Tancredo da Silva 
Pinto, Tatá Ti Inkice, nasceu no dia 10 de agosto de 1904, no Município de 
Cantagalo-RJ. Ainda na adolescência foi morar na cidade do Rio de Janeiro, na 
época Distrito Federal. Seus pais eram Belmiro da Silva Pinto e Edwiges de 
Miranda Pinto, e seus avós maternos eram Manoel Luiz de Miranda e Henriqueta 
Miranda. Seu avô fundou os primeiros blocos carnavalescos da localidade Avança” 
e “Treme Terra” e o “Cordão Místico”, uma mistura de caboclo com ritual 
africano, no qual uma tia sua  
chamada Olga saía fantasiada como Rainha Ginga, rainha do antigo reino de 
Matamba. Em 1950, fundou a Federação 
Umbandista de Cultos Afro-Brasileiros para resistir as grandes perseguições que 
a Umbanda sofria em diversos Estados brasileiros. Fundou Federações nos Estados de Minas Gerais, Rio de 
Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco, entre outras, objetivando 
organizar e dar maior respeitabilidade e personalidade aos cultos 
afro-brasileiros. Com o intuito de divulgar os cultos afros, criou as festas 
religiosas de Yemanjá, no Rio de Janeiro; a festa a Yaloxá, em Pampulha e 
Cruzandê, em Minas Gerais; a festa do Preto Velho, em Inhoaíba, homenageando a 
grande yalorixá Mãe Senhora, na cidade do Rio de Janeiro; festa de Xangô em 
Pernambuco; o evento “Você sabe o que é Umbanda?”, realizado no Estádio do 
Maracanã, na Administração do Dr. Carlos Lacerda, e, finalmente a Festa da Fusão 
do Estado do Rio de Janeiro com o Estado da Guanabara, realizada no centro da 
Ponte Rio-Niterói. Recebeu em Sessão Solene na Câmara Estadual do antigo Estado 
da Guanabara e também da Câmara Municipal de Itaguaí, o Título de Cidadão 
Carioca, pelos serviços prestados em favor do povo umbandista. Tancredo escreveu 
mais de trinta obras literárias divulgando a Umbanda, entre elas: Iyao, Camba de 
Umbanda, Catecismo de Umbanda, Negro e Branco na Cultura Religiosa 
Afro-Brasileira, As Mirongas de Umbanda, Cabala Umbandista, Doutrina e Ritual de 
Umbanda no Brasil, Revista Mironga, entre outras. Tancredo da Silva Pinto foi 
sepultado no dia 02 de setembro de 1979, às 15:00hs, na quadra 70, carneiro 
3810, no Cemitério de São Francisco Xavier, à Rua Pereira de Araújo, nº. 44, no 
Rio de Janeiro-RJ. As despedidas ao corpo de Tancredo foram realizadas no Ilê de 
Umbanda Babá Oxalufan, situado a Avenida dos Italianos nº.1120 em Coelho Neto, 
onde seu corpo foi velado. No livro de registro de filhos de santo estão 
registrados mais de 3.566 filhos de santos que foram iniciados pelo Tatá Ti 
Inkice. O Sirum (Axexê), cerimônia de encomenda do corpo de pessoa falecida foi 
realizado por José Catarino da Costa, conhecido como Zé Crioulo, filho de 
Xapanam e confirmado como Ogan Kalofé no Terreiro de Tio Paulino da Mata e Tia 
Olga da Mata.
             
O motivo que levou Tancredo a criar federações umbandistas para defender 
os direitos dos cultos afro-brasileiros desenrolou-se na casa de santo de sua 
tia Olga da Mata. Estando em casa de sua tia Olga da Mata, na Avenida Nilo 
Peçanha, 2.153, em Duque de Caxias, onde funcionava o Terreiro São Manuel da 
Luz. Lá, Xangô manifestou-se e disse: “Você deve fundar uma sociedade para 
proteger os umbandistas, a exemplo da que você fundou para os sambistas, pois eu 
irei auxiliá-lo nessa tarefa”. Após esse fato, ele fundou a Confederação 
Umbandista do Brasil, usando parte do pagamento recebido pelo direito autoral do 
samba “General da Banda”, gravado por Bleckaute e ajudou a fundar em outros 
estados outras federações umbandistas para defender os direitos dos cultos 
afro-brasilieiros. Segundo Tancredo da Silva Pinto, a primeira sociedade 
umbandista criada para defender os direitos dos umbandistas no Rio de Janeiro e 
no Brasil foi a União, fundada em 1941. Segundo ele, naquela época, devido às 
perseguições policiais, os cultos eram acompanhados por bandolim, cavaquinho e 
órgão, porque não era permitido tocar tambor (atabaques). No Rio de Janeiro, os 
cultos afro-brasileiros foram professados dessa maneira até 1950. Coisa 
semelhante acontecia nos terreiros de Umbanda em Florianópolis, onde as giras 
eram acompanhadas por palmas e eram realizas quase sempre  em horários alternados entre a tarde e a 
noite.
             
Em Belo Horizonte, foi institucionalizado o dia 10 de agosto como sendo o 
dia consagrado a Nação Omoloko, conforme registro em Ata elaborada em reunião 
realizada à Rua Conde Déu nº.422, Bairro Vera Cruz, Belo Horizonte, na sede da 
Fraternidade para Estudos e Práticas Mediúnicas, presidida pelo Dr. Wamy 
Guimarães, Okala de Xangô e filho de santo do Tatá Tancredo.
             
A bandeira que representa a Nação Omoloko acha-se em exposição na Tenda 
Espírita Três Reis de Umbanda, à Rua Basílio de Brito, 43, Cachambi, Méier, Rio 
de Janeiro. Esta bandeira, trazida da África pelo Dr. Antônio Pereira Camelo, 
foi enviada por um Tatá Zambura da Guiné para que fosse entregue a Tancredo da 
Silva Pinto. A bandeira é na cor verde garrafa, com o desenho de uma pena branca 
no centro e uma linha longitudinal branca partindo do canto esquerdo superior 
para o canto direito inferior da bandeira, que mede aproximadamente 50x50 de 
cumprimento e largura.
             
Pesquisas mais recentes dão conta de que a origem do nome Omoloko pode 
também estar ligado ao povo Loko, que era governado pelo rei Farma, no Sertão de 
Serra Leoa. Ele foi o rei mais poderoso entre todos os Manes. Sua cidade 
chamava-se “Lokoja” e localizava-se a margem do Rio Mitombo, afluente do rio 
Bênue, que por sua vez é afluente do grande rio Niger. Lokoja ficava próxima do 
reino Yoruba. O povo Loko também era conhecido pelos nomes de Lagos, Lândogo e 
Sosso. O nome “Loko” foi primeiramente registrado em 1606. Também há registro de 
desse povo com o nome de Loguro. Os Lokôs viveram até 1917 a oriente dos Temnis 
de Scarcies. De acordo com pesquisas realizadas, a tribo Loko estava divida em 
tribos menores ao longo dos Rios Mitombo, Bênue e Níger, e no litoral de Serra 
Leoa. Em 1664, o filho do rei Farma foi batizado com o nome de D. Felipe. 
Evidentemente torna-se claro que o principio da sincretização afro-católica já 
acontecia na África antes da vinda dos africanos ao Brasil. Acredita-se que a 
Tribo Loko pertencia a um grupo maior chamado Mane, e que os povos dessa tribo 
vindos escravizados para o Brasil formaram o que hoje conhecemos como Nação 
Omoloko. Os povos Mane tinham por costume usar flechas envenenadas e arcos 
curtos, espadas curtas e largas, azagaias, dardos e facas que traziam amarrados 
embaixo do braço. Para combater o veneno de suas flechas, em caso de acidente, 
usavam uma bolsinha com um antídoto. Avisavam os seu inimigos o dia em que iriam 
atacá-los através de palhas - “tantas palhas, tantos dias para o ataque”. 
Traziam no braço e nas pernas manilhos de ouro e prata. Também eram amigos do 
brancos que invadiram a África Negra. Adoravam assentamentos de deuses e ídolos 
de madeira em figura de homem e animais. Quando não venciam as guerras açoitavam 
os ídolos e quando as batalhas eram vencidas eles ofereciam aos deuses comidas e 
bebidas. Chamavam as mulheres de “cabondos” e tinham como marca a ausência dos 
dois dentes da frente.
           Em 
Florianópolis, talvez o único terreiro de Nação Omoloko existente na cidade seja 
a Tenda Espírita de Umbanda Juraciara, onde ritual de feitura é proveniente de 
uma pequena tribo chamada Arigole, que conforme pesquisas bibliográfica 
pertencia ao grande grupo dos Lunda-Quiôco. Contudo, o ritual de maneira geral, 
sofreu, como todos os outros no Brasil, influências dos Cultos Yoruba e Gêge na 
culinária, na liturgia dos rituais sagrados aos orixás, a introdução de novos 
Orixás ao cultos, no vocabulário.... Os africanos yoruba foram um dos últimos 
grupos afro a vir  para o Brasil. 
Talvez por causa deste fato sua cultura religiosa predominou sobre as demais, 
influenciando às culturas minoritárias já existentes, escravizadas, aqui no 
Brasil. A Tenda Espírita de Umbanda Juraciára funciona na Ilha de Santa 
Catarina, hoje também conhecida como “Ilha da Magia” em Florianópolis, e é 
proveniente da Tenda Espírita de Umbanda São Sebastião que ficava no continente, 
no Bairro de Coqueiros, também em Florianópolis. Este terreiro foi um dos 
primeiros a ser estruturado em hierarquia sacerdotal em Florianópolis. A 
Yalorixá da Casa chamava-se Juracema Rodriguês, e era proveniente do Rio Grande 
do Sul, feita no ritual de Nação (Batuque).
  
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YALORIXÁ GILOYÁ - (MÃE
      ANTONIETA) | 
 
 
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