Seca severa no brasil em 2024 matara todas plantação no brasil

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Uma seca severa  em 2024 pode matar toda a plantação de alumento   no Brasil  segundo a análise da inteligência  artificial   Áreas mais afetadas As áreas mais afetadas pela seca severa de 2024 serão, principalmente, as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil. O Nordeste é a região mais suscetível à seca, pois já é uma região semiárida, com baixa precipitação média anual. O Norte também é uma região com baixa precipitação, e a seca pode agravar os problemas ambientais da Amazônia, como o desmatamento e os incêndios florestais. O Centro-Oeste, por sua vez, é uma região com alta dependência da agricultura, e a seca pode prejudicar a produção de grãos, como soja e milho. Cultivos ameaçados Os cultivos mais ameaçados pela seca severa de 2024 são os que dependem de chuvas para o seu desenvolvimento, como a agricultura de sequeiro. A soja, o milho, o algodão e o feijão são alguns dos cultivos que podem ser afetados pela seca. Áreas mais atormentadas com a fo

escorpião





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O que simboliza o escorpião?. Segundo o Dicionário de Símbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, alguns modos africanos têm medo de dizer o nome do animal para não atrair más vibrações. Para os Maias, o escorpião representa o deus da caça. Os egípcios até o transformaram na bondosa deusa Selket, que delegava poderes aos feiticeiros de sua seita. Na mitologia grega o escorpião foi o vingador de Ártemis, deusa da caça, que mandou o animal picar Orião, que tentou violentar a jovem caçadora. Por esse feito, o escorpião foi transformado em uma constelação. Transformação é a palavra chave para entender os regidos pelo signo de Escorpião, disse a astróloga do Árvore do Bem, Mônica Horta: "Os escorpianos possuem uma tensão interna muito grande porque sabem que mais cedo ou mais tarde vão passar por transformações profundas que não terão volta". Ficou assustado com todos esses aspectos negativos? Não se preocupe. Por ser um animal ligado a vibrações mais sombrias, é justamente em momentos de dificuldade que o Escorpião mostra toda a sua habilidade de contra-atacar e dar a volta por cima. Escultura de Sir Jacob Epstein (1880 - 1959). Lucifer 1944-5 Quem é Lúcifer? Esta é a pergunta para o Árvore do Bem. Você também gostaria de saber mais sobre a esse polêmico assunto? Então vamos lá: Lúcifer, em latim ‘lucifer’, sem o acento, significa "estrela da manhã”. A palavra também pode significar “o que leva o archote”. O luciferário é aquele que leva as lanternas nas procissões, daí sua ligação com a luz, ‘o que traz a luz’. Lúcifer, para os antigos romanos, também era o nome do planeta Vênus, “o mais brilhante, que desaparece de repente no céu”. Como Lúcifer foi se tornar sinônimo de Anjo Mau, Príncipe das Trevas ou discípulo de satanás, é uma longa história. Nos primórdios da religião cristã, os padres da Igreja se depararam com um problema: como abordar o mal? Até então, a existência do mal não era citada entre as interpretações dos textos revelados. No entanto, o mal visivelmente existia no mundo. Havia de se encontrar uma forma de explicá-lo. Em uma religião onde Deus, que é o próprio bem e é onipotente, onde haveria espaço para o mal? De certa forma aceitar a existência do mal era colocar em discussão a existência de um Deus único e absolutamente bom. Os primeiros formuladores da teologia católica fizeram um grande esforço para encontrar nos textos revelados uma passagem que pudesse lançar uma lua nessa questão. E precisavam fazer isso de uma maneira que não colocasse em cheque o poder divino do bem. Lúcifer, como a representação do mal, surgiu deste esforço. A versão popular que conhecemos hoje é a de que Lúcifer, o portador da luz, era um anjo bom com um cargo de confiança no céu. Um dia ele rebelou-se, traiu a Deus e por isto foi expulso de lá. Ele teria sido jogado do céu e caído aqui na terra. Quando caiu, ele afundou e só parou quando chegou ao centro da terra, onde reina. Ao ser jogado na terra, de certa forma, Lúcifer se torna humanizado. O fato de ser um anjo caído, diminui sua importância perante o Bem, definindo a presença do Mal, sem ameaçar a onipotência divina. No entanto, apesar da profecia de Isaías (onde se baseia a interpretação que leva a Lúcifer) não estar falando especificamente do Diabo, e sim da queda do Rei Nabucodonosor, é lá que se encontra a explicação do mal para a religião católica: "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! como foste lançado por terra tu que prostravas as nações!" (Is 14,12) Luciferianismo No século IV, na Sardenha, o Bispo de Cagliari inaugurou o luciferianismo, uma doutrina herética de Lúcifer. Os adeptos desta doutrina são chamados de luciferianos. O luciferianismo pode ser definido como o culto e a devoção a uma energia denominada Lúcifer. Qual é a simbologia do signo de Áries? Quem nos enviou esta pergunta foi a Agnes Romagnolo, de Ibiporã, no Paraná. A palavra Áries é carneiro, em latim. De acordo com o Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier Alain Gheerbrant, página 189, o carneiro simboliza a força da criação que desperta o homem e o mundo e que assegura a recondução do ciclo vital. É ardente, macho, instintivo e potente. Ele associa o ímpeto e a generosidade a uma obstinação que pode conduzir à obcecação. Essas características são atestadas no mundo inteiro, por meio de numerosos mitos, costumes e imagens simbolizantes. Ámon, divindade egípicia do Ar e da fecundidade é representado com a cabeça de carneiro. Outro exemplo é Knum (ou Quenum), o Deus que, segundo as crenças do antigo Egito modelou a criação, é o Deus-carneiro por excelência, o carneiro procriador. Carneiros mumificados têm sido encontrados em abundância, neles residiam as forças que asseguravam a reproduçãos dos vivos; seus chifres entravam na composição de muitas coroas mágicas, destinadas a deuses e a reis, coroas essas que eram o próprio símbolo do temor irradiado pelo sobrenatural. Da Gália à África, da Índia à China, há a mesma celebração dessa cadeia simbólica que associa fogo criador, fertilidade e, em última instância, imortalidade. Assim, nos Vedas, o cerneiro relaciona-se com o Agni, regente do fogo e, principalmente, do fogo sacrificial. Zodíaco No zodíaco, é o primeiro signo, situando-se a ao longo de 30 graus a partir do equinócio da primavera. Nesse momento, a natureza desperta, após o entorpecimento do inverno, e por isso esse signo simboliza antes de mais nada o desabrochar da primavera - portanto, o impulso, a virilidfade (é o principal signo de Marte), a energia, a independência e a coragem. Signo positivo ou masculino por excelência. É um símbolo intimamente ligado à natureza do fogo original. É uma representação cósmica da potência animal, do fogo, a um só tempo criador e destruidor, cego e rebelde, caótico e prolixo, generoso e sublime que de um ponto central se difunde em todas as direções. Essa força se relaciona ao brotar da vitalidade priemira, com tudo aquilo que um processo inicial tem de impulsão pura e irracional, de descarga eruptiva, indomável, de sopro inflamado... O que é Mandrágora? A Patrícia Peres nos escreveu dizendo que adorou o Árvore do Bem, pois surgiram muitas dúvidas interessantes sobre os mais diversos assuntos depois que nos visitou. Ela gostaria de saber mais sobre a planta mandrágora e se também gostaria de ver uma imagem ou foto dela. Pesquisamos no Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier Alain Gheerbrant, na página 586 e a resposta esta aí. Mandrágora é a planta que mais dá lugar a superstições e práticas mágicas. Ela simboliza a fecundidade, revela o futuro, busca a riqueza. Seu nome científíco é mandragora autumnalis. existe ainda a mandrágora caulescens e mandragora officinarum. No Egito as bagas da mandrágora, da grossura de uma noz, de cor branca ou avermelhada, eram consideradas o símbolo do amor por suas qualidades afrodisíacas. Os gregos a chamavam de Planta de Circe, a Mágica. Sua raiz é muito nutritiva e por isso, nas operações mágicas, significa as virtudes curativas e a eficácia espiritual. "O Voto de Minerva" Vanderli, que mora na cidade de Santos-SP, nos escreveu perguntando sobre o Voto de Minerva. Ele gostaria de saber por que este voto de desempate é chamado de "voto de Minerva". E você? Sabe o que está por trás da expressão voto de Minerva? Segundo a mitologia, Athena e Poseidon queriam ser patronos de uma cidade. Os dois brigaram, brigaram , até que os deuses resolveram votar qual dos dois tomaria o poder. Todas as deusas votaram em Athena e os deuses em Poseidon. Zeus se negou a votar e Athena ganhou por um voto de diferença ficando com a cidade. Só que, para amansar o ego de Poseidon, as mulheres ficaram impedidas de votar. A história dos homens se baseou no mito. Surgiu no antigo Senado romano o voto de Minerva, o voto da decisão. Eles tinham uma tradição de, nos debates, quando uma questão era muito polêmica e acabava em empate, era permitido ao presidente o voto de Minerva, para decidir a questão. Minerva é o nome romano de Atena, a deusa grega da sabedoria. Ela é também a deusa das artes e do artesanato, da ciência e do comércio e da medicina. Mais tarde se tornou também a deusa da guerra. Ela é filha de Júpiter. No templo do monte de Capitólio foi adorada junto com o pai e Juno, com quem formava uma tríade poderosa de deuses. Acredita-se que Minerva inventou os números e os instrumentos musicais. O culto à deusa nasceu na cultura etrusca e o povo a chamava de Menrva ou Menerva. Os romanos homenagearam Minerva dando seu nome a este voto. Pois é um voto que exige sabedoria para ser dado. E Minerva, uma das mais admiradas da mitologia da Roma e da Grécia antiga, sempre foi representada com uma coruja nas mãos, símbolo da sabedoria. Gostaria de saber qual a diferença entre a estrela de Salomão e a estrela de David? Tem alguma? Qual? A principal diferença entre a estrela de David e a estrela de Salomão é a quantidade de pontas. A estrela de David tem seis pontas, e a de Salomão cinco. A estrela de David representa duas pirâmides cruzadas, há divergências quanto a origem de seu formato. Há quem acredite que a origem da estrela vem do grego, língua em que a palavra David é composta por 2 Deltas (letra em formato de triângulo - que representa a letra "D"), e por este motivo a estrela é composta por 2 triângulos. Desde o século XIX a Estrela de David tem sido o símbolo mais usado entre os judeus de todas as partes do mundo. Já a estrela de Salomão, a de cinco pontas, representa os cinco Salomãos, e é um símbolo do povo árabe, muçulmano. Também é conhecida como pentagrama, é uma espécie de talismã ou amuleto, formada por linhas retas entrelaçadas. Dizem que uma correntinha com o pingente da estrela de Salomão dá orientação nos momentos de dificuldade no trabalho. O que quer dizer Namaste? Namaste, em sânscrito, que é a língua dos Vedas, antigos textos espirituais da Índia, que dizer "eu reverencio a divindade que existe em você" ou "a divindade que existe em mim reverencia a divindade que existe em você". Em português, segundo o professor Hermógenes, você deve pronunciar “namasté”, com acento na última sílaba, mas o “e” fechado. Esta reverência expressa a crença de que cada um de nós tem dentro de si uma chama divina, que, para os hindus, está localizada no chakra do coração. O gesto que acompanha Namaste é juntar as mãos como se você fosse fazer uma oração na altura do chakra do coração e abaixar a cabeça. Esta postura, que para nós é sinônimo de oração, para os hindus também é um gesto sagrado, ou mudra, chamado Anjali Mudra. A palavra “anjali” significa “oferenda”. É tanto um gesto de adoração quanto de saudação. Na Índia, Anjali Mudra é usado para saudar amigos, professores, estranhos, deuses, rios sagrados ou para manifestar a alegria por um novo dia, nas chegadas e nas partidas, nos encontros e nas despedidas. Uma variação da saudação é colocar as duas mãos juntas na altura do terceiro olho, ou seja, entre as sobrancelhas. Quem foi Lilith? Pergunta de Arthur Eduardo Guida Leite De acordo com as tradições da cabala judaica (quer dizer a vertente mais mística do judaísmo), Lilith seria a primeira mulher de Adão. Contam que ela e Adão estariam unidos pelas costas e, ambos teriam sido criados como gêmeos, da terra. Lilith exigiu de Adão um tratamento de iguais, os dois discutiram e ela, cheia de fúria, pronunciou o nome de Deus e fugiu. Outras versões falam que ela fugiu para ter relações sexuais com Satã, gerando filhos demonìacos. Esta versão aparece até na doutrina islâmica. Existem ainda uma outra versão que diz que Lilith foi a primeira mulher de Adão, mas que foi expulsa por ele porque se recusou a se submeter a ele no ato sexual. Em todas as versões, a imagem que surge é de uma personagem arrogante, independente e rebelde, que será para sempre a sombra de Eva. Lilith representa o lado sombrio do feminino e os aspectos mais destrutivos das primeiras Grandes-Mães das mitologias primitivas. Dizem que sua morada é no fundo dos oceanos e que é bom mantê-la lá, para que ela não perturbe as famílias nem devore os recém-nascidos. Este aspecto sombrio do feminino é tão forte que os gregos retomam Lilith na pele das Lâmias, trágicas filhas de Hécate, a Lua Nova, sombria e escura. Durante a Idade Média, Lilith vai sendo asismilada aos demônios femininos como os súcubos. Foram encontrados vários amuletos com a imagem de Lilith. Talvez para mantê-la apaziguada. E a literatura está cheia de superstições para proteger as crianças de sua fúria. Onde fica o Monte Olimpo? Pergunta de Ana S., do Rio Grande do Sul O Monte Olimpo é a mais alta montanha da Grécia. Fica ao norte e é parte de uma cadeia conhecida com os Bálcãs, que se estende pela Iugoslávia, Albânia, Macedônia e Bulgária, segundo o Atlas Mundial. O Monte Olimpo tem 2918 m de altitude e acredita-se que tenha sido a morada de Zeus, o senhor de todos os deuses dos gregos. Na verdade, a história deve ter sido contada ao contrário. A montanha mitológica, tão alta que abrigava os deuses em tempos primitivos existiu primeiro na alma dos gregos e apenas mais tarde seu similar geográfico foi nomeado. Os mitos contam que doze deuses moravam no Olimpo: Zeus; sua mulher, Hera, a deusa dos partos e da família, seus dois irmãos, Poseidon, deus dos mares, Hades, deus do mundo subterrâneo. Suas duas irmãs, Deméter, deusa da vegetação e Héstia, deusa do fogo do lar. Depois vinham os filhos de Zeus: Apolo, o deus da luz e da inteligência; Ártemis, deusa das florestas e da natureza selvagem; Atena ou Palas Atena, a deusa das cidades e da vida civilizada; Ares, o deus da guerra. Também moravam lá Afrodite, a deusa da beleza, que na Ilíada de Homero é apresentada como filha de Zeus, mas que em mitos anteriores nasce da espuma do mar; Hefaistos, filho de Hera, o deus do fogo e Hermes, também filho de Zeus, o mensageiro dos deuses. A descrição que temos do Olimpo está na Ilíada, livro de 800aC e atribuído ao escritor grego, Homero. A morada dos deuses era situada no cume da montanha e sua entrada era um gigantesco portão de nuvens, guardado pelas Estações do Ano. Ali os deuses decidiam os destinos dos homens, além de darem lindas festas cujo cardápio incluía um doce, chamado Ambrosia e uma bebida inebriante, conhecida como Néctar. As três Graças dançavam e Apolo tocava lira. “Homero diz que jamais o vento perturbava a paz tranqüila do Olimpo, nunca chovia nem nevava”, ensina Edith Hamilton, no livro Mitologia; “só a vastidão do firmamento sem nuvens à volta, por todos os lados, e a glória luminosa da luz do Sol, difundindo-se pelas suas muralhas”. Ariadne, Afrodite e Dionísio, do pintor italiano TintorettoQuem foi Ariadne? Pergunta enviada por Ariadne, de Cachoeiro de Itapemirin, no Espírito Santo. Ariadne é uma personagem da mitologia grega que a gente conhece sem conhecer. Vou contar a história. Houve um dia um rei, chamado Minos, que governava a ilha de Creta no meio do Mediterrâneo. Lá ele mandou construir um complicadíssimo labirinto que servia de morada para o fruto dos amores proibidos da rainha, Pasífae com um touro. A monstruosa criatura, que ficou conhecida como o Minotauro (o touro de Minos), alimentava-se uma vez por ano, com 7 moças e 7 rapazes da cidade de Atenas. Cansados deste tributo tão duro, os atenienses organizaram um grupo para matar o Minotauro. O jovem herói, Teseu, fazia parte do grupo. Assim que chegaram à Creta, Ariadne, filha de Minos com Pasífae, avistou Teseu e se apaixonou por ele. Foi dela a idéia genial que permitiu que Teseu entrasse no labirinto, matasse o monstro e encontrasse a saída: Ariadne deu a ele um enorme novelo de lã que ele ia desenrolando à medida em que se embrenhava pelos caminhos escuros. Com medo da fúria do pai, ela foge com Teseu, certa de que ela também a amava. Mas o jovem abandona a moça numa ilha, onde ela é encontrada pelo deus Dionísio, que, fascinado pela sua beleza, resolve casar com ela. Como presente de casamento, o deus deu a Ariadne uma coroa de ouro, que se transformou numa constelação. Algumas histórias contam que Ariadne foi muito feliz com Dionísio, com quem teve quatro filhos. Outras, ao contrário, falam de um casamento infeliz e até que ela teria sido morta por ordem do marido. Ariadne ficou famosa, não só porque sua coroa está impressa no céu, mas também porque sua estratégia virou sinônimo de engenhosidade e é até hoje conhecida como O Fio de Ariadne. Qual a diferença entre o candomblé e a umbanda? Pergunta de Carolina Soares, de São Paulo As chamadas religiões afro-brasileiras, como o candomblé, nasceram dos cultos que faziam parte da vida e da cultura dos escravos africanos trazidos para o Brasil. Até hoje, elas são expressões da cultura negra, embora, a cada dia, aumente o número de brancos que participam de seus rituais. Mas se umbanda e candomblé tiveram a mesma origem, elas se separaram ao longo do tempo. Ao contrário do candomblé, que tem preservadas as suas raízes africanas, a umbanda apresenta-se como uma reinterpretação brasileira de vários elementos, que incluem até a filosofia kardecista. De fato, além do riquíssimo panteão de orixás ou divindades, que compartilha com o candomblé, a umbanda celebra em seus rituais espíritos intermediários entre os homens e os orixás. Esses espíritos, chamados “guias” não são individualizados como na doutrina espírita, mas generalizações ou estereótipos. É o caso, por exemplo, dos espíritos de índios, chamados caboclos, ou de negros escravos, conhecidos como pretos-velhos. (Consulta: O Livro das Religiões, de Jostein Gaarder, da Editora Companhia das Letras) Quem foi Carlos Castañeda? Pergunta enviada por João B., de São Paulo. Se você também quiser enviar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Boa parte da vida de Carlos Castañeda permanece um mistério. E sua obra ainda provoca grandes discussões. Como certeza, sabe-se que ele foi o autor de mais de oito livros sobre seus contatos e sua vida com um índio yaqui, de Sonora, no México, chamado don Juan Matus. Seu primeiro livro, A Erva do Diabo, foi escrito quando ele ainda era um estudante de antropologia da Universidade da Califórnia, onde, dizem ele inclusive obteve um mestrado. E foi publicado em 1968, no auge do movimento que viria a ser chamado Nova Era. O próprio Castañeda, quando conheceu don Juan estava fazendo pesquisas sobre o peiote e outras ervas alucinógenas, usadas pelos índios para provocar estados alterados de consciência que poderiam ser reveladores e abrir as portas para uma percepção diferente do mundo. Aliás, Portas da Percepção, é o título de um dos outros livros de Castañeda. Neste primeiro livro, o jovem candidato a antropólogo ainda mantém o tom “científico”, nos seguintes, porém, transforma-se mesmo em aprendiz do brujo don Juan e abandona toda a pretensão acadêmica. Os livros até hoje atraem milhares de leitores. A idéia por trás deles é que a Verdade, com V maiúsculo está em algum lugar dentro de nós mesmos e, pode ser conhecida, uma vez que ousarmos mergulhar nas profundezas do nosso ser. Entre as críticas que se fazem à obra de Castañeda é justamente esta familiaridade com os conceitos típicos da Nova Era. Nos seus últimos livros, por exemplo, ele ensina uma série de movimentos, chamados Passes Mágicos, que embora sejam apresentados como tendo sido transmitidos por várias gerações de índios mexicanos, parecem muito próximos dos exercícios de yoga ou dos exercícios de respiração que são a base de muitas escolas de auto-ajuda. Embora, deve-se dizer que o foco proposto por don Juan seja original e consistente com seus ensinamentos. Para ele, a energia nasce quando conseguimos manter nossa intenção focada. Críticas à parte, a obra de Castañeda ainda é usada até hoje quando se quer falar de Xamanismo moderno. O mistério cerca a vida de Castañeda a partir da publicação daquele seu primeiro livro. Até a data da sua morte é incerta e os direitos autorais sobre seus livros estão ainda em discussão. Para muitos, ele não morreu. Assim como seu mestre don Juan, apenas atravessou a Porta para o Infinito. Se você quiser mergulhar neste universo controverso, mas fascinante, comece lendo a Erva do Diabo, publicado pela Editora Nova Era. Qual é a lenda de São Cipriano? Pergunta enviada por Cleide, do Rio de Janeiro. Se você também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Os seres humanos sempre se deixaram seduzir pela magia. O poder de controlar a Natureza e, mesmo, forças maiores até do que as naturais, sempre fascinou nossa espécie. Feiticeiros, bruxos, encantadores e adivinhos, para o bem e com igual freqüência, para o mal, sempre estiveram à mão dos interessados ou dos incautos para fazer feitiços, amuletos, sortilégios, rezas, enfim, toda a sorte de encantamentos que pudessem modificar o rumo dos eventos, alterar a sorte, mudar o destino. A herança das bruxas da Idade Média, ao contrário do que a gente costuma imaginar, não ficou enterrada nas cinzas das fogueiras. Disfarçada, enviesada, a magia continuou atiçando a imaginação dos homens. Ao longo do tempo, muitas orações, mesmo proibidas, foram usadas para a magia. Laura de Mello e Souza, no seu livro O Diabo e a Terra de Santa Cruz, diz que “tratava-se de um ramo da magia ritual em que era irresistível o poder de determinadas palavras divinas e, sobretudo, do nome de Deus”. A oração de São Cipriano é uma destas preces que foram usadas pelo seu poder de exorcizar o mal e controlar o amor ou a sorte. E veio para o Brasil na bagagem dos primeiros portugueses, na forma de um livreto proibido: O Livro de São Cipriano. Dizem que São Cipriano foi o primeiro bruxo. Mas a lenda mistura e confunde dois Ciprianos, um doutor da Igreja, que viveu em Cartago, logo nos dois primeiros séculos depois de Cristo. E outro que teria vivido em Antioquia, chamado, O Mago. O Cipriano sábio ficou conhecido como o Papa Africano e foi martirizado por Valeriano, em 257, deixou vários escritos canônicos e seríssimos, mas existem muitos textos populares atribuídos a ele que beiram a heresia. Um e outro estão cercados de lendas que falam de magia e de crenças pagãs. A lenda de São Cipriano está ligada à lenda de Santa Justina. Cipriano era um jovem amante das artes ocultas e da magia. Viajava muito pela Grécia, pelo Egito e, foi até a Índia para aperfeiçoar seus conhecimentos. Um dia, alguém pediu que ele fizesse um feitiço de amor para uma jovem chamada Justina. Apesar de usar todos os seus poderes, a virtude da moça foi mais forte e Cipriano acabou apaixonado e arrependido. Decidiu servir a Deus em vez do Demônio e tornou-se bispo de Antioquia, foi martirizado e decapitado por ordem do imperador romano, Diocleciano. O dia 26 de setembro é dedicado a São Cipriano e a Santa Justina. Existe uma oração de São Cipriano , mas se você quiser saber mais sobre a oração e sobre o famoso Livro de São Cipriano deve ler o livro de Jerusa Pires Ferreira, O Livro de São Cipriano, uma Legenda de Massas, da Editora Perspectiva. Vale a pena! Quem foi o rei Salomão? Pergunta enviada por Fernanda Oliveira. Se você também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com O rei Salomão era filho e sucessor de outro famoso monarca do Velho Testamento: Davi. Salomão, cujo nome em hebraico quer dizer “cheio de paz”, reinou de 970 a 931 aC. Davi era um pastor que passou por várias e severas peripécias para se tornar um dos mais importantes reis construtores de Israel. Salomão, filho temporão, já nasceu príncipe e teve um reinado marcado pela tranqüilidade e pela paz. E em tempos de paz, o comércio floresce e as artes humanas se desenvolvem. Dizem que foi nesta época que os judeus desenvolveram o senso comercial que viria a se tornar sua marca registrada. Riqueza e prosperidade, estas são as duas palavras que caracterizam o reinado de Salomão. E quando a preocupação não está na guerra, as artes da paz acabam sendo estimuladas. Além de embelezar Jerusalém e transformá-la no centro político e geográfico do reino, Salomão construiu o Templo para abrigar as relíquias da fé judaica, no local exato que Deus tinha ordenado em sonhos a seu pai, Davi. A tradição, tanto para judeus, quanto para muçulmanos, ensina que este lugar é o mesmo Monte Moriá, onde Abraão ia sacrificar seu filho Isaac. Hoje, o local, chamado em árabe Haram-esh-Sharif, o “nobre santuário” e em hebraico: Har Habait, “o monte do templo”, guarda apenas a lembrança do templo, completamente destruído pelos babilônios em 587aC. Não era um templo comum. O projeto arquitetônico tinha sido revelado em sonhos a Davi por Deus, “em pessoa”. Nem era o seu tamanho que impressionava, mas a beleza das suas formas e o luxo dos acabamentos. O Templo era a marca da cidade sagrada e o eixo da fé e da cultura judaicas. Foi reconstruído mais uma vez e destruído definitivamente pelos romanos no ano 70 da nossa época. Além do Templo, Salomão, o maior sábio de Israel, escreveu alguns dos mais belos textos da Bíblia. O Livro dos Provérbios, O Livro da Sabedoria e o Cântico dos Cânticos. Mesmo que ninguém possa assegurar com certeza de que saíram das mãos do rei, estas obras foram escritas sob sua inspiração e, sem dúvida, estimuladas pela sua sabedoria. Como era um soberano de mente aberta, Salomão abriu seu reino para as influências estrangeiras, inclusive, tomando mulheres dos reinos vizinhos como esposas. Está escrito no Livro dos Reis (1 Reis 11:4) “A muitas mulheres estrangeiras o Rei Salomão amou: a filha do Faraó, além de mulheres moabitas, menonitas, edomitas sidonianas e hititas”. Mas delas todas, a mais famosa foi a Rainha de Sabá. O romance entre os dois foi tema de canções e de poemas que estimularam a imaginação não apenas de judeus, mas também de cristãos e de muçulmanos. Oficialmente, tudo não passou de um amor platônico, mas na Etiópia, de onde veio a bela rainha, existem histórias que falam de um filho do par real, Meneleque. Coincidência ou não, o imperador da Etiópia é chamado pelo título de “Leão de Judá” e o emblema nacional do país é uma estrela de seis pontas, igualzinha a que aparece no escudo de Davi, na bandeira de Israel. Qual é a simbologia da balança do signo de Libra? Pergunta enviada por Luciana. Se você também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com A balança é o símbolo da justiça, da medida, da avaliação ponderada dos fatos, não apenas para nós, ocidentais, mas para muitos outros povos. Também não é só de avaliação humana que o símbolo fala. A balança representa o equilíbrio universal, a lei eterna que rege todas as coisas, o sentido por trás do movimento do mundo. O símbolo lembra harmonia e conciliação. Muito antes de Cristo, os babilônios, por exemplo, já reconheciam a constelação de Libra no céu. Ela marcava o equinócio de outono, no qual o dia e a noite tem a mesma duração e, portanto, estão em perfeito equilíbrio. No Egito antigo, o deus Osíris pesava numa balança as almas dos mortos para julgar o seu valor. Para os gregos, este símbolo de medida e de ordem, tanto para o mundo dos homens quanto para o mundo natural, é representado por Têmis, a deusa da lei universal. Outra deusa da ordem é Maat, dos egípcios, também associada com a balança. Em muitas representações da balança, ela aparece junto com uma flecha ou um ponteiro ou, ainda uma espada, todos símbolos do eixo imutável que alinha todas as coisas e mantém o equilíbrio do universo. Entre as representações cristãs, Miguel, o Arcanjo do Julgamento, por exemplo, aparece segurando uma balança e uma espada. E esta idéia de grande julgamento associada ao símbolo da balança também aparece no Corão, assim como na Pérsia e na China, onde a balança está associada às sociedades secretas e relacionada ao direito e à justiça divina. Dá para entender porque este vai ser um dos símbolos favoritos dos alquimistas e das ciências ocultas em suas tentativas de compreender e de reunir o mundo visível e o mundo invisível e de equilibrar aquilo que é corpóreo com o que é imaterial. A Balança como signo do Zodíaco, representa o tempo intermediário do ano astrológico. O Sol entra em Libra por volta do dia 23 de setembro e fica neste signo até o dia 22 de outubro. Como está associado ao equinócio, no qual dias e noites têm a mesma duração, o símbolo aqui também fala de equilíbrio, mas lembra que ele nasce daquilo que é essencialmente oposto e complementar, yin e yang, bom e mal, atração e recuo, medo e ousadia. O que simboliza o escorpião?. Segundo o Dicionário de Símbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, alguns modos africanos têm medo de dizer o nome do animal para não atrair más vibrações. Para os Maias, o escorpião representa o deus da caça. Os egípcios até o transformaram na bondosa deusa Selket, que delegava poderes aos feiticeiros de sua seita. Na mitologia grega o escorpião foi o vingador de Ártemis, deusa da caça, que mandou o animal picar Orião, que tentou violentar a jovem caçadora. Por esse feito, o escorpião foi transformado em uma constelação. Transformação é a palavra chave para entender os regidos pelo signo de Escorpião, disse a astróloga do Árvore do Bem, Mônica Horta: "Os escorpianos possuem uma tensão interna muito grande porque sabem que mais cedo ou mais tarde vão passar por transformações profundas que não terão volta". Ficou assustado com todos esses aspectos negativos? Não se preocupe. Por ser um animal ligado a vibrações mais sombrias, é justamente em momentos de dificuldade que o Escorpião mostra toda a sua habilidade de contra-atacar e dar a volta por cima. Escultura de Sir Jacob Epstein (1880 - 1959). Lucifer 1944-5 Quem é Lúcifer? Esta é a pergunta para o Árvore do Bem. Você também gostaria de saber mais sobre a esse polêmico assunto? Então vamos lá: Lúcifer, em latim ‘lucifer’, sem o acento, significa "estrela da manhã”. A palavra também pode significar “o que leva o archote”. O luciferário é aquele que leva as lanternas nas procissões, daí sua ligação com a luz, ‘o que traz a luz’. Lúcifer, para os antigos romanos, também era o nome do planeta Vênus, “o mais brilhante, que desaparece de repente no céu”. Como Lúcifer foi se tornar sinônimo de Anjo Mau, Príncipe das Trevas ou discípulo de satanás, é uma longa história. Nos primórdios da religião cristã, os padres da Igreja se depararam com um problema: como abordar o mal? Até então, a existência do mal não era citada entre as interpretações dos textos revelados. No entanto, o mal visivelmente existia no mundo. Havia de se encontrar uma forma de explicá-lo. Em uma religião onde Deus, que é o próprio bem e é onipotente, onde haveria espaço para o mal? De certa forma aceitar a existência do mal era colocar em discussão a existência de um Deus único e absolutamente bom. Os primeiros formuladores da teologia católica fizeram um grande esforço para encontrar nos textos revelados uma passagem que pudesse lançar uma lua nessa questão. E precisavam fazer isso de uma maneira que não colocasse em cheque o poder divino do bem. Lúcifer, como a representação do mal, surgiu deste esforço. A versão popular que conhecemos hoje é a de que Lúcifer, o portador da luz, era um anjo bom com um cargo de confiança no céu. Um dia ele rebelou-se, traiu a Deus e por isto foi expulso de lá. Ele teria sido jogado do céu e caído aqui na terra. Quando caiu, ele afundou e só parou quando chegou ao centro da terra, onde reina. Ao ser jogado na terra, de certa forma, Lúcifer se torna humanizado. O fato de ser um anjo caído, diminui sua importância perante o Bem, definindo a presença do Mal, sem ameaçar a onipotência divina. No entanto, apesar da profecia de Isaías (onde se baseia a interpretação que leva a Lúcifer) não estar falando especificamente do Diabo, e sim da queda do Rei Nabucodonosor, é lá que se encontra a explicação do mal para a religião católica: "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! como foste lançado por terra tu que prostravas as nações!" (Is 14,12) Luciferianismo No século IV, na Sardenha, o Bispo de Cagliari inaugurou o luciferianismo, uma doutrina herética de Lúcifer. Os adeptos desta doutrina são chamados de luciferianos. O luciferianismo pode ser definido como o culto e a devoção a uma energia denominada Lúcifer. Qual é a simbologia do signo de Áries? Quem nos enviou esta pergunta foi a Agnes Romagnolo, de Ibiporã, no Paraná. A palavra Áries é carneiro, em latim. De acordo com o Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier Alain Gheerbrant, página 189, o carneiro simboliza a força da criação que desperta o homem e o mundo e que assegura a recondução do ciclo vital. É ardente, macho, instintivo e potente. Ele associa o ímpeto e a generosidade a uma obstinação que pode conduzir à obcecação. Essas características são atestadas no mundo inteiro, por meio de numerosos mitos, costumes e imagens simbolizantes. Ámon, divindade egípicia do Ar e da fecundidade é representado com a cabeça de carneiro. Outro exemplo é Knum (ou Quenum), o Deus que, segundo as crenças do antigo Egito modelou a criação, é o Deus-carneiro por excelência, o carneiro procriador. Carneiros mumificados têm sido encontrados em abundância, neles residiam as forças que asseguravam a reproduçãos dos vivos; seus chifres entravam na composição de muitas coroas mágicas, destinadas a deuses e a reis, coroas essas que eram o próprio símbolo do temor irradiado pelo sobrenatural. Da Gália à África, da Índia à China, há a mesma celebração dessa cadeia simbólica que associa fogo criador, fertilidade e, em última instância, imortalidade. Assim, nos Vedas, o cerneiro relaciona-se com o Agni, regente do fogo e, principalmente, do fogo sacrificial. Zodíaco No zodíaco, é o primeiro signo, situando-se a ao longo de 30 graus a partir do equinócio da primavera. Nesse momento, a natureza desperta, após o entorpecimento do inverno, e por isso esse signo simboliza antes de mais nada o desabrochar da primavera - portanto, o impulso, a virilidfade (é o principal signo de Marte), a energia, a independência e a coragem. Signo positivo ou masculino por excelência. É um símbolo intimamente ligado à natureza do fogo original. É uma representação cósmica da potência animal, do fogo, a um só tempo criador e destruidor, cego e rebelde, caótico e prolixo, generoso e sublime que de um ponto central se difunde em todas as direções. Essa força se relaciona ao brotar da vitalidade priemira, com tudo aquilo que um processo inicial tem de impulsão pura e irracional, de descarga eruptiva, indomável, de sopro inflamado... O que é Mandrágora? A Patrícia Peres nos escreveu dizendo que adorou o Árvore do Bem, pois surgiram muitas dúvidas interessantes sobre os mais diversos assuntos depois que nos visitou. Ela gostaria de saber mais sobre a planta mandrágora e se também gostaria de ver uma imagem ou foto dela. Pesquisamos no Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier Alain Gheerbrant, na página 586 e a resposta esta aí. Mandrágora é a planta que mais dá lugar a superstições e práticas mágicas. Ela simboliza a fecundidade, revela o futuro, busca a riqueza. Seu nome científíco é mandragora autumnalis. existe ainda a mandrágora caulescens e mandragora officinarum. No Egito as bagas da mandrágora, da grossura de uma noz, de cor branca ou avermelhada, eram consideradas o símbolo do amor por suas qualidades afrodisíacas. Os gregos a chamavam de Planta de Circe, a Mágica. Sua raiz é muito nutritiva e por isso, nas operações mágicas, significa as virtudes curativas e a eficácia espiritual. "O Voto de Minerva" Vanderli, que mora na cidade de Santos-SP, nos escreveu perguntando sobre o Voto de Minerva. Ele gostaria de saber por que este voto de desempate é chamado de "voto de Minerva". E você? Sabe o que está por trás da expressão voto de Minerva? Segundo a mitologia, Athena e Poseidon queriam ser patronos de uma cidade. Os dois brigaram, brigaram , até que os deuses resolveram votar qual dos dois tomaria o poder. Todas as deusas votaram em Athena e os deuses em Poseidon. Zeus se negou a votar e Athena ganhou por um voto de diferença ficando com a cidade. Só que, para amansar o ego de Poseidon, as mulheres ficaram impedidas de votar. A história dos homens se baseou no mito. Surgiu no antigo Senado romano o voto de Minerva, o voto da decisão. Eles tinham uma tradição de, nos debates, quando uma questão era muito polêmica e acabava em empate, era permitido ao presidente o voto de Minerva, para decidir a questão. Minerva é o nome romano de Atena, a deusa grega da sabedoria. Ela é também a deusa das artes e do artesanato, da ciência e do comércio e da medicina. Mais tarde se tornou também a deusa da guerra. Ela é filha de Júpiter. No templo do monte de Capitólio foi adorada junto com o pai e Juno, com quem formava uma tríade poderosa de deuses. Acredita-se que Minerva inventou os números e os instrumentos musicais. O culto à deusa nasceu na cultura etrusca e o povo a chamava de Menrva ou Menerva. Os romanos homenagearam Minerva dando seu nome a este voto. Pois é um voto que exige sabedoria para ser dado. E Minerva, uma das mais admiradas da mitologia da Roma e da Grécia antiga, sempre foi representada com uma coruja nas mãos, símbolo da sabedoria. Gostaria de saber qual a diferença entre a estrela de Salomão e a estrela de David? Tem alguma? Qual? A principal diferença entre a estrela de David e a estrela de Salomão é a quantidade de pontas. A estrela de David tem seis pontas, e a de Salomão cinco. A estrela de David representa duas pirâmides cruzadas, há divergências quanto a origem de seu formato. Há quem acredite que a origem da estrela vem do grego, língua em que a palavra David é composta por 2 Deltas (letra em formato de triângulo - que representa a letra "D"), e por este motivo a estrela é composta por 2 triângulos. Desde o século XIX a Estrela de David tem sido o símbolo mais usado entre os judeus de todas as partes do mundo. Já a estrela de Salomão, a de cinco pontas, representa os cinco Salomãos, e é um símbolo do povo árabe, muçulmano. Também é conhecida como pentagrama, é uma espécie de talismã ou amuleto, formada por linhas retas entrelaçadas. Dizem que uma correntinha com o pingente da estrela de Salomão dá orientação nos momentos de dificuldade no trabalho. O que quer dizer Namaste? Namaste, em sânscrito, que é a língua dos Vedas, antigos textos espirituais da Índia, que dizer "eu reverencio a divindade que existe em você" ou "a divindade que existe em mim reverencia a divindade que existe em você". Em português, segundo o professor Hermógenes, você deve pronunciar “namasté”, com acento na última sílaba, mas o “e” fechado. Esta reverência expressa a crença de que cada um de nós tem dentro de si uma chama divina, que, para os hindus, está localizada no chakra do coração. O gesto que acompanha Namaste é juntar as mãos como se você fosse fazer uma oração na altura do chakra do coração e abaixar a cabeça. Esta postura, que para nós é sinônimo de oração, para os hindus também é um gesto sagrado, ou mudra, chamado Anjali Mudra. A palavra “anjali” significa “oferenda”. É tanto um gesto de adoração quanto de saudação. Na Índia, Anjali Mudra é usado para saudar amigos, professores, estranhos, deuses, rios sagrados ou para manifestar a alegria por um novo dia, nas chegadas e nas partidas, nos encontros e nas despedidas. Uma variação da saudação é colocar as duas mãos juntas na altura do terceiro olho, ou seja, entre as sobrancelhas. Quem foi Lilith? Pergunta de Arthur Eduardo Guida Leite De acordo com as tradições da cabala judaica (quer dizer a vertente mais mística do judaísmo), Lilith seria a primeira mulher de Adão. Contam que ela e Adão estariam unidos pelas costas e, ambos teriam sido criados como gêmeos, da terra. Lilith exigiu de Adão um tratamento de iguais, os dois discutiram e ela, cheia de fúria, pronunciou o nome de Deus e fugiu. Outras versões falam que ela fugiu para ter relações sexuais com Satã, gerando filhos demonìacos. Esta versão aparece até na doutrina islâmica. Existem ainda uma outra versão que diz que Lilith foi a primeira mulher de Adão, mas que foi expulsa por ele porque se recusou a se submeter a ele no ato sexual. Em todas as versões, a imagem que surge é de uma personagem arrogante, independente e rebelde, que será para sempre a sombra de Eva. Lilith representa o lado sombrio do feminino e os aspectos mais destrutivos das primeiras Grandes-Mães das mitologias primitivas. Dizem que sua morada é no fundo dos oceanos e que é bom mantê-la lá, para que ela não perturbe as famílias nem devore os recém-nascidos. Este aspecto sombrio do feminino é tão forte que os gregos retomam Lilith na pele das Lâmias, trágicas filhas de Hécate, a Lua Nova, sombria e escura. Durante a Idade Média, Lilith vai sendo asismilada aos demônios femininos como os súcubos. Foram encontrados vários amuletos com a imagem de Lilith. Talvez para mantê-la apaziguada. E a literatura está cheia de superstições para proteger as crianças de sua fúria. Onde fica o Monte Olimpo? Pergunta de Ana S., do Rio Grande do Sul O Monte Olimpo é a mais alta montanha da Grécia. Fica ao norte e é parte de uma cadeia conhecida com os Bálcãs, que se estende pela Iugoslávia, Albânia, Macedônia e Bulgária, segundo o Atlas Mundial. O Monte Olimpo tem 2918 m de altitude e acredita-se que tenha sido a morada de Zeus, o senhor de todos os deuses dos gregos. Na verdade, a história deve ter sido contada ao contrário. A montanha mitológica, tão alta que abrigava os deuses em tempos primitivos existiu primeiro na alma dos gregos e apenas mais tarde seu similar geográfico foi nomeado. Os mitos contam que doze deuses moravam no Olimpo: Zeus; sua mulher, Hera, a deusa dos partos e da família, seus dois irmãos, Poseidon, deus dos mares, Hades, deus do mundo subterrâneo. Suas duas irmãs, Deméter, deusa da vegetação e Héstia, deusa do fogo do lar. Depois vinham os filhos de Zeus: Apolo, o deus da luz e da inteligência; Ártemis, deusa das florestas e da natureza selvagem; Atena ou Palas Atena, a deusa das cidades e da vida civilizada; Ares, o deus da guerra. Também moravam lá Afrodite, a deusa da beleza, que na Ilíada de Homero é apresentada como filha de Zeus, mas que em mitos anteriores nasce da espuma do mar; Hefaistos, filho de Hera, o deus do fogo e Hermes, também filho de Zeus, o mensageiro dos deuses. A descrição que temos do Olimpo está na Ilíada, livro de 800aC e atribuído ao escritor grego, Homero. A morada dos deuses era situada no cume da montanha e sua entrada era um gigantesco portão de nuvens, guardado pelas Estações do Ano. Ali os deuses decidiam os destinos dos homens, além de darem lindas festas cujo cardápio incluía um doce, chamado Ambrosia e uma bebida inebriante, conhecida como Néctar. As três Graças dançavam e Apolo tocava lira. “Homero diz que jamais o vento perturbava a paz tranqüila do Olimpo, nunca chovia nem nevava”, ensina Edith Hamilton, no livro Mitologia; “só a vastidão do firmamento sem nuvens à volta, por todos os lados, e a glória luminosa da luz do Sol, difundindo-se pelas suas muralhas”. Ariadne, Afrodite e Dionísio, do pintor italiano TintorettoQuem foi Ariadne? Pergunta enviada por Ariadne, de Cachoeiro de Itapemirin, no Espírito Santo. Ariadne é uma personagem da mitologia grega que a gente conhece sem conhecer. Vou contar a história. Houve um dia um rei, chamado Minos, que governava a ilha de Creta no meio do Mediterrâneo. Lá ele mandou construir um complicadíssimo labirinto que servia de morada para o fruto dos amores proibidos da rainha, Pasífae com um touro. A monstruosa criatura, que ficou conhecida como o Minotauro (o touro de Minos), alimentava-se uma vez por ano, com 7 moças e 7 rapazes da cidade de Atenas. Cansados deste tributo tão duro, os atenienses organizaram um grupo para matar o Minotauro. O jovem herói, Teseu, fazia parte do grupo. Assim que chegaram à Creta, Ariadne, filha de Minos com Pasífae, avistou Teseu e se apaixonou por ele. Foi dela a idéia genial que permitiu que Teseu entrasse no labirinto, matasse o monstro e encontrasse a saída: Ariadne deu a ele um enorme novelo de lã que ele ia desenrolando à medida em que se embrenhava pelos caminhos escuros. Com medo da fúria do pai, ela foge com Teseu, certa de que ela também a amava. Mas o jovem abandona a moça numa ilha, onde ela é encontrada pelo deus Dionísio, que, fascinado pela sua beleza, resolve casar com ela. Como presente de casamento, o deus deu a Ariadne uma coroa de ouro, que se transformou numa constelação. Algumas histórias contam que Ariadne foi muito feliz com Dionísio, com quem teve quatro filhos. Outras, ao contrário, falam de um casamento infeliz e até que ela teria sido morta por ordem do marido. Ariadne ficou famosa, não só porque sua coroa está impressa no céu, mas também porque sua estratégia virou sinônimo de engenhosidade e é até hoje conhecida como O Fio de Ariadne. Qual a diferença entre o candomblé e a umbanda? Pergunta de Carolina Soares, de São Paulo As chamadas religiões afro-brasileiras, como o candomblé, nasceram dos cultos que faziam parte da vida e da cultura dos escravos africanos trazidos para o Brasil. Até hoje, elas são expressões da cultura negra, embora, a cada dia, aumente o número de brancos que participam de seus rituais. Mas se umbanda e candomblé tiveram a mesma origem, elas se separaram ao longo do tempo. Ao contrário do candomblé, que tem preservadas as suas raízes africanas, a umbanda apresenta-se como uma reinterpretação brasileira de vários elementos, que incluem até a filosofia kardecista. De fato, além do riquíssimo panteão de orixás ou divindades, que compartilha com o candomblé, a umbanda celebra em seus rituais espíritos intermediários entre os homens e os orixás. Esses espíritos, chamados “guias” não são individualizados como na doutrina espírita, mas generalizações ou estereótipos. É o caso, por exemplo, dos espíritos de índios, chamados caboclos, ou de negros escravos, conhecidos como pretos-velhos. (Consulta: O Livro das Religiões, de Jostein Gaarder, da Editora Companhia das Letras) Quem foi Carlos Castañeda? Pergunta enviada por João B., de São Paulo. Se você também quiser enviar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Boa parte da vida de Carlos Castañeda permanece um mistério. E sua obra ainda provoca grandes discussões. Como certeza, sabe-se que ele foi o autor de mais de oito livros sobre seus contatos e sua vida com um índio yaqui, de Sonora, no México, chamado don Juan Matus. Seu primeiro livro, A Erva do Diabo, foi escrito quando ele ainda era um estudante de antropologia da Universidade da Califórnia, onde, dizem ele inclusive obteve um mestrado. E foi publicado em 1968, no auge do movimento que viria a ser chamado Nova Era. O próprio Castañeda, quando conheceu don Juan estava fazendo pesquisas sobre o peiote e outras ervas alucinógenas, usadas pelos índios para provocar estados alterados de consciência que poderiam ser reveladores e abrir as portas para uma percepção diferente do mundo. Aliás, Portas da Percepção, é o título de um dos outros livros de Castañeda. Neste primeiro livro, o jovem candidato a antropólogo ainda mantém o tom “científico”, nos seguintes, porém, transforma-se mesmo em aprendiz do brujo don Juan e abandona toda a pretensão acadêmica. Os livros até hoje atraem milhares de leitores. A idéia por trás deles é que a Verdade, com V maiúsculo está em algum lugar dentro de nós mesmos e, pode ser conhecida, uma vez que ousarmos mergulhar nas profundezas do nosso ser. Entre as críticas que se fazem à obra de Castañeda é justamente esta familiaridade com os conceitos típicos da Nova Era. Nos seus últimos livros, por exemplo, ele ensina uma série de movimentos, chamados Passes Mágicos, que embora sejam apresentados como tendo sido transmitidos por várias gerações de índios mexicanos, parecem muito próximos dos exercícios de yoga ou dos exercícios de respiração que são a base de muitas escolas de auto-ajuda. Embora, deve-se dizer que o foco proposto por don Juan seja original e consistente com seus ensinamentos. Para ele, a energia nasce quando conseguimos manter nossa intenção focada. Críticas à parte, a obra de Castañeda ainda é usada até hoje quando se quer falar de Xamanismo moderno. O mistério cerca a vida de Castañeda a partir da publicação daquele seu primeiro livro. Até a data da sua morte é incerta e os direitos autorais sobre seus livros estão ainda em discussão. Para muitos, ele não morreu. Assim como seu mestre don Juan, apenas atravessou a Porta para o Infinito. Se você quiser mergulhar neste universo controverso, mas fascinante, comece lendo a Erva do Diabo, publicado pela Editora Nova Era. Qual é a lenda de São Cipriano? Pergunta enviada por Cleide, do Rio de Janeiro. Se você também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Os seres humanos sempre se deixaram seduzir pela magia. O poder de controlar a Natureza e, mesmo, forças maiores até do que as naturais, sempre fascinou nossa espécie. Feiticeiros, bruxos, encantadores e adivinhos, para o bem e com igual freqüência, para o mal, sempre estiveram à mão dos interessados ou dos incautos para fazer feitiços, amuletos, sortilégios, rezas, enfim, toda a sorte de encantamentos que pudessem modificar o rumo dos eventos, alterar a sorte, mudar o destino. A herança das bruxas da Idade Média, ao contrário do que a gente costuma imaginar, não ficou enterrada nas cinzas das fogueiras. Disfarçada, enviesada, a magia continuou atiçando a imaginação dos homens. Ao longo do tempo, muitas orações, mesmo proibidas, foram usadas para a magia. Laura de Mello e Souza, no seu livro O Diabo e a Terra de Santa Cruz, diz que “tratava-se de um ramo da magia ritual em que era irresistível o poder de determinadas palavras divinas e, sobretudo, do nome de Deus”. A oração de São Cipriano é uma destas preces que foram usadas pelo seu poder de exorcizar o mal e controlar o amor ou a sorte. E veio para o Brasil na bagagem dos primeiros portugueses, na forma de um livreto proibido: O Livro de São Cipriano. Dizem que São Cipriano foi o primeiro bruxo. Mas a lenda mistura e confunde dois Ciprianos, um doutor da Igreja, que viveu em Cartago, logo nos dois primeiros séculos depois de Cristo. E outro que teria vivido em Antioquia, chamado, O Mago. O Cipriano sábio ficou conhecido como o Papa Africano e foi martirizado por Valeriano, em 257, deixou vários escritos canônicos e seríssimos, mas existem muitos textos populares atribuídos a ele que beiram a heresia. Um e outro estão cercados de lendas que falam de magia e de crenças pagãs. A lenda de São Cipriano está ligada à lenda de Santa Justina. Cipriano era um jovem amante das artes ocultas e da magia. Viajava muito pela Grécia, pelo Egito e, foi até a Índia para aperfeiçoar seus conhecimentos. Um dia, alguém pediu que ele fizesse um feitiço de amor para uma jovem chamada Justina. Apesar de usar todos os seus poderes, a virtude da moça foi mais forte e Cipriano acabou apaixonado e arrependido. Decidiu servir a Deus em vez do Demônio e tornou-se bispo de Antioquia, foi martirizado e decapitado por ordem do imperador romano, Diocleciano. O dia 26 de setembro é dedicado a São Cipriano e a Santa Justina. Existe uma oração de São Cipriano , mas se você quiser saber mais sobre a oração e sobre o famoso Livro de São Cipriano deve ler o livro de Jerusa Pires Ferreira, O Livro de São Cipriano, uma Legenda de Massas, da Editora Perspectiva. Vale a pena! Quem foi o rei Salomão? Pergunta enviada por Fernanda Oliveira. Se você também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com O rei Salomão era filho e sucessor de outro famoso monarca do Velho Testamento: Davi. Salomão, cujo nome em hebraico quer dizer “cheio de paz”, reinou de 970 a 931 aC. Davi era um pastor que passou por várias e severas peripécias para se tornar um dos mais importantes reis construtores de Israel. Salomão, filho temporão, já nasceu príncipe e teve um reinado marcado pela tranqüilidade e pela paz. E em tempos de paz, o comércio floresce e as artes humanas se desenvolvem. Dizem que foi nesta época que os judeus desenvolveram o senso comercial que viria a se tornar sua marca registrada. Riqueza e prosperidade, estas são as duas palavras que caracterizam o reinado de Salomão. E quando a preocupação não está na guerra, as artes da paz acabam sendo estimuladas. Além de embelezar Jerusalém e transformá-la no centro político e geográfico do reino, Salomão construiu o Templo para abrigar as relíquias da fé judaica, no local exato que Deus tinha ordenado em sonhos a seu pai, Davi. A tradição, tanto para judeus, quanto para muçulmanos, ensina que este lugar é o mesmo Monte Moriá, onde Abraão ia sacrificar seu filho Isaac. Hoje, o local, chamado em árabe Haram-esh-Sharif, o “nobre santuário” e em hebraico: Har Habait, “o monte do templo”, guarda apenas a lembrança do templo, completamente destruído pelos babilônios em 587aC. Não era um templo comum. O projeto arquitetônico tinha sido revelado em sonhos a Davi por Deus, “em pessoa”. Nem era o seu tamanho que impressionava, mas a beleza das suas formas e o luxo dos acabamentos. O Templo era a marca da cidade sagrada e o eixo da fé e da cultura judaicas. Foi reconstruído mais uma vez e destruído definitivamente pelos romanos no ano 70 da nossa época. Além do Templo, Salomão, o maior sábio de Israel, escreveu alguns dos mais belos textos da Bíblia. O Livro dos Provérbios, O Livro da Sabedoria e o Cântico dos Cânticos. Mesmo que ninguém possa assegurar com certeza de que saíram das mãos do rei, estas obras foram escritas sob sua inspiração e, sem dúvida, estimuladas pela sua sabedoria. Como era um soberano de mente aberta, Salomão abriu seu reino para as influências estrangeiras, inclusive, tomando mulheres dos reinos vizinhos como esposas. Está escrito no Livro dos Reis (1 Reis 11:4) “A muitas mulheres estrangeiras o Rei Salomão amou: a filha do Faraó, além de mulheres moabitas, menonitas, edomitas sidonianas e hititas”. Mas delas todas, a mais famosa foi a Rainha de Sabá. O romance entre os dois foi tema de canções e de poemas que estimularam a imaginação não apenas de judeus, mas também de cristãos e de muçulmanos. Oficialmente, tudo não passou de um amor platônico, mas na Etiópia, de onde veio a bela rainha, existem histórias que falam de um filho do par real, Meneleque. Coincidência ou não, o imperador da Etiópia é chamado pelo título de “Leão de Judá” e o emblema nacional do país é uma estrela de seis pontas, igualzinha a que aparece no escudo de Davi, na bandeira de Israel. Qual é a simbologia da balança do signo de Libra? Pergunta enviada por Luciana. Se você também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com A balança é o símbolo da justiça, da medida, da avaliação ponderada dos fatos, não apenas para nós, ocidentais, mas para muitos outros povos. Também não é só de avaliação humana que o símbolo fala. A balança representa o equilíbrio universal, a lei eterna que rege todas as coisas, o sentido por trás do movimento do mundo. O símbolo lembra harmonia e conciliação. Muito antes de Cristo, os babilônios, por exemplo, já reconheciam a constelação de Libra no céu. Ela marcava o equinócio de outono, no qual o dia e a noite tem a mesma duração e, portanto, estão em perfeito equilíbrio. No Egito antigo, o deus Osíris pesava numa balança as almas dos mortos para julgar o seu valor. Para os gregos, este símbolo de medida e de ordem, tanto para o mundo dos homens quanto para o mundo natural, é representado por Têmis, a deusa da lei universal. Outra deusa da ordem é Maat, dos egípcios, também associada com a balança. Em muitas representações da balança, ela aparece junto com uma flecha ou um ponteiro ou, ainda uma espada, todos símbolos do eixo imutável que alinha todas as coisas e mantém o equilíbrio do universo. Entre as representações cristãs, Miguel, o Arcanjo do Julgamento, por exemplo, aparece segurando uma balança e uma espada. E esta idéia de grande julgamento associada ao símbolo da balança também aparece no Corão, assim como na Pérsia e na China, onde a balança está associada às sociedades secretas e relacionada ao direito e à justiça divina. Dá para entender porque este vai ser um dos símbolos favoritos dos alquimistas e das ciências ocultas em suas tentativas de compreender e de reunir o mundo visível e o mundo invisível e de equilibrar aquilo que é corpóreo com o que é imaterial. A Balança como signo do Zodíaco, representa o tempo intermediário do ano astrológico. O Sol entra em Libra por volta do dia 23 de setembro e fica neste signo até o dia 22 de outubro. Como está associado ao equinócio, no qual dias e noites têm a mesma duração, o símbolo aqui também fala de equilíbrio, mas lembra que ele nasce daquilo que é essencialmente oposto e complementar, yin e yang, bom e mal, atração e recuo, medo e ousadia.


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