também a deusa das 
artes e do artesanato, da ciência e do comércio  e da medicina. Mais 
tarde se tornou também a deusa da guerra. Ela é  filha de Júpiter. No 
templo do monte de Capitólio foi adorada junto com o  pai e Juno, com 
quem formava uma tríade poderosa de deuses. Acredita-se  que Minerva 
inventou os números e os instrumentos musicais. O culto à  deusa nasceu 
na cultura etrusca e o povo a chamava de Menrva ou Menerva.  Os romanos 
homenagearam Minerva dando seu nome a este voto. Pois é um  voto que 
exige sabedoria para ser dado. E Minerva, uma das mais  admiradas da 
mitologia da Roma e da Grécia antiga, sempre foi  representada com uma 
coruja nas mãos, símbolo da sabedoria.  Gostaria de  saber qual a 
diferença entre a estrela de Salomão e a estrela de David?  Tem alguma? 
Qual? A principal diferença entre a estrela de David e a  estrela de 
Salomão é a quantidade de pontas. A estrela de David tem seis  pontas, e
 a de Salomão cinco. A estrela de David representa duas  pirâmides 
cruzadas, há divergências quanto a origem de seu formato. Há  quem 
acredite que a origem da estrela vem do grego, língua em que a  palavra 
David é composta por 2 Deltas (letra em formato de triângulo -  que 
representa a letra "D"), e por este motivo a estrela é composta por 2  
triângulos. Desde o século XIX a Estrela de David tem sido o símbolo  
mais usado entre os judeus de todas as partes do mundo. Já a estrela de 
 Salomão, a de cinco pontas, representa os cinco Salomãos, e é um 
símbolo  do povo árabe, muçulmano. Também é conhecida como pentagrama, é
 uma  espécie de talismã ou amuleto, formada por linhas retas 
entrelaçadas.  Dizem que uma correntinha com o pingente da estrela de 
Salomão dá  orientação nos momentos de dificuldade no trabalho.   O que 
quer dizer  Namaste? Namaste, em sânscrito, que é a língua dos Vedas, 
antigos textos  espirituais da Índia, que dizer "eu reverencio a 
divindade que existe  em você" ou "a divindade que existe em mim 
reverencia a divindade que  existe em você". Em português, segundo o 
professor Hermógenes, você deve  pronunciar “namasté”, com acento na 
última sílaba, mas o “e” fechado.  Esta reverência expressa a crença de 
que cada um de nós tem dentro de si  uma chama divina, que, para os 
hindus, está localizada no chakra do  coração. O gesto que acompanha 
Namaste é juntar as mãos como se você  fosse fazer uma oração na altura 
do chakra do coração e abaixar a  cabeça. Esta postura, que para nós é 
sinônimo de oração, para os hindus  também é um gesto sagrado, ou mudra,
 chamado Anjali Mudra. A palavra  “anjali” significa “oferenda”. É tanto
 um gesto de adoração quanto de  saudação. Na Índia, Anjali Mudra é 
usado para saudar amigos,  professores, estranhos, deuses, rios sagrados
 ou para manifestar a  alegria por um novo dia, nas chegadas e nas 
partidas, nos encontros e  nas despedidas. Uma variação da saudação é 
colocar as duas mãos juntas  na altura do terceiro olho, ou seja, entre 
as sobrancelhas.    Quem foi  Lilith? Pergunta de Arthur Eduardo Guida 
Leite De acordo com as  tradições da cabala judaica (quer dizer a 
vertente mais mística do  judaísmo), Lilith seria a primeira mulher de 
Adão. Contam que ela e Adão  estariam unidos pelas costas e, ambos 
teriam sido criados como gêmeos,  da terra. Lilith exigiu de Adão um 
tratamento de iguais, os dois  discutiram e ela, cheia de fúria, 
pronunciou o nome de Deus e fugiu.  Outras versões falam que ela fugiu 
para ter relações sexuais com Satã,  gerando filhos demonìacos. Esta 
versão aparece até na doutrina islâmica.  Existem ainda uma outra versão
 que diz que Lilith foi a primeira mulher  de Adão, mas que foi expulsa 
por ele porque se recusou a se submeter a  ele no ato sexual. Em todas 
as versões, a imagem que surge é de uma  personagem arrogante, 
independente e rebelde, que será para sempre a  sombra de Eva. Lilith 
representa o lado sombrio do feminino e os  aspectos mais destrutivos 
das primeiras Grandes-Mães das mitologias  primitivas. Dizem que sua 
morada é no fundo dos oceanos e que é bom  mantê-la lá, para que ela não
 perturbe as famílias nem devore os  recém-nascidos. Este aspecto 
sombrio do feminino é tão forte que os  gregos retomam Lilith na pele 
das Lâmias, trágicas filhas de Hécate, a  Lua Nova, sombria e escura. 
Durante a Idade Média, Lilith vai sendo  asismilada aos demônios 
femininos como os súcubos. Foram encontrados  vários amuletos com a 
imagem de Lilith. Talvez para mantê-la apaziguada.  E a literatura está 
cheia de superstições para proteger as crianças de  sua fúria.  Onde 
fica o Monte Olimpo? Pergunta de Ana S., do Rio Grande  do Sul O Monte 
Olimpo é a mais alta montanha da Grécia. Fica ao norte e é  parte de uma
 cadeia conhecida com os Bálcãs, que se estende pela  Iugoslávia, 
Albânia, Macedônia e Bulgária, segundo o Atlas Mundial. O  Monte Olimpo 
tem 2918 m de altitude e acredita-se que tenha sido a  morada de Zeus, o
 senhor de todos os deuses dos gregos. Na verdade, a  história deve ter 
sido contada ao contrário. A montanha mitológica, tão  alta que abrigava
 os deuses em tempos primitivos existiu primeiro na  alma dos gregos e 
apenas mais tarde seu similar geográfico foi nomeado.  Os mitos contam 
que doze deuses moravam no Olimpo: Zeus; sua mulher,  Hera, a deusa dos 
partos e da família, seus dois irmãos, Poseidon, deus  dos mares, Hades,
 deus do mundo subterrâneo. Suas duas irmãs, Deméter,  deusa da 
vegetação e Héstia, deusa do fogo do lar. Depois vinham os  filhos de 
Zeus: Apolo, o deus da luz e da inteligência; Ártemis, deusa  das 
florestas e da natureza selvagem; Atena ou Palas Atena, a deusa das  
cidades e da vida civilizada; Ares, o deus da guerra. Também moravam lá 
 Afrodite, a deusa da beleza, que na Ilíada de Homero é apresentada como
  filha de Zeus, mas que em mitos anteriores nasce da espuma do mar;  
Hefaistos, filho de Hera, o deus do fogo e Hermes, também filho de Zeus,
  o mensageiro dos deuses. A descrição que temos do Olimpo está na  
Ilíada, livro de 800aC e atribuído ao escritor grego, Homero. A morada  
dos deuses era situada no cume da montanha e sua entrada era um  
gigantesco portão de nuvens, guardado pelas Estações do Ano. Ali os  
deuses decidiam os destinos dos homens, além de darem lindas festas cujo
  cardápio incluía um doce, chamado Ambrosia e uma bebida inebriante,  
conhecida como Néctar. As três Graças dançavam e Apolo tocava lira.  
“Homero diz que jamais o vento perturbava a paz tranqüila do Olimpo,  
nunca chovia nem nevava”, ensina Edith Hamilton, no livro Mitologia; “só
  a vastidão do firmamento sem nuvens à volta, por todos os lados, e a  
glória luminosa da luz do Sol, difundindo-se pelas suas muralhas”.   
Ariadne, Afrodite e Dionísio, do pintor italiano TintorettoQuem foi  
Ariadne? Pergunta enviada por Ariadne, de Cachoeiro de Itapemirin, no  
Espírito Santo. Ariadne é uma personagem da mitologia grega que a gente 
 conhece sem conhecer. Vou contar a história. Houve um dia um rei,  
chamado Minos, que governava a ilha de Creta no meio do Mediterrâneo. Lá
  ele mandou construir um complicadíssimo labirinto que servia de morada
  para o fruto dos amores proibidos da rainha, Pasífae com um touro. A  
monstruosa criatura, que ficou conhecida como o Minotauro (o touro de  
Minos), alimentava-se uma vez por ano, com 7 moças e 7 rapazes da cidade
  de Atenas. Cansados deste tributo tão duro, os atenienses organizaram 
 um grupo para matar o Minotauro. O jovem herói, Teseu, fazia parte do  
grupo. Assim que chegaram à Creta, Ariadne, filha de Minos com Pasífae, 
 avistou Teseu e se apaixonou por ele. Foi dela a idéia genial que  
permitiu que Teseu entrasse no labirinto, matasse o monstro e  
encontrasse a saída: Ariadne deu a ele um enorme novelo de lã que ele ia
  desenrolando à medida em que se embrenhava pelos caminhos escuros. Com
  medo da fúria do pai, ela foge com Teseu, certa de que ela também a  
amava. Mas o jovem abandona a moça numa ilha, onde ela é encontrada pelo
  deus Dionísio, que, fascinado pela sua beleza, resolve casar com ela. 
 Como presente de casamento, o deus deu a Ariadne uma coroa de ouro, que
  se transformou numa constelação. Algumas histórias contam que Ariadne 
 foi muito feliz com Dionísio, com quem teve quatro filhos. Outras, ao  
contrário, falam de um casamento infeliz e até que ela teria sido morta 
 por ordem do marido. Ariadne ficou famosa, não só porque sua coroa está
  impressa no céu, mas também porque sua estratégia virou sinônimo de  
engenhosidade e é até hoje conhecida como O Fio de Ariadne. Qual a 
diferença  entre o candomblé e a umbanda? Pergunta de Carolina Soares, 
de São  Paulo As chamadas religiões afro-brasileiras, como o candomblé, 
nasceram  dos cultos que faziam parte da vida e da cultura dos escravos 
africanos  trazidos para o Brasil. Até hoje, elas são expressões da 
cultura negra,  embora, a cada dia, aumente o número de brancos que 
participam de seus  rituais. Mas se umbanda e candomblé tiveram a mesma 
origem, elas se  separaram ao longo do tempo. Ao contrário do candomblé,
 que tem  preservadas as suas raízes africanas, a umbanda apresenta-se 
como uma  reinterpretação brasileira de vários elementos, que incluem 
até a  filosofia kardecista. De fato, além do riquíssimo panteão de 
orixás ou  divindades, que compartilha com o candomblé, a umbanda 
celebra em seus  rituais espíritos intermediários entre os homens e os 
orixás. Esses  espíritos, chamados “guias” não são individualizados como
 na doutrina  espírita, mas generalizações ou estereótipos. É o caso, 
por exemplo, dos  espíritos de índios, chamados caboclos, ou de negros 
escravos,  conhecidos como pretos-velhos. (Consulta: O Livro das 
Religiões, de  Jostein Gaarder, da Editora Companhia das Letras)  Quem 
foi Carlos  Castañeda? Pergunta enviada por João B., de São Paulo. Se 
você também  quiser enviar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Boa
 parte da  vida de Carlos Castañeda permanece um mistério. E sua obra 
ainda provoca  grandes discussões. Como certeza, sabe-se que ele foi o 
autor de mais  de oito livros sobre seus contatos e sua vida com um 
índio yaqui, de  Sonora, no México, chamado don Juan Matus. Seu primeiro
 livro, A Erva do  Diabo, foi escrito quando ele ainda era um estudante 
de antropologia da  Universidade da Califórnia, onde, dizem ele 
inclusive obteve um  mestrado. E foi publicado em 1968, no auge do 
movimento que viria a ser  chamado Nova Era. O próprio Castañeda, quando
 conheceu don Juan estava  fazendo pesquisas sobre o peiote e outras 
ervas alucinógenas, usadas  pelos índios para provocar estados alterados
 de consciência que poderiam  ser reveladores e abrir as portas para uma
 percepção diferente do  mundo. Aliás, Portas da Percepção, é o título 
de um dos outros livros de  Castañeda. Neste primeiro livro, o jovem 
candidato a antropólogo ainda  mantém o tom “científico”, nos seguintes,
 porém, transforma-se mesmo em  aprendiz do brujo don Juan e abandona 
toda a pretensão acadêmica. Os  livros até hoje atraem milhares de 
leitores. A idéia por trás deles é  que a Verdade, com V maiúsculo está 
em algum lugar dentro de nós mesmos  e, pode ser conhecida, uma vez que 
ousarmos mergulhar nas profundezas do  nosso ser. Entre as críticas que 
se fazem à obra de Castañeda é  justamente esta familiaridade com os 
conceitos típicos da Nova Era. Nos  seus últimos livros, por exemplo, 
ele ensina uma série de movimentos,  chamados Passes Mágicos, que embora
 sejam apresentados como tendo sido  transmitidos por várias gerações de
 índios mexicanos, parecem muito  próximos dos exercícios de yoga ou dos
 exercícios de respiração que são a  base de muitas escolas de 
auto-ajuda. Embora, deve-se dizer que o foco  proposto por don Juan seja
 original e consistente com seus ensinamentos.  Para ele, a energia 
nasce quando conseguimos manter nossa intenção  focada. Críticas à 
parte, a obra de Castañeda ainda é usada até hoje  quando se quer falar 
de Xamanismo moderno. O mistério cerca a vida de  Castañeda a partir da 
publicação daquele seu primeiro livro. Até a data  da sua morte é 
incerta e os direitos autorais sobre seus livros estão  ainda em 
discussão. Para muitos, ele não morreu. Assim como seu mestre  don Juan,
 apenas atravessou a Porta para o Infinito. Se você quiser  mergulhar 
neste universo controverso, mas fascinante, comece lendo a  Erva do 
Diabo, publicado pela Editora Nova Era.  Qual é a lenda de São  
Cipriano? Pergunta enviada por Cleide, do Rio de Janeiro. Se você também
  quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Os seres  
humanos sempre se deixaram seduzir pela magia. O poder de controlar a  
Natureza e, mesmo, forças maiores até do que as naturais, sempre  
fascinou nossa espécie. Feiticeiros, bruxos, encantadores e adivinhos,  
para o bem e com igual freqüência, para o mal, sempre estiveram à mão  
dos interessados ou dos incautos para fazer feitiços, amuletos,  
sortilégios, rezas, enfim, toda a sorte de encantamentos que pudessem  
modificar o rumo dos eventos, alterar a sorte, mudar o destino. A  
herança das bruxas da Idade Média, ao contrário do que a gente costuma  
imaginar, não ficou enterrada nas cinzas das fogueiras. Disfarçada,  
enviesada, a magia continuou atiçando a imaginação dos homens. Ao longo 
 do tempo, muitas orações, mesmo proibidas, foram usadas para a magia.  
Laura de Mello e Souza, no seu livro O Diabo e a Terra de Santa Cruz,  
diz que “tratava-se de um ramo da magia ritual em que era irresistível o
  poder de determinadas palavras divinas e, sobretudo, do nome de Deus”.
 A  oração de São Cipriano é uma destas preces que foram usadas pelo seu
  poder de exorcizar o mal e controlar o amor ou a sorte. E veio para o 
 Brasil na bagagem dos primeiros portugueses, na forma de um livreto  
proibido: O Livro de São Cipriano. Dizem que São Cipriano foi o primeiro
  bruxo. Mas a lenda mistura e confunde dois Ciprianos, um doutor da  
Igreja, que viveu em Cartago, logo nos dois primeiros séculos depois de 
 Cristo. E outro que teria vivido em Antioquia, chamado, O Mago. O  
Cipriano sábio ficou conhecido como o Papa Africano e foi martirizado  
por Valeriano, em 257, deixou vários escritos canônicos e seríssimos,  
mas existem muitos textos populares atribuídos a ele que beiram a  
heresia. Um e outro estão cercados de lendas que falam de magia e de  
crenças pagãs. A lenda de São Cipriano está ligada à lenda de Santa  
Justina. Cipriano era um jovem amante das artes ocultas e da magia.  
Viajava muito pela Grécia, pelo Egito e, foi até a Índia para  
aperfeiçoar seus conhecimentos. Um dia, alguém pediu que ele fizesse um 
 feitiço de amor para uma jovem chamada Justina. Apesar de usar todos os
  seus poderes, a virtude da moça foi mais forte e Cipriano acabou  
apaixonado e arrependido. Decidiu servir a Deus em vez do Demônio e  
tornou-se bispo de Antioquia, foi martirizado e decapitado por ordem do 
 imperador romano, Diocleciano. O dia 26 de setembro é dedicado a São  
Cipriano e a Santa Justina. Existe uma oração de São Cipriano , mas se  
você quiser saber mais sobre a oração e sobre o famoso Livro de São  
Cipriano deve ler o livro de Jerusa Pires Ferreira, O Livro de São  
Cipriano, uma Legenda de Massas, da Editora Perspectiva. Vale a pena!   
Quem foi o rei Salomão? Pergunta enviada por Fernanda Oliveira. Se você 
 também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com O rei  
Salomão era filho e sucessor de outro famoso monarca do Velho  
Testamento: Davi. Salomão, cujo nome em hebraico quer dizer “cheio de  
paz”, reinou de 970 a 931 aC. Davi era um pastor que passou por várias e
  severas peripécias para se tornar um dos mais importantes reis  
construtores de Israel. Salomão, filho temporão, já nasceu príncipe e  
teve um reinado marcado pela tranqüilidade e pela paz. E em tempos de  
paz, o comércio floresce e as artes humanas se desenvolvem. Dizem que  
foi nesta época que os judeus desenvolveram o senso comercial que viria a
  se tornar sua marca registrada. Riqueza e prosperidade, estas são as  
duas palavras que caracterizam o reinado de Salomão. E quando a  
preocupação não está na guerra, as artes da paz acabam sendo  
estimuladas. Além de embelezar Jerusalém e transformá-la no centro  
político e geográfico do reino, Salomão construiu o Templo para abrigar 
 as relíquias da fé judaica, no local exato que Deus tinha ordenado em  
sonhos a seu pai, Davi. A tradição, tanto para judeus, quanto para  
muçulmanos, ensina que este lugar é o mesmo Monte Moriá, onde Abraão ia 
 sacrificar seu filho Isaac. Hoje, o local, chamado em árabe  
Haram-esh-Sharif, o “nobre santuário” e em hebraico: Har Habait, “o  
monte do templo”, guarda apenas a lembrança do templo, completamente  
destruído pelos babilônios em 587aC. Não era um templo comum. O projeto 
 arquitetônico tinha sido revelado em sonhos a Davi por Deus, “em  
pessoa”. Nem era o seu tamanho que impressionava, mas a beleza das suas 
 formas e o luxo dos acabamentos. O Templo era a marca da cidade sagrada
 e  o eixo da fé e da cultura judaicas. Foi reconstruído mais uma vez e 
 destruído definitivamente pelos romanos no ano 70 da nossa época. Além 
 do Templo, Salomão, o maior sábio de Israel, escreveu alguns dos mais  
belos textos da Bíblia. O Livro dos Provérbios, O Livro da Sabedoria e o
  Cântico dos Cânticos. Mesmo que ninguém possa assegurar com certeza de
  que saíram das mãos do rei, estas obras foram escritas sob sua  
inspiração e, sem dúvida, estimuladas pela sua sabedoria. Como era um  
soberano de mente aberta, Salomão abriu seu reino para as influências  
estrangeiras, inclusive, tomando mulheres dos reinos vizinhos como  
esposas. Está escrito no Livro dos Reis (1 Reis 11:4) “A muitas mulheres
  estrangeiras o Rei Salomão amou: a filha do Faraó, além de mulheres  
moabitas, menonitas, edomitas sidonianas e hititas”. Mas delas todas, a 
 mais famosa foi a Rainha de Sabá. O romance entre os dois foi tema de  
canções e de poemas que estimularam a imaginação não apenas de judeus,  
mas também de cristãos e de muçulmanos. Oficialmente, tudo não passou de
  um amor platônico, mas na Etiópia, de onde veio a bela rainha, existem
  histórias que falam de um filho do par real, Meneleque. Coincidência 
ou  não, o imperador da Etiópia é chamado pelo título de “Leão de Judá” e
 o  emblema nacional do país é uma estrela de seis pontas, igualzinha a 
que  aparece no escudo de Davi, na bandeira de Israel.  Qual é a 
simbologia  da balança do signo de Libra? Pergunta enviada por Luciana. 
Se você  também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com A
 balança  é o símbolo da justiça, da medida, da avaliação ponderada dos 
fatos,  não apenas para nós, ocidentais, mas para muitos outros povos. 
Também  não é só de avaliação humana que o símbolo fala. A balança 
representa o  equilíbrio universal, a lei eterna que rege todas as 
coisas, o sentido  por trás do movimento do mundo. O símbolo lembra 
harmonia e conciliação.  Muito antes de Cristo, os babilônios, por 
exemplo, já reconheciam a  constelação de Libra no céu. Ela marcava o 
equinócio de outono, no qual o  dia e a noite tem a mesma duração e, 
portanto, estão em perfeito  equilíbrio. No Egito antigo, o deus Osíris 
pesava numa balança as almas  dos mortos para julgar o seu valor. Para 
os gregos, este símbolo de  medida e de ordem, tanto para o mundo dos 
homens quanto para o mundo  natural, é representado por Têmis, a deusa 
da lei universal. Outra deusa  da ordem é Maat, dos egípcios, também 
associada com a balança. Em  muitas representações da balança, ela 
aparece junto com uma flecha ou um  ponteiro ou, ainda uma espada, todos
 símbolos do eixo imutável que  alinha todas as coisas e mantém o 
equilíbrio do universo. Entre as  representações cristãs, Miguel, o 
Arcanjo do Julgamento, por exemplo,  aparece segurando uma balança e uma
 espada. E esta idéia de grande  julgamento associada ao símbolo da 
balança também aparece no Corão,  assim como na Pérsia e na China, onde a
 balança está associada às  sociedades secretas e relacionada ao direito
 e à justiça divina. Dá para  entender porque este vai ser um dos 
símbolos favoritos dos alquimistas e  das ciências ocultas em suas 
tentativas de compreender e de reunir o  mundo visível e o mundo 
invisível e de equilibrar aquilo que é corpóreo  com o que é imaterial. A
 Balança como signo do Zodíaco, representa o  tempo intermediário do ano
 astrológico. O Sol entra em Libra por volta  do dia 23 de setembro e 
fica neste signo até o dia 22 de outubro. Como  está associado ao 
equinócio, no qual dias e noites têm a mesma duração, o  símbolo aqui 
também fala de equilíbrio, mas lembra que ele nasce  daquilo que é 
essencialmente oposto e complementar, yin e yang, bom e  mal, atração e 
recuo, medo e ousadia. 
 
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