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Simbolismo Germânico ( " Mitologia Nórdica " )
Asatru Vanatru
Asatrú
Vanatru (Islandês para "fé Aesir") é um movimento religioso nórdico
existente na época dos Vikings – tal como descrito nos Eddas – antes da
chegada do Cristianismo.
Vanatru é um nome originário
dos deuses nordicos Vanires, que se tornaram aliados dos Aesires após
uma batalha na qual perderam, resultando nas duas nomenclaturas, que
nomina à religião Asatru Vanatru, uma referência aos deuses Aesires e
Vanires.
Toda
a mitología que a compõe, pode ser encontrada nas Sagas e nas Eddas,
livros onde existem os escritos nordicos que retratam desde o início
do mundo na visão nordica, passando pelas formas pelas quais Odin
descobriu a magía, até contos de heróis lendários, como o Deus Thor e
profecias de sua morte pela serpente filha de Loki, o deus da trapaça.
A
religião Asatru fundamenta-se na vivência das "Nove Nobres Virtudes":
Coragem, Verdade, Honra, Fidelidade, Disciplina, Hospitalidade,
Laboriosidade, Independência e Perseverança.
O
conceito de Confiança , que pode ser interpretado como fé, não é uma
das Nove Nobres Virtudes, porque se baseia nos princípios de esperar e
acreditar, contrariando a premissa da Laboriosidade. Um Asatruar
virtuoso não cultiva esperanças de que algo aconteça, ele (ou ela)
trabalham arduamente pelas suas conquistas e pelas conquistas de seus
Kin (Kin=Semelhantes. Membros do mesmo clã ou comunidade). Um Kin não
dá sua confiança espontaneamente, esta deve ser laboriosamente
conquistada. A cultura Asatru é voltada para uma visão de ordem social
subordinada à ordem familiar. Para uma visão de bem comum para o Clã
(Clã=comunidade com várias famílias), onde cada membro da comunidade é
um Kin. Portanto, é essencial a dedicação e comprometimento do
indivíduo (Kin) para com seu grupo (Clã), bem como a dedicação e
comprometimento do grupo para com cada indivíduo.
Embora
o termo Asatrú originalmente se referisse especificamente aos
partidários islandeses da religião, neopagãos germânicos e grupos
reconstrucionistas têm se identificado majoritariamente como Asatrú,
particularmente nos Estados Unidos. Neste sentido mais amplo, o termo
Asatrú é usado como um sinônimo de neopaganismo germânico ou paganismo
germânico, conjuntamente com os termos Forn Sed, Odinismo,Heithni, e
outros.
Muitos membros do Asatrú e do neo-paganismo
germânico se intitulam também de reconstrucionistas, muitas vezes
recorrendo a estudos e pesquisas acadêmicas sobre a antiga
religiosidade da Era Viking. Especialmente os atuais praticantes dos
países escandinavos, como a Noruega, mantém algum tipo de vínculo com
as pesquisas historiográficas sobre religiosidade nórdica. O Asatru é
uma das mais antigas religiões.
Æsir
Æsir,
segundo a mitologia nórdica, é um clã de deuses que residem em
Ásgarðr (Asgard), ou seja, a Terra dos Æsir (As = Aesir. Gard = Terra
).
Suas
contrapartes e uma vez inimigos, com os quais guerrearam, são os
Vanir. Os Vanir são deidades mais da natureza e fertilidade. Enquanto
os Æsir são mais guerreiros que seus rivais.Quando as duas raças
guerrearam, Æsir e Vanir, fizeram as pazes, as deidades Vanir
entregaram Njörðr (Niord), Freyr e Freyja para os Æsir.
Os
Æsir formam o panteão principal dos deuses na mitologia nórdica.
Incluem muitas das figuras principais, tais como Odin, Frigga, Thor,
Balder e Týr. Existem outros clãs de deuses nórdicos, sendo segundo
principal o clã dos Vanir, também mencionado na mitologia nórdica. Além
destes clãs também há o clã das Nornas, o clã dos Jotnar e o clã dos
"Dragões".
O deus Njörðr e seus filhos, Frey e Freyja
são os deuses mais importantes dos Vanir, e acabaram se reunindo aos
Æsir como reféns após a Guerra dos Deuses, que envolveu ambos os
clãs.
Os 'áss' da palavra aparentemente é
derivada do proto-indo-europeu *ansu-'respiração, deus' relacionado
ao sânscrito asura e ao avestan ahura, com o mesmo significado; apesar
de que a palavra em sânscrito asura veio a significar demônio. O
cognato em inglês arcaico de 'áss' é os, que significa 'deus,
divindade' (como no sobrenome atual Osgood).
A
palavra 'áss' ainda pode significar 'feixe' ou 'correio' na língua
nórdica arcaica, mas não há nenhuma demonstração da conexão etmológica
entre as duas palavras. Schefferus, um proto-etonologista do Século
XVII, afirmou que o Æsir se referencia aos imperadores da Ásia, isto é,
uma liderança pseudo-feudal (de hereditariedade xamanista), que saíra
das estepes asiáticas para a Europa em tempos ancestrais.
Os Æsir eram agraciados com a juventude eterna enquanto comessem as maçãs de Iðunn, embora ainda pudessem ser assassinados
Iðunn
Iduna
(também conhecida como Idun ou Iðunn) era, na mitologia nórdica,
esposa de Bragi e deusa da poesia. De acordo com o Edda em prosa ela era
a guardiã do pomar sagrado cujas maçãs permitem aos Aesir restaurarem
a sua juventude pela eternidade. Ela é responsável pela imortalidade
dos deuses, fornecendo uma maçã por dia, vinda de seu cofre de madeira
de freixo, que mantêm a juventude e força.
Vanir e Elfos
São
deuses da fertilidade e da prosperidade, possuíam um conhecimento
profundo das artes mágicas, de modo que sabiam também sobre o futuro. A
lenda conta que Freya ensinou a mágica aos Æsir. Praticavam também a
endogamia e mesmo o incesto, ambos proibidos entre o Æsir; como um
exemplo, Frey e Freya eram filhos de Njord e de sua irmã, Nerto.
O
Eddas identifica uma possível inter-relação entre os Vanir e os elfos
(Alfes), frequentemente intercambiando o Æsir e os Vanir e o Æsir e os
Alfes para significar "todos os deuses". Como os Vanir e os Alfes
representavam os deuses da fertilidade, o intercâmbio entre os dois
nomes sugere que os Vanir e os elfos podem ter sido utilizados como
sinônimos. É também possível que os dois nomes reflitam uma diferença no
status do panteão, onde os elfos eram considerados deuses menores da
fertilidade, visto que os Vanir eram os deuses principais da
fertilidade. Frey seria, neste caso, um comandante dos Vanir sobre os
elfos em Álfheim.
Os
membros do panteão Vanir incluem Njorðr, Frey e Freyja, que viveram
entre o Æsir desde o fim do conflito entre os dois clãs de deuses
(negociados para Mimir e Hoenir). A classificação como Vanir de Skaði,
de Lýtir, de Gerðr e de Óðr pode ser debatida. Skaði era uma giganta
casada com Vanir (Njorðr); Gerðr também era uma giganta, por quem Frey
ficou apaixonado, vendendo sua espada como pagamento para sua união
com a deusa. No entanto, não está bem certo se esta união atingiu mais
do que uma única reunião. Óðr é mencionado no Eddas muito rapidamente
como o marido de Freya, mas nada mais é sabido realmente sobre quem
era ele (embora se observe frequentemente que este era um de nomes de
Odin).
Os deuses Njord e Frey aparecem na saga de
Ynglinga de Snorri como reis da Suécia. Seus descendentes no trono
sueco são reconhecidos como Vanir
Eddas
Eddas,
Edas ou simplesmente Edda, é o nome dado ao conjunto de textos
encontrados na Islândia (originalmente em verso) e que permitiram
iniciar o estudo e a compilação das histórias referentes aos
personagens da mitologia nórdica. São partes fragmentarias de uma
antiga tradição escáldica de narração oral (atualmente perdida) que
foi recompilada e escrita por eruditos que preservaram uma parte
destas histórias.
São
duas as compliações: a Edda prosaica (conhecida também como Edda
Menor ou Edda de Snorri) e a Edda poética (também chamada Edda Maior ou
Edda de Saemund).
Na Edda poética se recompilam poemas muito antigos, de caráter mitológico e heroico, organizada por um autor anônimo até 1250.
Óðinn
Odin ou Ódin (em nórdico antigo: Óðinn) é considerado o deus principal da mitologia nórdica.
Seu
papel, como o de muitos deuses nórdicos, é complexo; é o deus da
sabedoria, da guerra e da morte, embora também, em menor escala, da
magia, da poesia, da profecia, da vitória e da caça.
Odin
morava em Asgard, no palácio de Valaskjálf, que ele construiu para
si, e onde se encontra seu trono, o Hliðskjálf, desde onde podia
observar o que acontecia em cada um dos nove mundos. Durante o combate
brandia sua lança, chamada Gungnir, e montava seu corcel de oito
patas, chamado Sleipnir.
Era filho de Borr e da jotun
("gigante") Bestla, irmão de Vili e Ve,esposo de Frigg e pai de
muitos dos deuses. tais como Thor, Baldr, Vidar e Váli. Na poesia
escáldica faz-se referência a ele com diversos kenningar, e um dos que
são utilizados para mencioná-lo é Allföðr ("pai de todos").
Os
nomes do deus são encontrados em nórdico arcaico (ou Old Norse) Óðinn
(Saxo Grammaticus, latinizando escreve Othinus), no germano Wotan e no
primitivo germânico sob a forma de Wodanaz, no gótico, Vôdans, no
dialeto das ilhas Feroé (nas costas da Noruega), Ouvin, no antigo saxão,
Wuodan, no alto alemão, Wuotan, enquanto que entre os lombardos e na
região da Vestefália aparece Guodan ou Gudan, e na Frísia, Wêda. Nos
dialetos dos alamanos e borgundos temos a expressão Vut, usada até hoje
no sentido de ídolo.
Essas denominações estão
ligadas pela raiz, no nórdico arcaico, às palavras vada e od, e, no
antigo alto alemão, a Watan e Wuot, que significavam a princípio
razão, memória ou sabedoria. Mais tarde tornaram-se equivalentes a
tempestuoso ou violento, sentido que os cristãos faziam empenho de
acentuar, procurando depreciar a figura do deus nórdico
Vemos
que Óðinn, na concepção do poeta édico, é criador da humanidade,
detentor supremo do conhecimento, das fórmulas mágicas e das runas,
invocado por ocasião das batalhas, durante os naufrágios e as doenças,
na defesa contra o inimigo.
Nas baladas da Edda, o
deus supremo está em ligação com símbolos, emblemas e certos elementos
adequados às diversas circunstâncias em que aparece. Assim, no
Valhöll (Valhalla), tem o seu grande palácio onde recebe e aloja os
guerreiros mais valorosos, e em outro dos seus três salões em Ásgarðr
(Asgard), o alto Valaskjalf, senta-se no trono Hliðskjalf
(Hlidskialf), de onde é possível enxergar o mundo inteiro e acompanhar
todos os acontecimentos da vida. A seus pés, deitam-se os dois lobos
Geri e Freki e os seus ombros estão os dois corvos Munin e Hugin, a
sussurrar-lhe o que viram e ouviram por todos os cantos.
Yggdrasil
Yggdrasil
ou (nórdico antigo: Yggdrasill) é uma árvore colossal (algumas fontes
dizem que é um freixo, outras que é um teixo), na mitologia nórdica,
que era o eixo do mundo.
Localizada no centro do
universo ligava os nove mundos da cosmologia nórdica, cujas raízes mais
profundas estão situadas em Niflheim, fincavam os mundos
subterrâneos; o tronco era Midgard, ou seja, o mundo material dos
homens; a parte mais alta, que se dizia tocar o Sol e a Lua,
chamava-se Asgard (a cidade dourada), a terra dos deuses, e Valhala, o
local onde os guerreiros vikings eram recebidos após terem morrido,
com honra, em batalha.
Conta-se que nas frutas de
Yggdrasil estão as respostas das grandes perguntas da humanidade. Por
esse motivo ela sempre é guardada por uma centúria de valquírias,
denominadas protetoras, e somente os deuses podem visitá-la. Nas
lendas nórdicas, dizia-se que as folhas de Yggdrasil podiam trazer
pessoas de volta a vida e apenas um de seus frutos, curaria qualquer
doença.
Os nove mundos contidos na Yggdrasil são:
Midgard, o mundo dos homens. É representado por Jera, a runa do ciclo anual;
Asgard, o mundo dos Aesir. É representado por Gebo, a runa da troca;
Vanaheim, o mundo dos Vanir. É representado por Ingwaz, a runa da semente;
Helheim, o mundo dos mortos. É representado por Hagalaz, a runa do granizo;
Svartalfheim, o mundo dos anões ou elfos escuros. É representado por Elhaz, a runa do teixo;
Ljusalfheim, o mundo dos elfos de luz. É representado por Dagaz, a runa do dia;
Jotunheim, o mundo dos gigantes. É representado por Nauthiz, a runa da
necessidade;
Niflheim, o mundo de gelo eterno. É representado por Isa, a runa do gelo;
Muspelheim, o mundo de fogo. É representado por Sowilo, a runa do sol.
Njorðr
Njorðr,
o deus do Mar, dos ventos e da fertilidade, é da Raça dos Vanir,
contraposto a dos Aesir, dos quais Odin era o líder. Njord era o Pai de
Freya, a deusa do amor, e de Freyr, deus da fertilidade.
É
o protetor dos pescadores e dos caçadores que, em sua honra,
construiam pequenos altares nas falésias e nas florestas, onde
depositavam parte do que conseguiam pescar ou caçar. Era visto como um
deus pacífico.
Njord casou com Skadi, deusa do
Inverno e da caça. Skadi escolheu o seu marido observando os pés dos
deuses, sem lhes ver a cara, e começou a procurar os pés mais limpos e
bonitos, e escolheu os de Njord, porque seus pés sempre estão limpos
por causa da água do mar. Njord e Skadi não tiveram um casamento
feliz, e logo se separaram, pois Skadi como uma deusa das montanhas
não conseguia viver nas costas oceanicas assim como Njord não
conseguia viver nas montanhas, com a constante mudança foram criadas
as estações do ano.
Loki
Loki
(também conhecido como Loke ou possivelmente Lothur) é um deus ou um
gigante da mitologia nórdica. Deus do fogo, da trapaça e da
travessura, também está ligado à magia e pode assumir formas de vários
animais - exceto de aves - e de ambos os sexos. Ele não pertence aos
Aesir, embora viva com eles. É frequentemente considerado um símbolo da
maldade, traiçoeiro, de pouca confiança; e, embora suas artimanhas
geralmente causem problemas a curto prazo aos deuses, estes
frequentemente se beneficiam, no fim, das travessuras de Loki. Ele está
entre as figuras mais complexas da mitologia nórdica.
Ele
possui um grande senso de estratégia e usa suas habilidades para seus
interesses, envolvendo intriga e mentiras complexas. Sendo um misto
de deus e gigante, sua relação com os outros deuses é
conturbada.Segundo as lendas nórdicas ele iria liderar um exército no
Ragnarok. Entretanto, ele é respeitado por Thor. Ele também ajuda Thor a
recuperar seu martelo Mjölnir, roubado pelos gigantes, obtém alguns
dos artefatos mais preciosos dos deuses - como a própria Mjölnir, a
lança de Odin, Grugnir, os cabelos de ouro de Sif e o navio mágico de
Freyr, Skidbladnir.
As
referências a Loki estão no Edda em verso, compilado no século XIII a
partir de fontes tradicionais, no Edda em prosa e no Heimskringla,
escrito no século XIII por Snorri Sturluson. Ele também aparece nos
Poemas rúnicos, a poesia dos escaldos, e no folclore escandinavo. Há
teorias que conectam o personagem com o ar ou o fogo, e que ele pode ser
a mesma figura do deus Lóðurr, um dos irmãos de Odin
As
ações de Loki mostra seu lado maléfico por boas causas, estas
geralmente contra sua intenção original. Entretanto, ele não é
considerado perigoso; sua criatividade é usada pelos outros deuses para
lidar com situações sem esperança. Uma das teorias sobre o personagem
argumenta que seu lado demoníaco e destrutivo é exclusivo duma
perspectiva cristã. Muitos os consideram um trapaceiro que, apesar de
seu indubitável lado mau, acaba se tornando um dos principais aliados
dos deuses; além disso, ele representa o toque de caos necessário para
que possa haver evolução. Conceitos cristãos introduzidos mais tarde na
Escandinávia acabaram por destacar apenas suas piores
características.
Apesar de diversas investigações, a
figura deste deus continua obscura. Não há seu traços de religião em
seu nome, e ele não aparece em toponímia alguma. Algumas fontes o
relacionam com os deuses,mas se supõe que isso se deve ao seu
relacionamento fraterno com Odin.
Freyja
Freia
(em nórdico antigo: Freyja, também grafado Freya, Freja, Freyia, e
Frøya) é a deusa mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica. Filha
de Njord e Skade (Skadi), o deus do mar, e irmã de Frey, ela é a deusa
do sexo e da sensualidade, fertilidade, do amor, da beleza e da
atração, da luxúria, da música e das flores.
É também
a deusa da magia e da adivinhação, da riqueza (as suas lágrimas
transformavam-se em ouro) e líder das Valquírias (condutoras das almas
dos mortos em combate).
De carácter arrebatador, teve
vários deuses como amantes e é representada como uma mulher atraente e
voluptuosa, de olhos claros, baixa estatura, sardas, trazendo consigo
um colar mágico, emblema da deusa da terra.
Diz
a lenda que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por
Odur, seu marido perdido, enquanto derramava lágrimas que se
transformavam em ouro na terra e âmbar no mar.
Na
tradição germânica, Freia e dois outros vanirs (deuses de fertilidade)
se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (deuses de guerra)
como símbolo da amizade criada depois de uma guerra. Ela usava o colar
de Brisingamen, um tesouro de grande valor e beleza que obteve
dormindo com os quatro anões que o fizeram.
Ela
compartilhava os mortos de guerra com Odin. Metade dos homens e todas
as mulheres mortos em batalha iriam para seu salão Sessrumnir.
O
seu nome tem várias representações (Freia, Freja, Froya, etc.) sendo
também, por vezes, relacionada ou confundida com a deusa Frigga, mas
ela também foi uma grande fiandeira na antiguidade.
Freia também tinha uma suposta paixão pelo deus Loki.
Frey
Frey,
Frei, Freyr ou Freir é filho de Njord e irmão de Freya, e está casado
com a gigante Gerda. É um deus representado como belo e forte que
comanda o tempo e a prosperidade, a fertilidade, a alegria e a paz. É o
deus chefe da agricultura.
É
o patrono da fertilidade, o soberano dum país chamado Álflheimr,
reino dos elfos da luz (ljósálfar), que são os responsáveis pelo
crescimento da vegetação. O Skirnismál (“A Balada de Skirnir”) nos
informa que Frey é filho de Njörðr (Njord), o deus da fertilidade. É
portanto um deus dos Vanir. Seu cavalo salta qualquer obstáculo e a
sua espada mágica, forjada por anões, move-se sozinha nos ares
desferindo golpes mortais, mesmo se for perdida em combate. É senhor
de um javali de ouro chamado Gulinbursti, criação dos anões Brokk e
Sindri, que conduz um carro como se fosse puxado por cavalos, e cujo
brilho reluz na noite. Tem também um navio, Skidbladnir (Skidbladnir),
que é tão grande que nele cabem todos os deuses, mas pode ser dobrado
e guardado na algibeira. É uma das mais antigas divindades germânicas
junto com Freyja e Njörðr, e seu nome significa “senhor".
Apesar
de ser um deus pacífico, Frey está destinado a lutar contra Surtur na
batalha de Ragnarok. Nesta luta não poderá utilizar a sua espada
mágica, porque a deu ao seu escudeiro, Skirnir.
Parece
que ele inspirou particularmente devoção na Suécia, como evidenciado
por estátuas eróticas e amuletos, e pela tradição de procissões de
carruagem no estilo de Nerthus, a deusa descrita por Tacitus em sua
Germânia, de grande devoção desde a Idade do Bronze no Oeste
Germânico.
Mjölnir
Na
mitologia nórdica, o Mjölnir (em português: aquilo que esmaga;
pronúncia: miêlnir ou miôlnir, sendo mais comum miôlnir) é o martelo do
deus Thor (ou Tor). Talhado de forma bem característica, o instrumento
é representado como uma das mais temíveis armas, capaz de aplainar
montanhas. Embora geralmente reconhecido e ilustrado como um martelo,
Mjölnir é algumas vezes mencionado como um machado ou um porrete. No
século XIII, no Edda em Prosa, Snorri Sturluson relata que os Svartálfar
Sindri e Brokk produziram o Mjölnir por ordem de Loki. Ele teria sido
criado pelos filhos de Ivaldi numa aposta contra o deus Loki.
O Edda em Prosa dá um sumário das qualidades especiais do Mjölnir quando Thor, com o Mjölnir:
...
seria possível atacar tão firmemente como ele desejasse, qualquer que
fosse sua finalidade, e o martelo nunca falharia, e se ele o
arremessasse contra algo, ele nunca falharia o alvo e nunca voaria para
além do alcance de sua mão, e quando ele quisesse, se tornaria tão
pequeno que poderia ser carregado dentro de sua túnica.
O
Mjölnir é tão pesado que só Thor, com sua força gigantesca e usando o
cinto Megingjard consiga levantá-lo. O martelo também é o símbolo da
força para os nórdicos, e se acredita que quem carrega um consigo terá
força e boa sorte. Por isso, era de costume entre os atiradores de
martelos levar um pingente na forma de "mjölnir" para as competições e
batalhas.
Baldr
Baldur
(Baldr no Nórdico antigo) é uma divindade do panteão nórdico. Segundo
algumas fontes, este deus seria filho de Odin e Frigga, segundo
outras seria apenas um "protegido" destes. Era, em qualquer dos casos,
uma divindade da justiça e da sabedoria, e embora não pertencesse ao
núcleo de deuses Aesir, era-lhe permitida a permanência em Asgard.
Baldur
disseminou a boa vontade e a paz em todos os lugares que visitou, o
que fez dele um dos deuses mais amados. Sua popularidade e bondade
inata atraíram a ira de Loki, . Um dia, Baldur passou a ser atormentado
por estranhos pesadelos, um sinal da morte iminente, e isso acabou
perturbando todos os deuses. Depois de muitos problemas, Odin previu o
destino de Baldur e tomou algumas precauções para evitá-lo, enviando
Frigga com a missão de obter um juramento de todos os seres vivos e não
vivos de que não iriam fazer mal a Baldur. Porém, Loki se disfarçou de
mulher e teve uma conversa com Frigga, descobrindo que uma pequena
planta, o visco, não prestara o juramento, pois Frigga a julgara
inofensiva a Baldur por ser muito jovem.
Aconteceu,
então, uma festa em que todos os deuses atiravam toda sorte de coisas
em Baldur, as quais sempre se desviavam de seu alvo. Havia um, porém,
que não participava da brincadeira,Hodr (ou Hod), irmão cego de
Baldur. Loki, disfarçado, perguntou a Hod por que ele também não
participava, e este respondeu que não sabia em que direção atirar.
Aceitando a sugestão de Loki, Hod atira uma flecha feita de um ramo de
visco no coração de Baldur, que no mesmo instante cai morto.
Frigga
pede para Hermodr ir ao submundo trazê-lo de volta. Hel concorda, com
a condição de que todos os seres derramassem uma lágrima por Baldur.
Todos os seres então choram a morte de Baldur, mas a tentativa é
novamente frustrada por Loki, que disse que não o faria.
Não
obstante, esperava-se que Baldur retornasse após uma grande
catástrofe mundial (o Ragnarok) e governasse um mundo novo. A
semelhança dessas expectativas pode ter ajudado na difusão inicial do
cristianismo.
Baldur é marido da bela Nanna, uma deusa
benevolente e bela, que se atirou em sua pira funerária para habitar
em Hel com seu marido. São pais de Forseti, uma divindade da justiça,
que alguns dizem presidir as Things (assembléias dos homens livres)
Forseti
Forseti
(que significa "o anfitrião") é o deus da justiça, meditação e
conhecimento interior. É também uma força de paz. Ele é filho dos deuses
Balder e Nanna. Sua casa é o palácio Glitnir, que significa
"brilhante". Forseti se sentava em sua sala distribuindo justiça e
resolvendo as disputas de deuses e homens. Forseti prometera que, em
todas as decisões em seu tribunal, ambas as partes estariam sempre em
acordo.
De acordo com a lenda, ele nunca contou nem
contaria nenhuma mentira, e, sempre conseguia fazer com que os
envolvidos em disputas chegassem a um acordo ou realizava um
julgamento considerado justo por todos. Ele também é referido como
Fosite. Acreditava-se que Forseti era imparcial em relação a tudo,
pois só assim a verdadeira justiça seria alcançada.
Tyr
Týr
ou Ziu ou ainda "Tyrr" é o deus germânico original do combate
(Aesir), do céu, da luz, dos juramentos e por isso patrono da justiça,
precursor de Odin.
Filho
do gigante do mar do inverno Hymir, passou a ser considerado filho de
Odin, devido a sua coragem e heroísmo em batalha, representado por um
homem sem a mão direita, arrancada pelo deus-lobo Fenrir. É também
identificado com Tîwaz
Miðgarðr
Midgard,
Miðgarðr (nórdico arcaico), Midjungards (gótico), e Middangeard
(inglês arcaico) é o nome do reino dos humanos na mitologia nórdica,
correspondendo à Terra como então era conhecida. Midgard é o domínio da
deusa Jord. No inglês médio, o nome se transformou em Middel-erde e
resultou na Terra-média, conhecida modernamente.
O
mundo de Midgard localiza-se no meio de Yggdrasil, cercado por um
mundo de água ou oceano, cuja passagem é intransponível. O oceano é
habitado pela enorme serpente marinha Jormungard, que circula todo o
mar, formando um anel que impede a passagem de quaisquer seres ao
agarrar sua própria cauda. O nome original do que hoje é chamado
Midgard era conhecido como Mannheim (lar dos homens), mas os primeiros
pesquisadores da mitologia confundiram a região como se fosse o
castelo mais importante do local. Logo, Midgard, em algumas fontes
antigas, era a mais imponente construção do mundo dos homens,
Mannheim.
Midgard é representada como sendo um mundo
intermédio entre Asgard e Niflheim . De acordo com a lenda, foi
formada da carne e do sangue do gigante de gelo Ymir, a carne formando
a terra; e o sangue, o oceano que a rodeia. Midgard será destruída na
batalha de Ragnarok, a batalha final, que terá lugar na planície de
Vigrid. Nessa batalha, Jormungard, a gigantesca serpente que habita o
oceano, irá levantar-se e envenenará a terra e o mar, fazendo com que
as águas se lancem contra a terra, que será submergida, destruindo
praticamente toda a vida em Midgard
Ásgarðr
Asgard
(em nórdico antigo: Ásgarðr) é o reino dos deuses, os Æsir, mundo
separado do reino dos mortais, Midgard. Asgard era, originalmente,
conhecido como Godheim (o repouso dos deuses), pois os primeiros
investigadores da mitologia confundiram o nome do mundo dos deuses com o
seu castelo mais importante e, neste caso, Godheim se tornou Asgard
em muitas fontes históricas.
Os muros que cercam
Asgard foram construídos por um gigante (identificado frequentemente e
equivocadamente como Hrimthurs). Como pagamento por seu trabalho, ele
deveria receber a mão de Freya em casamento que é uma das deusas mais
belas e também Deusa da fertilidade, do sol e da lua. O acordo só
valeria desde que o trabalho fosse terminado dentro de seis dias. O
gigante possuía um cavalo muito rápido e forte. Com o intuito de evitar
honrar o acordo, Loki por ciúme da deusa e tentando agradar seu pai
Odin transformou-se em uma égua e no último dia do acordo ele foi lá e
seduziu o cavalo mágico do gigante, Svadilfari. Deste modo, o
trabalho não foi terminado a tempo, e os deuses conseguiram evadir-se
do pagamento. Loki em compensação pela "distração" do cavalo do
gigante pariu Sleipnir, o cavalo de 8 patas que posteriormente, foi
dado a Odin como um presente.
O guardião de Asgard é
Heimdall. A planície de Ida é o centro de Asgard. Os Æsir encontram-se
lá para a discussão de temas importantes - os deuses masculinos
reúnem-se em um salão chamado Gladsheim, e as deusas em um salão
chamado Vingolf. Eles também encontram-se diariamente no Well of Urd,
abaixo de Yggdrasil
Vanaheim é o repouso dos Vanir. Este mundo estaria situado em Asgard, no nível mais elevado do universo.
Vanaheim
é considerado um dos Nove Mundos da Mitologia Nórdica por causa de
sua menção no Alvíssmál e também porque é considerado o lugar de
nascimento de Njord, para onde o deus retornará durante o Ragnarok.
Isto parece implicar que o Vanaheim não será afetado pelo Ragnarok.
Helheim
Helgardh,
também conhecido como Hel, Helheim ou Casa das Névoas, é um dos nove
mundos da mitologia nórdica, o domicílio dos mortos, governada por
Hel, cujo nome é compartilhado com o próprio lugar.
Este
mundo é amontoado com todos os espectros opacos e titirantes daqueles
que morreram sem glória, doentes ou com idade avançada. Helgardh é o
reino mais frio e baixo na ordem total do universo. Encontra-se abaixo
da terceira raiz de Yggdrasil, perto de Hvergelmir e de Nastrond.
Helgardh foi construído sobre Niflheim, o mundo mais profundo da
mitologia nórdica. Algumas fontes dizem que Helgardh conteria outros
nove mundos, mundos esses equivalentes a um lado negativo dos nove
mundos originais da Yggdrasil.
Teoriza-se que foi em
Helheim que Odin descobriu as runas enquanto estava enforcado,
sacrificado a si mesmo, na Yggdrasil. Segundo é dito no Hávamál, parte
da Edda Poética, ele 'olhou para baixo' quando as descobriu e
recolheu. Por isso, Helheim seria um importante lugar iniciático.
Svartalfheim
Mundo
onde residem os svartálfar ("elfos negros") ou dökkálfar ("elfos
escuros") são seres sobrehumanos (vættir ou wights, em escandinavo
arcaico) Assim como os trolls, são relacionados freqüentemente com os
anões.
Os svartálfar adquiriram seu nome porque foram
vistos como as contrapartes negras do elfo comum - que vivem em
Alfheim. Snorri Sturluson, autor de, entre outras coisas, do Younger
Edda, às vezes relaciona estes últimos elfos como Ljósalfar ("elfos
luminosos").
O termo elfo negro/escuro pode ser uma
sugestão em relação ao seu lugar de residência, muito mais do que de
sua natureza presumida, embora fossem descritos como mesquinhos e
incômodos para seres humanos, na comparação aos angelicais elfos
luminosos. Além da semelhança de suas vidas subterrâneas, svartálfar
teve muitos outros traços que também são atribuídos a eles assim como
aos anões. Entre estes, incluem seu crescimento a partir das larvas da
carne de Imer, o giro ao redor de uma pedra quando expostos à luz do
dia, e serem parecidos com os seres humanos, porém feios e deformados
Como
muitos elfos mitológicos, não obstante a moralidade (muito mais perto
das variantes medonhas, neste caso), os elfos escuros são,
freqüentemente, apontados como responsáveis pelas muitas maldades que
ocorrem à humanidade. Em particular, sonhos ruins eram ditos como
provenientes do domínio dos dökkálfar, como indicado pela palavra alemã
para pesadelo, Albtraum (sonho de elfo). As lendas contam que os
elfos escuros se sentam em cima do tórax dos seres humanos e/ou
sussurram os sonhos ruins nas orelhas do dorminhoco. Na Escandinávia, a
criatura responsável pelos pesadelos é conheciada como Mara.
Uma
horda de svartálfar aparece no conto The Weirdstone of Brisingamen,
de Alan Garner, onde eles são contrastados com os Ljósalfar (elfos
luminosos). Nesta história, eles se dissolvem sob o contato com armas
do ferro.
Os álfar são divididos, como
os seres de muitas mitologias, entre a luz e a escuridão, que são
relacionados, freqüentemente, ao dualistico princípio do bom contra o
mal. A partir deste paralelo, é possível derivar os dois tipos de álf:
Elfos Luminosos (ou Elevados) e Elfos Escuros (ou Negros) (dualismo
comparável às Cortes Seelie e Unseelie do Sidhe, na mitologia céltica,
aos anjos e demônios do cristianismo, e aos Devas e Asuras do
Hinduísmo.
Além disso, deve-se notar que o dualismo da
Luz/Escuridão se correlaciona ao confronto entre bom e o mal. Os
Elfos Luminosos pertencem, normalmente, ao lado "bonzinho" da
história, do mesmo modo que os Elfos Escuros (e mesmo os anões) formam a
trupe de "bandidos". Esta visão símplista, entrentando, não é
corroborada pelo Eddas, que apresenta os elfos (luminosos e escuros),
anões, Aesir, Vanir e Jotuns como capazes de realizar tanto o bem
quanto o mal.
Ljusalfheim / Álfheim
Ljusalfheim
(lê-se lhu-zalf-heim), na mitologia nórdica, é o reino dos Elfos de
Luz. Opõe-se a Svartalfheim, reino dos Elfos Negros. É regido por Frey,
um dos Vanir.
É um mundo considerado sutil, habitado
por fadas e outros seres etéreos.Alfheim como a morada do elfos é
mencionado somente duas vezes nos velhos textos nórdicos.
O poema édico Grímnismál descreve doze moradias divinas, iniciando a estrofe 5 com:
Ydalir chama eles do lugar de Ull
Um salão construído para si mesmo
E Alfheim, os deuses para Frey uma vez deram
Como um presente de dente em tempos antigos
Um presente de dente era um presente dado a uma criança na queda do seu primeiro dente. Veja fada dos dentes.
Snorri Sturluson no Gylfaginning relaciona Alfheim como o primeiro de uma série de mundos superiores.
Ljósálfar
Ljósálfar
são os Elfos luminosos. Eles têm pele brilhante, Snorri Sturluson os
descreve como sendo "mais belos ao olhar do que o próprio sol", na
tradução de Arthur Gilchrist Brodeur. Snorri também enfatiza a grande
diferença tanto em aparência quanto em natureza entre eles e os
Svartálfar, sendo esses, contrapartes. Há uma relação entre os elfos da
luz e o sol, para os Nórdicos, visto que sol em nórdico arcaico é
Alfrothul, literalmente: Raio Élfico; outra ligação seria a de que
Freyr, é o deus do sol.
Existem algumas histórias e sagas, onde elfos e humanos tem filhos, criando uma geração de meio-elfos.
Jotunheim
Jotunheim ou Jötunheimr é o mundo dos gigantes (chamados coletivamente de Jotuns) .
A
partir deste mundo, os gigantes ameaçavam os seres humanos em Midgard
e os deuses em Asgard (cujos mundos são separados pelo rio Iving). A
cidade principal de Jotunheim é Utgard. Gastropnir, lar de Menglod; e
Thrymheim, repouso de Tiazi, eram ambos lugares situados em Jotunheim,
que era governado pelo rei Thrym.
Os gigantes eram
uma raça mitológica com força sobre-humana, se manifestando sempre em
oposição aos deuses, embora freqüentemente eles se misturassem ou até
mesmo tomassem por matrimônio alguns deles, tanto os Æsir e os
Vanir.Os que não viviam en Jotunheim pareciam preferir cavernas e
lugares escuros.
Jotun provavelmente se deriva da
mesma raiz que "comer" (eat em inglês), mantendo o mesmo significado
original de "glutão" ou "homem-comedor." Seguindo a mesma lógica, þurs
pode se derivar do atual "sede" (thirst em inglês) ou "bebedor de
sangue" (blood-thirst em inglês)
Como um todo, a
aparência dos gigantes é freqüentemente descrita como hedionda -
garras, dentes, pele escura e características deformadas, além de seu
tamanho repugnante. Alguns deles podem ter muitas cabeças ou uma forma
totalmente não-humanóide como, por exemplo, Jormungard (a serpente de
Midgard) e Fenris (o Lobo), dois dos filhos de Loki, conhecidos como
gigantes.
Contudo, quando os gigantes
são descritos de forma mais próxima e com mais propriedade, suas
características são, freqüentemente, opostas. Inacreditavelmente
velhos, os gigantes carregavam a sabedoria das epócas já idas. São os
gigantes Mimir e Vaftrudener que Odin procura para ganhar seu
conhecimento pró-cósmico. Muitas das esposas dos deuses são gigantes.
Njord é casado com Skade, Gerda transforma-se na consorte de Frey,
Odin ganha o amor de Gunnlod; e mesmo Thor, grande assassino de
gigantes, se torna amante de Jarnsaxa, mãe de Magni e Modi. Desta forma,
elas aparecem como deusas de menor porte, da mesma forma que Ægir,
gigante do mar, muito mais ligado ao deuses do que a pretensa escória
que ocupa Jotunheim. Nenhum destes gigantes teme a luz, e no conforto
dos seus repousos, não diferem extremamente dos deuses.
Um
classe importante dos gigantes eram os Gigantes de Fogo, que residiam
em Musphelhein, o mundo do calor e do fogo, governado pelo gigante
Surt ("o escuro") e por sua rainha, Sinmore. Fornjót, a encarnação do
fogo, era outro gigante desta classe. O papel principal dos Gigantes
de Fogo na mitologia nórdica é conduzir a destruição final do mundo ao
colocar fogo na árvore Yggdrasil, durante o final dos tempos,
Ragnarok, quando os gigantes de Jotunheim e as forças de Helheim
lançarão um ataque aos deuses, matando a todos, com exceção de alguns
deles. Um mundo novo se levantará após este evento, onde os gigantes
não existirão mais.
Niflheim
Niflheim
("Mistland") é o reino do gelo e do frio na mitologia nórdica. Está
localizada ao norte de Ginungagap e lá reside os anões e gigantes de
gelo.
Niflheim é governada pela rainha do
inferno(Helgardh), Hel, filha de Loki com uma gigante, sendo que a
mesma foi pessoalmente apontada por Odin para esta posição. Metade do
corpo de Hel é normal, enquanto que a outra metade se encontra
apodrecida.
Nilfheim é dividida em diversos níveis.
Um destes níveis foi projetado para os heróis e deuses, onde Hel
preside as festividades. Outro nível é reservado para as pessoas
idosas, os doentes e aqueles que foram incapazes de morrer
gloriosamente. O nível mais baixo de Nilfheim se assemelha a versão
cristã do inferno, onde os "maus" são forçados a viver para sempre.
Em
alguns trechos da mitologia nórdica é dito que as raízes mais
profundas da árvore Yggdrasil estão enterradas nesta região. É também
em Niflheim que reinam os Nibelungos.
Nibelungen
Nibelungos
é a designação dada, na mitologia germânica, aos possuidores de um
tesouro, o anel do Nibelungo. São habitantes do norte gelado de
Niflheim, a que estava ligada uma maldição; foi aplicada também aos
Burgundos, que, por intermédio de Siegfried, se apoderaram deste
tesouro.
O assunto foi tratado em várias obras
medievais, das quais sobressai o Nibelungenlied, poema épico escrito
em cerca de 1200 e também as obras nórdicas Thidrekssaga, Ältere Edda,
Völsungasaga e Jüngere Edda
Der Ring des Nibelungen
(O Anel do Nibelungo) é um ciclo de quatro óperas épicas do compositor
alemão Richard Wagner. Elas são adaptações dos personagens
mitológicos das sagas nórdicas e do Nibelungenlied.
Wagner
escreveu o libreto e a música por cerca de vinte e seis anos, de 1848
a 1874. Entretanto, ele não se dedicou exclusivamente a isso durante
esse período. As óperas que compõem o ciclo do anel são, em ordem
cronológica do enredo: Das Rheingold (O Ouro do Reno), Die Walküre (A
Valquíria), Siegfried e Götterdämmerung (O Crepúsculo dos Deuses).
Muspelheim
Muspelheim,
na mitologia nórdica, é o Reino do Fogo, onde habitam os gigantes de
fogo descritos anteriormente e seu mestre, Surtr. No Ragnarok, Surt
lançará fogo nos nove mundos. Surt também mataria no dia do Ragnarok o
deus Freyr e queimaria a árvore Yggdrasil.
Ymir, o
primeiro dos seres vivos, foi criado no Ginnungagp pela fusão do gelo
do Nifleheim causada pelo fogo do Muspelheim. Desta fusão saltaram
também faíscas que voaram em direção ao céu e se transformaram em
estrelas, cometas e sóis, iniciando a formação do Universo.
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