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O que simboliza o escorpião?. Segundo o Dicionário de
Símbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, alguns modos africanos
têm medo de dizer o nome do animal para não atrair más vibrações. Para
os Maias, o escorpião representa o deus da caça. Os egípcios até o
transformaram na bondosa deusa Selket, que delegava poderes aos
feiticeiros de sua seita. Na mitologia grega o escorpião foi o vingador
de Ártemis, deusa da caça, que mandou o animal picar Orião, que tentou
violentar a jovem caçadora. Por esse feito, o escorpião foi
transformado em uma constelação. Transformação é a palavra chave para
entender os regidos pelo signo de Escorpião, disse a astróloga do
Árvore do Bem, Mônica Horta: "Os escorpianos possuem uma tensão interna
muito grande porque sabem que mais cedo ou mais tarde vão passar por
transformações profundas que não terão volta". Ficou assustado com
todos esses aspectos negativos? Não se preocupe. Por ser um animal
ligado a vibrações mais sombrias, é justamente em momentos de
dificuldade que o Escorpião mostra toda a sua habilidade de
contra-atacar e dar a volta por cima. Escultura de Sir Jacob Epstein
(1880 - 1959). Lucifer 1944-5 Quem é Lúcifer? Esta é a pergunta para o
Árvore do Bem. Você também gostaria de saber mais sobre a esse
polêmico assunto? Então vamos lá: Lúcifer, em latim ‘lucifer’, sem o
acento, significa "estrela da manhã”. A palavra também pode significar
“o que leva o archote”. O luciferário é aquele que leva as lanternas
nas procissões, daí sua ligação com a luz, ‘o que traz a luz’. Lúcifer,
para os antigos romanos, também era o nome do planeta Vênus, “o mais
brilhante, que desaparece de repente no céu”. Como Lúcifer foi se
tornar sinônimo de Anjo Mau, Príncipe das Trevas ou discípulo de
satanás, é uma longa história. Nos primórdios da religião cristã, os
padres da Igreja se depararam com um problema: como abordar o mal? Até
então, a existência do mal não era citada entre as interpretações dos
textos revelados. No entanto, o mal visivelmente existia no mundo.
Havia de se encontrar uma forma de explicá-lo. Em uma religião onde
Deus, que é o próprio bem e é onipotente, onde haveria espaço para o
mal? De certa forma aceitar a existência do mal era colocar em
discussão a existência de um Deus único e absolutamente bom. Os
primeiros formuladores da teologia católica fizeram um grande esforço
para encontrar nos textos revelados uma passagem que pudesse lançar uma
lua nessa questão. E precisavam fazer isso de uma maneira que não
colocasse em cheque o poder divino do bem. Lúcifer, como a representação
do mal, surgiu deste esforço. A versão popular que conhecemos hoje é a
de que Lúcifer, o portador da luz, era um anjo bom com um cargo de
confiança no céu. Um dia ele rebelou-se, traiu a Deus e por isto foi
expulso de lá. Ele teria sido jogado do céu e caído aqui na terra.
Quando caiu, ele afundou e só parou quando chegou ao centro da terra,
onde reina. Ao ser jogado na terra, de certa forma, Lúcifer se torna
humanizado. O fato de ser um anjo caído, diminui sua importância perante
o Bem, definindo a presença do Mal, sem ameaçar a onipotência divina.
No entanto, apesar da profecia de Isaías (onde se baseia a
interpretação que leva a Lúcifer) não estar falando especificamente do
Diabo, e sim da queda do Rei Nabucodonosor, é lá que se encontra a
explicação do mal para a religião católica: "Como caíste do céu, ó
estrela da manhã, filha da alva! como foste lançado por terra tu que
prostravas as nações!" (Is 14,12) Luciferianismo No século IV, na
Sardenha, o Bispo de Cagliari inaugurou o luciferianismo, uma doutrina
herética de Lúcifer. Os adeptos desta doutrina são chamados de
luciferianos. O luciferianismo pode ser definido como o culto e a
devoção a uma energia denominada Lúcifer. Qual é a simbologia do signo
de Áries? Quem nos enviou esta pergunta foi a Agnes Romagnolo, de
Ibiporã, no Paraná. A palavra Áries é carneiro, em latim. De acordo com
o Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier Alain Gheerbrant, página
189, o carneiro simboliza a força da criação que desperta o homem e o
mundo e que assegura a recondução do ciclo vital. É ardente, macho,
instintivo e potente. Ele associa o ímpeto e a generosidade a uma
obstinação que pode conduzir à obcecação. Essas características são
atestadas no mundo inteiro, por meio de numerosos mitos, costumes e
imagens simbolizantes. Ámon, divindade egípicia do Ar e da fecundidade é
representado com a cabeça de carneiro. Outro exemplo é Knum (ou
Quenum), o Deus que, segundo as crenças do antigo Egito modelou a
criação, é o Deus-carneiro por excelência, o carneiro procriador.
Carneiros mumificados têm sido encontrados em abundância, neles
residiam as forças que asseguravam a reproduçãos dos vivos; seus
chifres entravam na composição de muitas coroas mágicas, destinadas a
deuses e a reis, coroas essas que eram o próprio símbolo do temor
irradiado pelo sobrenatural. Da Gália à África, da Índia à China, há a
mesma celebração dessa cadeia simbólica que associa fogo criador,
fertilidade e, em última instância, imortalidade. Assim, nos Vedas, o
cerneiro relaciona-se com o Agni, regente do fogo e, principalmente, do
fogo sacrificial. Zodíaco No zodíaco, é o primeiro signo, situando-se a
ao longo de 30 graus a partir do equinócio da primavera. Nesse
momento, a natureza desperta, após o entorpecimento do inverno, e por
isso esse signo simboliza antes de mais nada o desabrochar da primavera
- portanto, o impulso, a virilidfade (é o principal signo de Marte), a
energia, a independência e a coragem. Signo positivo ou masculino por
excelência. É um símbolo intimamente ligado à natureza do fogo
original. É uma representação cósmica da potência animal, do fogo, a um
só tempo criador e destruidor, cego e rebelde, caótico e prolixo,
generoso e sublime que de um ponto central se difunde em todas as
direções. Essa força se relaciona ao brotar da vitalidade priemira, com
tudo aquilo que um processo inicial tem de impulsão pura e irracional,
de descarga eruptiva, indomável, de sopro inflamado... O que é
Mandrágora? A Patrícia Peres nos escreveu dizendo que adorou o Árvore
do Bem, pois surgiram muitas dúvidas interessantes sobre os mais
diversos assuntos depois que nos visitou. Ela gostaria de saber mais
sobre a planta mandrágora e se também gostaria de ver uma imagem ou
foto dela. Pesquisamos no Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier
Alain Gheerbrant, na página 586 e a resposta esta aí. Mandrágora é a
planta que mais dá lugar a superstições e práticas mágicas. Ela
simboliza a fecundidade, revela o futuro, busca a riqueza. Seu nome
científíco é mandragora autumnalis. existe ainda a mandrágora
caulescens e mandragora officinarum. No Egito as bagas da mandrágora,
da grossura de uma noz, de cor branca ou avermelhada, eram consideradas
o símbolo do amor por suas qualidades afrodisíacas. Os gregos a
chamavam de Planta de Circe, a Mágica. Sua raiz é muito nutritiva e por
isso, nas operações mágicas, significa as virtudes curativas e a
eficácia espiritual. "O Voto de Minerva" Vanderli, que mora na cidade
de Santos-SP, nos escreveu perguntando sobre o Voto de Minerva. Ele
gostaria de saber por que este voto de desempate é chamado de "voto de
Minerva". E você? Sabe o que está por trás da expressão voto de
Minerva? Segundo a mitologia, Athena e Poseidon queriam ser patronos de
uma cidade. Os dois brigaram, brigaram , até que os deuses resolveram
votar qual dos dois tomaria o poder. Todas as deusas votaram em Athena e
os deuses em Poseidon. Zeus se negou a votar e Athena ganhou por um
voto de diferença ficando com a cidade. Só que, para amansar o ego de
Poseidon, as mulheres ficaram impedidas de votar. A história dos homens
se baseou no mito. Surgiu no antigo Senado romano o voto de Minerva, o
voto da decisão. Eles tinham uma tradição de, nos debates, quando uma
questão era muito polêmica e acabava em empate, era permitido ao
presidente o voto de Minerva, para decidir a questão. Minerva é o nome
romano de Atena, a deusa grega da sabedoria. Ela é também a deusa das
artes e do artesanato, da ciência e do comércio e da medicina. Mais
tarde se tornou também a deusa da guerra. Ela é filha de Júpiter. No
templo do monte de Capitólio foi adorada junto com o pai e Juno, com
quem formava uma tríade poderosa de deuses. Acredita-se que Minerva
inventou os números e os instrumentos musicais. O culto à deusa nasceu
na cultura etrusca e o povo a chamava de Menrva ou Menerva. Os romanos
homenagearam Minerva dando seu nome a este voto. Pois é um voto que
exige sabedoria para ser dado. E Minerva, uma das mais admiradas da
mitologia da Roma e da Grécia antiga, sempre foi representada com uma
coruja nas mãos, símbolo da sabedoria. Gostaria de saber qual a
diferença entre a estrela de Salomão e a estrela de David? Tem alguma?
Qual? A principal diferença entre a estrela de David e a estrela de
Salomão é a quantidade de pontas. A estrela de David tem seis pontas, e
a de Salomão cinco. A estrela de David representa duas pirâmides
cruzadas, há divergências quanto a origem de seu formato. Há quem
acredite que a origem da estrela vem do grego, língua em que a palavra
David é composta por 2 Deltas (letra em formato de triângulo - que
representa a letra "D"), e por este motivo a estrela é composta por 2
triângulos. Desde o século XIX a Estrela de David tem sido o símbolo
mais usado entre os judeus de todas as partes do mundo. Já a estrela de
Salomão, a de cinco pontas, representa os cinco Salomãos, e é um
símbolo do povo árabe, muçulmano. Também é conhecida como pentagrama, é
uma espécie de talismã ou amuleto, formada por linhas retas
entrelaçadas. Dizem que uma correntinha com o pingente da estrela de
Salomão dá orientação nos momentos de dificuldade no trabalho. O que
quer dizer Namaste? Namaste, em sânscrito, que é a língua dos Vedas,
antigos textos espirituais da Índia, que dizer "eu reverencio a
divindade que existe em você" ou "a divindade que existe em mim
reverencia a divindade que existe em você". Em português, segundo o
professor Hermógenes, você deve pronunciar “namasté”, com acento na
última sílaba, mas o “e” fechado. Esta reverência expressa a crença de
que cada um de nós tem dentro de si uma chama divina, que, para os
hindus, está localizada no chakra do coração. O gesto que acompanha
Namaste é juntar as mãos como se você fosse fazer uma oração na altura
do chakra do coração e abaixar a cabeça. Esta postura, que para nós é
sinônimo de oração, para os hindus também é um gesto sagrado, ou mudra,
chamado Anjali Mudra. A palavra “anjali” significa “oferenda”. É tanto
um gesto de adoração quanto de saudação. Na Índia, Anjali Mudra é
usado para saudar amigos, professores, estranhos, deuses, rios sagrados
ou para manifestar a alegria por um novo dia, nas chegadas e nas
partidas, nos encontros e nas despedidas. Uma variação da saudação é
colocar as duas mãos juntas na altura do terceiro olho, ou seja, entre
as sobrancelhas. Quem foi Lilith? Pergunta de Arthur Eduardo Guida
Leite De acordo com as tradições da cabala judaica (quer dizer a
vertente mais mística do judaísmo), Lilith seria a primeira mulher de
Adão. Contam que ela e Adão estariam unidos pelas costas e, ambos
teriam sido criados como gêmeos, da terra. Lilith exigiu de Adão um
tratamento de iguais, os dois discutiram e ela, cheia de fúria,
pronunciou o nome de Deus e fugiu. Outras versões falam que ela fugiu
para ter relações sexuais com Satã, gerando filhos demonìacos. Esta
versão aparece até na doutrina islâmica. Existem ainda uma outra versão
que diz que Lilith foi a primeira mulher de Adão, mas que foi expulsa
por ele porque se recusou a se submeter a ele no ato sexual. Em todas
as versões, a imagem que surge é de uma personagem arrogante,
independente e rebelde, que será para sempre a sombra de Eva. Lilith
representa o lado sombrio do feminino e os aspectos mais destrutivos
das primeiras Grandes-Mães das mitologias primitivas. Dizem que sua
morada é no fundo dos oceanos e que é bom mantê-la lá, para que ela não
perturbe as famílias nem devore os recém-nascidos. Este aspecto
sombrio do feminino é tão forte que os gregos retomam Lilith na pele
das Lâmias, trágicas filhas de Hécate, a Lua Nova, sombria e escura.
Durante a Idade Média, Lilith vai sendo asismilada aos demônios
femininos como os súcubos. Foram encontrados vários amuletos com a
imagem de Lilith. Talvez para mantê-la apaziguada. E a literatura está
cheia de superstições para proteger as crianças de sua fúria. Onde
fica o Monte Olimpo? Pergunta de Ana S., do Rio Grande do Sul O Monte
Olimpo é a mais alta montanha da Grécia. Fica ao norte e é parte de uma
cadeia conhecida com os Bálcãs, que se estende pela Iugoslávia,
Albânia, Macedônia e Bulgária, segundo o Atlas Mundial. O Monte Olimpo
tem 2918 m de altitude e acredita-se que tenha sido a morada de Zeus, o
senhor de todos os deuses dos gregos. Na verdade, a história deve ter
sido contada ao contrário. A montanha mitológica, tão alta que abrigava
os deuses em tempos primitivos existiu primeiro na alma dos gregos e
apenas mais tarde seu similar geográfico foi nomeado. Os mitos contam
que doze deuses moravam no Olimpo: Zeus; sua mulher, Hera, a deusa dos
partos e da família, seus dois irmãos, Poseidon, deus dos mares, Hades,
deus do mundo subterrâneo. Suas duas irmãs, Deméter, deusa da
vegetação e Héstia, deusa do fogo do lar. Depois vinham os filhos de
Zeus: Apolo, o deus da luz e da inteligência; Ártemis, deusa das
florestas e da natureza selvagem; Atena ou Palas Atena, a deusa das
cidades e da vida civilizada; Ares, o deus da guerra. Também moravam lá
Afrodite, a deusa da beleza, que na Ilíada de Homero é apresentada como
filha de Zeus, mas que em mitos anteriores nasce da espuma do mar;
Hefaistos, filho de Hera, o deus do fogo e Hermes, também filho de Zeus,
o mensageiro dos deuses. A descrição que temos do Olimpo está na
Ilíada, livro de 800aC e atribuído ao escritor grego, Homero. A morada
dos deuses era situada no cume da montanha e sua entrada era um
gigantesco portão de nuvens, guardado pelas Estações do Ano. Ali os
deuses decidiam os destinos dos homens, além de darem lindas festas cujo
cardápio incluía um doce, chamado Ambrosia e uma bebida inebriante,
conhecida como Néctar. As três Graças dançavam e Apolo tocava lira.
“Homero diz que jamais o vento perturbava a paz tranqüila do Olimpo,
nunca chovia nem nevava”, ensina Edith Hamilton, no livro Mitologia; “só
a vastidão do firmamento sem nuvens à volta, por todos os lados, e a
glória luminosa da luz do Sol, difundindo-se pelas suas muralhas”.
Ariadne, Afrodite e Dionísio, do pintor italiano TintorettoQuem foi
Ariadne? Pergunta enviada por Ariadne, de Cachoeiro de Itapemirin, no
Espírito Santo. Ariadne é uma personagem da mitologia grega que a gente
conhece sem conhecer. Vou contar a história. Houve um dia um rei,
chamado Minos, que governava a ilha de Creta no meio do Mediterrâneo. Lá
ele mandou construir um complicadíssimo labirinto que servia de morada
para o fruto dos amores proibidos da rainha, Pasífae com um touro. A
monstruosa criatura, que ficou conhecida como o Minotauro (o touro de
Minos), alimentava-se uma vez por ano, com 7 moças e 7 rapazes da cidade
de Atenas. Cansados deste tributo tão duro, os atenienses organizaram
um grupo para matar o Minotauro. O jovem herói, Teseu, fazia parte do
grupo. Assim que chegaram à Creta, Ariadne, filha de Minos com Pasífae,
avistou Teseu e se apaixonou por ele. Foi dela a idéia genial que
permitiu que Teseu entrasse no labirinto, matasse o monstro e
encontrasse a saída: Ariadne deu a ele um enorme novelo de lã que ele ia
desenrolando à medida em que se embrenhava pelos caminhos escuros. Com
medo da fúria do pai, ela foge com Teseu, certa de que ela também a
amava. Mas o jovem abandona a moça numa ilha, onde ela é encontrada pelo
deus Dionísio, que, fascinado pela sua beleza, resolve casar com ela.
Como presente de casamento, o deus deu a Ariadne uma coroa de ouro, que
se transformou numa constelação. Algumas histórias contam que Ariadne
foi muito feliz com Dionísio, com quem teve quatro filhos. Outras, ao
contrário, falam de um casamento infeliz e até que ela teria sido morta
por ordem do marido. Ariadne ficou famosa, não só porque sua coroa está
impressa no céu, mas também porque sua estratégia virou sinônimo de
engenhosidade e é até hoje conhecida como O Fio de Ariadne. Qual a
diferença entre o candomblé e a umbanda? Pergunta de Carolina Soares,
de São Paulo As chamadas religiões afro-brasileiras, como o candomblé,
nasceram dos cultos que faziam parte da vida e da cultura dos escravos
africanos trazidos para o Brasil. Até hoje, elas são expressões da
cultura negra, embora, a cada dia, aumente o número de brancos que
participam de seus rituais. Mas se umbanda e candomblé tiveram a mesma
origem, elas se separaram ao longo do tempo. Ao contrário do candomblé,
que tem preservadas as suas raízes africanas, a umbanda apresenta-se
como uma reinterpretação brasileira de vários elementos, que incluem
até a filosofia kardecista. De fato, além do riquíssimo panteão de
orixás ou divindades, que compartilha com o candomblé, a umbanda
celebra em seus rituais espíritos intermediários entre os homens e os
orixás. Esses espíritos, chamados “guias” não são individualizados como
na doutrina espírita, mas generalizações ou estereótipos. É o caso,
por exemplo, dos espíritos de índios, chamados caboclos, ou de negros
escravos, conhecidos como pretos-velhos. (Consulta: O Livro das
Religiões, de Jostein Gaarder, da Editora Companhia das Letras) Quem
foi Carlos Castañeda? Pergunta enviada por João B., de São Paulo. Se
você também quiser enviar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Boa
parte da vida de Carlos Castañeda permanece um mistério. E sua obra
ainda provoca grandes discussões. Como certeza, sabe-se que ele foi o
autor de mais de oito livros sobre seus contatos e sua vida com um
índio yaqui, de Sonora, no México, chamado don Juan Matus. Seu primeiro
livro, A Erva do Diabo, foi escrito quando ele ainda era um estudante
de antropologia da Universidade da Califórnia, onde, dizem ele
inclusive obteve um mestrado. E foi publicado em 1968, no auge do
movimento que viria a ser chamado Nova Era. O próprio Castañeda, quando
conheceu don Juan estava fazendo pesquisas sobre o peiote e outras
ervas alucinógenas, usadas pelos índios para provocar estados alterados
de consciência que poderiam ser reveladores e abrir as portas para uma
percepção diferente do mundo. Aliás, Portas da Percepção, é o título
de um dos outros livros de Castañeda. Neste primeiro livro, o jovem
candidato a antropólogo ainda mantém o tom “científico”, nos seguintes,
porém, transforma-se mesmo em aprendiz do brujo don Juan e abandona
toda a pretensão acadêmica. Os livros até hoje atraem milhares de
leitores. A idéia por trás deles é que a Verdade, com V maiúsculo está
em algum lugar dentro de nós mesmos e, pode ser conhecida, uma vez que
ousarmos mergulhar nas profundezas do nosso ser. Entre as críticas que
se fazem à obra de Castañeda é justamente esta familiaridade com os
conceitos típicos da Nova Era. Nos seus últimos livros, por exemplo,
ele ensina uma série de movimentos, chamados Passes Mágicos, que embora
sejam apresentados como tendo sido transmitidos por várias gerações de
índios mexicanos, parecem muito próximos dos exercícios de yoga ou dos
exercícios de respiração que são a base de muitas escolas de
auto-ajuda. Embora, deve-se dizer que o foco proposto por don Juan seja
original e consistente com seus ensinamentos. Para ele, a energia
nasce quando conseguimos manter nossa intenção focada. Críticas à
parte, a obra de Castañeda ainda é usada até hoje quando se quer falar
de Xamanismo moderno. O mistério cerca a vida de Castañeda a partir da
publicação daquele seu primeiro livro. Até a data da sua morte é
incerta e os direitos autorais sobre seus livros estão ainda em
discussão. Para muitos, ele não morreu. Assim como seu mestre don Juan,
apenas atravessou a Porta para o Infinito. Se você quiser mergulhar
neste universo controverso, mas fascinante, comece lendo a Erva do
Diabo, publicado pela Editora Nova Era. Qual é a lenda de São
Cipriano? Pergunta enviada por Cleide, do Rio de Janeiro. Se você também
quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Os seres
humanos sempre se deixaram seduzir pela magia. O poder de controlar a
Natureza e, mesmo, forças maiores até do que as naturais, sempre
fascinou nossa espécie. Feiticeiros, bruxos, encantadores e adivinhos,
para o bem e com igual freqüência, para o mal, sempre estiveram à mão
dos interessados ou dos incautos para fazer feitiços, amuletos,
sortilégios, rezas, enfim, toda a sorte de encantamentos que pudessem
modificar o rumo dos eventos, alterar a sorte, mudar o destino. A
herança das bruxas da Idade Média, ao contrário do que a gente costuma
imaginar, não ficou enterrada nas cinzas das fogueiras. Disfarçada,
enviesada, a magia continuou atiçando a imaginação dos homens. Ao longo
do tempo, muitas orações, mesmo proibidas, foram usadas para a magia.
Laura de Mello e Souza, no seu livro O Diabo e a Terra de Santa Cruz,
diz que “tratava-se de um ramo da magia ritual em que era irresistível o
poder de determinadas palavras divinas e, sobretudo, do nome de Deus”.
A oração de São Cipriano é uma destas preces que foram usadas pelo seu
poder de exorcizar o mal e controlar o amor ou a sorte. E veio para o
Brasil na bagagem dos primeiros portugueses, na forma de um livreto
proibido: O Livro de São Cipriano. Dizem que São Cipriano foi o primeiro
bruxo. Mas a lenda mistura e confunde dois Ciprianos, um doutor da
Igreja, que viveu em Cartago, logo nos dois primeiros séculos depois de
Cristo. E outro que teria vivido em Antioquia, chamado, O Mago. O
Cipriano sábio ficou conhecido como o Papa Africano e foi martirizado
por Valeriano, em 257, deixou vários escritos canônicos e seríssimos,
mas existem muitos textos populares atribuídos a ele que beiram a
heresia. Um e outro estão cercados de lendas que falam de magia e de
crenças pagãs. A lenda de São Cipriano está ligada à lenda de Santa
Justina. Cipriano era um jovem amante das artes ocultas e da magia.
Viajava muito pela Grécia, pelo Egito e, foi até a Índia para
aperfeiçoar seus conhecimentos. Um dia, alguém pediu que ele fizesse um
feitiço de amor para uma jovem chamada Justina. Apesar de usar todos os
seus poderes, a virtude da moça foi mais forte e Cipriano acabou
apaixonado e arrependido. Decidiu servir a Deus em vez do Demônio e
tornou-se bispo de Antioquia, foi martirizado e decapitado por ordem do
imperador romano, Diocleciano. O dia 26 de setembro é dedicado a São
Cipriano e a Santa Justina. Existe uma oração de São Cipriano , mas se
você quiser saber mais sobre a oração e sobre o famoso Livro de São
Cipriano deve ler o livro de Jerusa Pires Ferreira, O Livro de São
Cipriano, uma Legenda de Massas, da Editora Perspectiva. Vale a pena!
Quem foi o rei Salomão? Pergunta enviada por Fernanda Oliveira. Se você
também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com O rei
Salomão era filho e sucessor de outro famoso monarca do Velho
Testamento: Davi. Salomão, cujo nome em hebraico quer dizer “cheio de
paz”, reinou de 970 a 931 aC. Davi era um pastor que passou por várias e
severas peripécias para se tornar um dos mais importantes reis
construtores de Israel. Salomão, filho temporão, já nasceu príncipe e
teve um reinado marcado pela tranqüilidade e pela paz. E em tempos de
paz, o comércio floresce e as artes humanas se desenvolvem. Dizem que
foi nesta época que os judeus desenvolveram o senso comercial que viria a
se tornar sua marca registrada. Riqueza e prosperidade, estas são as
duas palavras que caracterizam o reinado de Salomão. E quando a
preocupação não está na guerra, as artes da paz acabam sendo
estimuladas. Além de embelezar Jerusalém e transformá-la no centro
político e geográfico do reino, Salomão construiu o Templo para abrigar
as relíquias da fé judaica, no local exato que Deus tinha ordenado em
sonhos a seu pai, Davi. A tradição, tanto para judeus, quanto para
muçulmanos, ensina que este lugar é o mesmo Monte Moriá, onde Abraão ia
sacrificar seu filho Isaac. Hoje, o local, chamado em árabe
Haram-esh-Sharif, o “nobre santuário” e em hebraico: Har Habait, “o
monte do templo”, guarda apenas a lembrança do templo, completamente
destruído pelos babilônios em 587aC. Não era um templo comum. O projeto
arquitetônico tinha sido revelado em sonhos a Davi por Deus, “em
pessoa”. Nem era o seu tamanho que impressionava, mas a beleza das suas
formas e o luxo dos acabamentos. O Templo era a marca da cidade sagrada
e o eixo da fé e da cultura judaicas. Foi reconstruído mais uma vez e
destruído definitivamente pelos romanos no ano 70 da nossa época. Além
do Templo, Salomão, o maior sábio de Israel, escreveu alguns dos mais
belos textos da Bíblia. O Livro dos Provérbios, O Livro da Sabedoria e o
Cântico dos Cânticos. Mesmo que ninguém possa assegurar com certeza de
que saíram das mãos do rei, estas obras foram escritas sob sua
inspiração e, sem dúvida, estimuladas pela sua sabedoria. Como era um
soberano de mente aberta, Salomão abriu seu reino para as influências
estrangeiras, inclusive, tomando mulheres dos reinos vizinhos como
esposas. Está escrito no Livro dos Reis (1 Reis 11:4) “A muitas mulheres
estrangeiras o Rei Salomão amou: a filha do Faraó, além de mulheres
moabitas, menonitas, edomitas sidonianas e hititas”. Mas delas todas, a
mais famosa foi a Rainha de Sabá. O romance entre os dois foi tema de
canções e de poemas que estimularam a imaginação não apenas de judeus,
mas também de cristãos e de muçulmanos. Oficialmente, tudo não passou de
um amor platônico, mas na Etiópia, de onde veio a bela rainha, existem
histórias que falam de um filho do par real, Meneleque. Coincidência
ou não, o imperador da Etiópia é chamado pelo título de “Leão de Judá” e
o emblema nacional do país é uma estrela de seis pontas, igualzinha a
que aparece no escudo de Davi, na bandeira de Israel. Qual é a
simbologia da balança do signo de Libra? Pergunta enviada por Luciana.
Se você também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com A
balança é o símbolo da justiça, da medida, da avaliação ponderada dos
fatos, não apenas para nós, ocidentais, mas para muitos outros povos.
Também não é só de avaliação humana que o símbolo fala. A balança
representa o equilíbrio universal, a lei eterna que rege todas as
coisas, o sentido por trás do movimento do mundo. O símbolo lembra
harmonia e conciliação. Muito antes de Cristo, os babilônios, por
exemplo, já reconheciam a constelação de Libra no céu. Ela marcava o
equinócio de outono, no qual o dia e a noite tem a mesma duração e,
portanto, estão em perfeito equilíbrio. No Egito antigo, o deus Osíris
pesava numa balança as almas dos mortos para julgar o seu valor. Para
os gregos, este símbolo de medida e de ordem, tanto para o mundo dos
homens quanto para o mundo natural, é representado por Têmis, a deusa
da lei universal. Outra deusa da ordem é Maat, dos egípcios, também
associada com a balança. Em muitas representações da balança, ela
aparece junto com uma flecha ou um ponteiro ou, ainda uma espada, todos
símbolos do eixo imutável que alinha todas as coisas e mantém o
equilíbrio do universo. Entre as representações cristãs, Miguel, o
Arcanjo do Julgamento, por exemplo, aparece segurando uma balança e uma
espada. E esta idéia de grande julgamento associada ao símbolo da
balança também aparece no Corão, assim como na Pérsia e na China, onde a
balança está associada às sociedades secretas e relacionada ao direito
e à justiça divina. Dá para entender porque este vai ser um dos
símbolos favoritos dos alquimistas e das ciências ocultas em suas
tentativas de compreender e de reunir o mundo visível e o mundo
invisível e de equilibrar aquilo que é corpóreo com o que é imaterial. A
Balança como signo do Zodíaco, representa o tempo intermediário do ano
astrológico. O Sol entra em Libra por volta do dia 23 de setembro e
fica neste signo até o dia 22 de outubro. Como está associado ao
equinócio, no qual dias e noites têm a mesma duração, o símbolo aqui
também fala de equilíbrio, mas lembra que ele nasce daquilo que é
essencialmente oposto e complementar, yin e yang, bom e mal, atração e
recuo, medo e ousadia. O que simboliza o escorpião?. Segundo o
Dicionário de Símbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, alguns
modos africanos têm medo de dizer o nome do animal para não atrair más
vibrações. Para os Maias, o escorpião representa o deus da caça. Os
egípcios até o transformaram na bondosa deusa Selket, que delegava
poderes aos feiticeiros de sua seita. Na mitologia grega o escorpião
foi o vingador de Ártemis, deusa da caça, que mandou o animal picar
Orião, que tentou violentar a jovem caçadora. Por esse feito, o
escorpião foi transformado em uma constelação. Transformação é a
palavra chave para entender os regidos pelo signo de Escorpião, disse a
astróloga do Árvore do Bem, Mônica Horta: "Os escorpianos possuem uma
tensão interna muito grande porque sabem que mais cedo ou mais tarde
vão passar por transformações profundas que não terão volta". Ficou
assustado com todos esses aspectos negativos? Não se preocupe. Por ser
um animal ligado a vibrações mais sombrias, é justamente em momentos de
dificuldade que o Escorpião mostra toda a sua habilidade de
contra-atacar e dar a volta por cima. Escultura de Sir Jacob Epstein
(1880 - 1959). Lucifer 1944-5 Quem é Lúcifer? Esta é a pergunta para o
Árvore do Bem. Você também gostaria de saber mais sobre a esse
polêmico assunto? Então vamos lá: Lúcifer, em latim ‘lucifer’, sem o
acento, significa "estrela da manhã”. A palavra também pode significar
“o que leva o archote”. O luciferário é aquele que leva as lanternas
nas procissões, daí sua ligação com a luz, ‘o que traz a luz’. Lúcifer,
para os antigos romanos, também era o nome do planeta Vênus, “o mais
brilhante, que desaparece de repente no céu”. Como Lúcifer foi se
tornar sinônimo de Anjo Mau, Príncipe das Trevas ou discípulo de
satanás, é uma longa história. Nos primórdios da religião cristã, os
padres da Igreja se depararam com um problema: como abordar o mal? Até
então, a existência do mal não era citada entre as interpretações dos
textos revelados. No entanto, o mal visivelmente existia no mundo.
Havia de se encontrar uma forma de explicá-lo. Em uma religião onde
Deus, que é o próprio bem e é onipotente, onde haveria espaço para o
mal? De certa forma aceitar a existência do mal era colocar em
discussão a existência de um Deus único e absolutamente bom. Os
primeiros formuladores da teologia católica fizeram um grande esforço
para encontrar nos textos revelados uma passagem que pudesse lançar uma
lua nessa questão. E precisavam fazer isso de uma maneira que não
colocasse em cheque o poder divino do bem. Lúcifer, como a representação
do mal, surgiu deste esforço. A versão popular que conhecemos hoje é a
de que Lúcifer, o portador da luz, era um anjo bom com um cargo de
confiança no céu. Um dia ele rebelou-se, traiu a Deus e por isto foi
expulso de lá. Ele teria sido jogado do céu e caído aqui na terra.
Quando caiu, ele afundou e só parou quando chegou ao centro da terra,
onde reina. Ao ser jogado na terra, de certa forma, Lúcifer se torna
humanizado. O fato de ser um anjo caído, diminui sua importância perante
o Bem, definindo a presença do Mal, sem ameaçar a onipotência divina.
No entanto, apesar da profecia de Isaías (onde se baseia a
interpretação que leva a Lúcifer) não estar falando especificamente do
Diabo, e sim da queda do Rei Nabucodonosor, é lá que se encontra a
explicação do mal para a religião católica: "Como caíste do céu, ó
estrela da manhã, filha da alva! como foste lançado por terra tu que
prostravas as nações!" (Is 14,12) Luciferianismo No século IV, na
Sardenha, o Bispo de Cagliari inaugurou o luciferianismo, uma doutrina
herética de Lúcifer. Os adeptos desta doutrina são chamados de
luciferianos. O luciferianismo pode ser definido como o culto e a
devoção a uma energia denominada Lúcifer. Qual é a simbologia do signo
de Áries? Quem nos enviou esta pergunta foi a Agnes Romagnolo, de
Ibiporã, no Paraná. A palavra Áries é carneiro, em latim. De acordo com
o Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier Alain Gheerbrant, página
189, o carneiro simboliza a força da criação que desperta o homem e o
mundo e que assegura a recondução do ciclo vital. É ardente, macho,
instintivo e potente. Ele associa o ímpeto e a generosidade a uma
obstinação que pode conduzir à obcecação. Essas características são
atestadas no mundo inteiro, por meio de numerosos mitos, costumes e
imagens simbolizantes. Ámon, divindade egípicia do Ar e da fecundidade é
representado com a cabeça de carneiro. Outro exemplo é Knum (ou
Quenum), o Deus que, segundo as crenças do antigo Egito modelou a
criação, é o Deus-carneiro por excelência, o carneiro procriador.
Carneiros mumificados têm sido encontrados em abundância, neles
residiam as forças que asseguravam a reproduçãos dos vivos; seus
chifres entravam na composição de muitas coroas mágicas, destinadas a
deuses e a reis, coroas essas que eram o próprio símbolo do temor
irradiado pelo sobrenatural. Da Gália à África, da Índia à China, há a
mesma celebração dessa cadeia simbólica que associa fogo criador,
fertilidade e, em última instância, imortalidade. Assim, nos Vedas, o
cerneiro relaciona-se com o Agni, regente do fogo e, principalmente, do
fogo sacrificial. Zodíaco No zodíaco, é o primeiro signo, situando-se a
ao longo de 30 graus a partir do equinócio da primavera. Nesse
momento, a natureza desperta, após o entorpecimento do inverno, e por
isso esse signo simboliza antes de mais nada o desabrochar da primavera
- portanto, o impulso, a virilidfade (é o principal signo de Marte), a
energia, a independência e a coragem. Signo positivo ou masculino por
excelência. É um símbolo intimamente ligado à natureza do fogo
original. É uma representação cósmica da potência animal, do fogo, a um
só tempo criador e destruidor, cego e rebelde, caótico e prolixo,
generoso e sublime que de um ponto central se difunde em todas as
direções. Essa força se relaciona ao brotar da vitalidade priemira, com
tudo aquilo que um processo inicial tem de impulsão pura e irracional,
de descarga eruptiva, indomável, de sopro inflamado... O que é
Mandrágora? A Patrícia Peres nos escreveu dizendo que adorou o Árvore
do Bem, pois surgiram muitas dúvidas interessantes sobre os mais
diversos assuntos depois que nos visitou. Ela gostaria de saber mais
sobre a planta mandrágora e se também gostaria de ver uma imagem ou
foto dela. Pesquisamos no Dicionário de Símbolos de Jeran Chevalier
Alain Gheerbrant, na página 586 e a resposta esta aí. Mandrágora é a
planta que mais dá lugar a superstições e práticas mágicas. Ela
simboliza a fecundidade, revela o futuro, busca a riqueza. Seu nome
científíco é mandragora autumnalis. existe ainda a mandrágora
caulescens e mandragora officinarum. No Egito as bagas da mandrágora,
da grossura de uma noz, de cor branca ou avermelhada, eram consideradas
o símbolo do amor por suas qualidades afrodisíacas. Os gregos a
chamavam de Planta de Circe, a Mágica. Sua raiz é muito nutritiva e por
isso, nas operações mágicas, significa as virtudes curativas e a
eficácia espiritual. "O Voto de Minerva" Vanderli, que mora na cidade
de Santos-SP, nos escreveu perguntando sobre o Voto de Minerva. Ele
gostaria de saber por que este voto de desempate é chamado de "voto de
Minerva". E você? Sabe o que está por trás da expressão voto de
Minerva? Segundo a mitologia, Athena e Poseidon queriam ser patronos de
uma cidade. Os dois brigaram, brigaram , até que os deuses resolveram
votar qual dos dois tomaria o poder. Todas as deusas votaram em Athena e
os deuses em Poseidon. Zeus se negou a votar e Athena ganhou por um
voto de diferença ficando com a cidade. Só que, para amansar o ego de
Poseidon, as mulheres ficaram impedidas de votar. A história dos homens
se baseou no mito. Surgiu no antigo Senado romano o voto de Minerva, o
voto da decisão. Eles tinham uma tradição de, nos debates, quando uma
questão era muito polêmica e acabava em empate, era permitido ao
presidente o voto de Minerva, para decidir a questão. Minerva é o nome
romano de Atena, a deusa grega da sabedoria. Ela é também a deusa das
artes e do artesanato, da ciência e do comércio e da medicina. Mais
tarde se tornou também a deusa da guerra. Ela é filha de Júpiter. No
templo do monte de Capitólio foi adorada junto com o pai e Juno, com
quem formava uma tríade poderosa de deuses. Acredita-se que Minerva
inventou os números e os instrumentos musicais. O culto à deusa nasceu
na cultura etrusca e o povo a chamava de Menrva ou Menerva. Os romanos
homenagearam Minerva dando seu nome a este voto. Pois é um voto que
exige sabedoria para ser dado. E Minerva, uma das mais admiradas da
mitologia da Roma e da Grécia antiga, sempre foi representada com uma
coruja nas mãos, símbolo da sabedoria. Gostaria de saber qual a
diferença entre a estrela de Salomão e a estrela de David? Tem alguma?
Qual? A principal diferença entre a estrela de David e a estrela de
Salomão é a quantidade de pontas. A estrela de David tem seis pontas, e
a de Salomão cinco. A estrela de David representa duas pirâmides
cruzadas, há divergências quanto a origem de seu formato. Há quem
acredite que a origem da estrela vem do grego, língua em que a palavra
David é composta por 2 Deltas (letra em formato de triângulo - que
representa a letra "D"), e por este motivo a estrela é composta por 2
triângulos. Desde o século XIX a Estrela de David tem sido o símbolo
mais usado entre os judeus de todas as partes do mundo. Já a estrela de
Salomão, a de cinco pontas, representa os cinco Salomãos, e é um
símbolo do povo árabe, muçulmano. Também é conhecida como pentagrama, é
uma espécie de talismã ou amuleto, formada por linhas retas
entrelaçadas. Dizem que uma correntinha com o pingente da estrela de
Salomão dá orientação nos momentos de dificuldade no trabalho. O que
quer dizer Namaste? Namaste, em sânscrito, que é a língua dos Vedas,
antigos textos espirituais da Índia, que dizer "eu reverencio a
divindade que existe em você" ou "a divindade que existe em mim
reverencia a divindade que existe em você". Em português, segundo o
professor Hermógenes, você deve pronunciar “namasté”, com acento na
última sílaba, mas o “e” fechado. Esta reverência expressa a crença de
que cada um de nós tem dentro de si uma chama divina, que, para os
hindus, está localizada no chakra do coração. O gesto que acompanha
Namaste é juntar as mãos como se você fosse fazer uma oração na altura
do chakra do coração e abaixar a cabeça. Esta postura, que para nós é
sinônimo de oração, para os hindus também é um gesto sagrado, ou mudra,
chamado Anjali Mudra. A palavra “anjali” significa “oferenda”. É tanto
um gesto de adoração quanto de saudação. Na Índia, Anjali Mudra é
usado para saudar amigos, professores, estranhos, deuses, rios sagrados
ou para manifestar a alegria por um novo dia, nas chegadas e nas
partidas, nos encontros e nas despedidas. Uma variação da saudação é
colocar as duas mãos juntas na altura do terceiro olho, ou seja, entre
as sobrancelhas. Quem foi Lilith? Pergunta de Arthur Eduardo Guida
Leite De acordo com as tradições da cabala judaica (quer dizer a
vertente mais mística do judaísmo), Lilith seria a primeira mulher de
Adão. Contam que ela e Adão estariam unidos pelas costas e, ambos
teriam sido criados como gêmeos, da terra. Lilith exigiu de Adão um
tratamento de iguais, os dois discutiram e ela, cheia de fúria,
pronunciou o nome de Deus e fugiu. Outras versões falam que ela fugiu
para ter relações sexuais com Satã, gerando filhos demonìacos. Esta
versão aparece até na doutrina islâmica. Existem ainda uma outra versão
que diz que Lilith foi a primeira mulher de Adão, mas que foi expulsa
por ele porque se recusou a se submeter a ele no ato sexual. Em todas
as versões, a imagem que surge é de uma personagem arrogante,
independente e rebelde, que será para sempre a sombra de Eva. Lilith
representa o lado sombrio do feminino e os aspectos mais destrutivos
das primeiras Grandes-Mães das mitologias primitivas. Dizem que sua
morada é no fundo dos oceanos e que é bom mantê-la lá, para que ela não
perturbe as famílias nem devore os recém-nascidos. Este aspecto
sombrio do feminino é tão forte que os gregos retomam Lilith na pele
das Lâmias, trágicas filhas de Hécate, a Lua Nova, sombria e escura.
Durante a Idade Média, Lilith vai sendo asismilada aos demônios
femininos como os súcubos. Foram encontrados vários amuletos com a
imagem de Lilith. Talvez para mantê-la apaziguada. E a literatura está
cheia de superstições para proteger as crianças de sua fúria. Onde
fica o Monte Olimpo? Pergunta de Ana S., do Rio Grande do Sul O Monte
Olimpo é a mais alta montanha da Grécia. Fica ao norte e é parte de uma
cadeia conhecida com os Bálcãs, que se estende pela Iugoslávia,
Albânia, Macedônia e Bulgária, segundo o Atlas Mundial. O Monte Olimpo
tem 2918 m de altitude e acredita-se que tenha sido a morada de Zeus, o
senhor de todos os deuses dos gregos. Na verdade, a história deve ter
sido contada ao contrário. A montanha mitológica, tão alta que abrigava
os deuses em tempos primitivos existiu primeiro na alma dos gregos e
apenas mais tarde seu similar geográfico foi nomeado. Os mitos contam
que doze deuses moravam no Olimpo: Zeus; sua mulher, Hera, a deusa dos
partos e da família, seus dois irmãos, Poseidon, deus dos mares, Hades,
deus do mundo subterrâneo. Suas duas irmãs, Deméter, deusa da
vegetação e Héstia, deusa do fogo do lar. Depois vinham os filhos de
Zeus: Apolo, o deus da luz e da inteligência; Ártemis, deusa das
florestas e da natureza selvagem; Atena ou Palas Atena, a deusa das
cidades e da vida civilizada; Ares, o deus da guerra. Também moravam lá
Afrodite, a deusa da beleza, que na Ilíada de Homero é apresentada como
filha de Zeus, mas que em mitos anteriores nasce da espuma do mar;
Hefaistos, filho de Hera, o deus do fogo e Hermes, também filho de Zeus,
o mensageiro dos deuses. A descrição que temos do Olimpo está na
Ilíada, livro de 800aC e atribuído ao escritor grego, Homero. A morada
dos deuses era situada no cume da montanha e sua entrada era um
gigantesco portão de nuvens, guardado pelas Estações do Ano. Ali os
deuses decidiam os destinos dos homens, além de darem lindas festas cujo
cardápio incluía um doce, chamado Ambrosia e uma bebida inebriante,
conhecida como Néctar. As três Graças dançavam e Apolo tocava lira.
“Homero diz que jamais o vento perturbava a paz tranqüila do Olimpo,
nunca chovia nem nevava”, ensina Edith Hamilton, no livro Mitologia; “só
a vastidão do firmamento sem nuvens à volta, por todos os lados, e a
glória luminosa da luz do Sol, difundindo-se pelas suas muralhas”.
Ariadne, Afrodite e Dionísio, do pintor italiano TintorettoQuem foi
Ariadne? Pergunta enviada por Ariadne, de Cachoeiro de Itapemirin, no
Espírito Santo. Ariadne é uma personagem da mitologia grega que a gente
conhece sem conhecer. Vou contar a história. Houve um dia um rei,
chamado Minos, que governava a ilha de Creta no meio do Mediterrâneo. Lá
ele mandou construir um complicadíssimo labirinto que servia de morada
para o fruto dos amores proibidos da rainha, Pasífae com um touro. A
monstruosa criatura, que ficou conhecida como o Minotauro (o touro de
Minos), alimentava-se uma vez por ano, com 7 moças e 7 rapazes da cidade
de Atenas. Cansados deste tributo tão duro, os atenienses organizaram
um grupo para matar o Minotauro. O jovem herói, Teseu, fazia parte do
grupo. Assim que chegaram à Creta, Ariadne, filha de Minos com Pasífae,
avistou Teseu e se apaixonou por ele. Foi dela a idéia genial que
permitiu que Teseu entrasse no labirinto, matasse o monstro e
encontrasse a saída: Ariadne deu a ele um enorme novelo de lã que ele ia
desenrolando à medida em que se embrenhava pelos caminhos escuros. Com
medo da fúria do pai, ela foge com Teseu, certa de que ela também a
amava. Mas o jovem abandona a moça numa ilha, onde ela é encontrada pelo
deus Dionísio, que, fascinado pela sua beleza, resolve casar com ela.
Como presente de casamento, o deus deu a Ariadne uma coroa de ouro, que
se transformou numa constelação. Algumas histórias contam que Ariadne
foi muito feliz com Dionísio, com quem teve quatro filhos. Outras, ao
contrário, falam de um casamento infeliz e até que ela teria sido morta
por ordem do marido. Ariadne ficou famosa, não só porque sua coroa está
impressa no céu, mas também porque sua estratégia virou sinônimo de
engenhosidade e é até hoje conhecida como O Fio de Ariadne. Qual a
diferença entre o candomblé e a umbanda? Pergunta de Carolina Soares,
de São Paulo As chamadas religiões afro-brasileiras, como o candomblé,
nasceram dos cultos que faziam parte da vida e da cultura dos escravos
africanos trazidos para o Brasil. Até hoje, elas são expressões da
cultura negra, embora, a cada dia, aumente o número de brancos que
participam de seus rituais. Mas se umbanda e candomblé tiveram a mesma
origem, elas se separaram ao longo do tempo. Ao contrário do candomblé,
que tem preservadas as suas raízes africanas, a umbanda apresenta-se
como uma reinterpretação brasileira de vários elementos, que incluem
até a filosofia kardecista. De fato, além do riquíssimo panteão de
orixás ou divindades, que compartilha com o candomblé, a umbanda
celebra em seus rituais espíritos intermediários entre os homens e os
orixás. Esses espíritos, chamados “guias” não são individualizados como
na doutrina espírita, mas generalizações ou estereótipos. É o caso,
por exemplo, dos espíritos de índios, chamados caboclos, ou de negros
escravos, conhecidos como pretos-velhos. (Consulta: O Livro das
Religiões, de Jostein Gaarder, da Editora Companhia das Letras) Quem
foi Carlos Castañeda? Pergunta enviada por João B., de São Paulo. Se
você também quiser enviar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Boa
parte da vida de Carlos Castañeda permanece um mistério. E sua obra
ainda provoca grandes discussões. Como certeza, sabe-se que ele foi o
autor de mais de oito livros sobre seus contatos e sua vida com um
índio yaqui, de Sonora, no México, chamado don Juan Matus. Seu primeiro
livro, A Erva do Diabo, foi escrito quando ele ainda era um estudante
de antropologia da Universidade da Califórnia, onde, dizem ele
inclusive obteve um mestrado. E foi publicado em 1968, no auge do
movimento que viria a ser chamado Nova Era. O próprio Castañeda, quando
conheceu don Juan estava fazendo pesquisas sobre o peiote e outras
ervas alucinógenas, usadas pelos índios para provocar estados alterados
de consciência que poderiam ser reveladores e abrir as portas para uma
percepção diferente do mundo. Aliás, Portas da Percepção, é o título
de um dos outros livros de Castañeda. Neste primeiro livro, o jovem
candidato a antropólogo ainda mantém o tom “científico”, nos seguintes,
porém, transforma-se mesmo em aprendiz do brujo don Juan e abandona
toda a pretensão acadêmica. Os livros até hoje atraem milhares de
leitores. A idéia por trás deles é que a Verdade, com V maiúsculo está
em algum lugar dentro de nós mesmos e, pode ser conhecida, uma vez que
ousarmos mergulhar nas profundezas do nosso ser. Entre as críticas que
se fazem à obra de Castañeda é justamente esta familiaridade com os
conceitos típicos da Nova Era. Nos seus últimos livros, por exemplo,
ele ensina uma série de movimentos, chamados Passes Mágicos, que embora
sejam apresentados como tendo sido transmitidos por várias gerações de
índios mexicanos, parecem muito próximos dos exercícios de yoga ou dos
exercícios de respiração que são a base de muitas escolas de
auto-ajuda. Embora, deve-se dizer que o foco proposto por don Juan seja
original e consistente com seus ensinamentos. Para ele, a energia
nasce quando conseguimos manter nossa intenção focada. Críticas à
parte, a obra de Castañeda ainda é usada até hoje quando se quer falar
de Xamanismo moderno. O mistério cerca a vida de Castañeda a partir da
publicação daquele seu primeiro livro. Até a data da sua morte é
incerta e os direitos autorais sobre seus livros estão ainda em
discussão. Para muitos, ele não morreu. Assim como seu mestre don Juan,
apenas atravessou a Porta para o Infinito. Se você quiser mergulhar
neste universo controverso, mas fascinante, comece lendo a Erva do
Diabo, publicado pela Editora Nova Era. Qual é a lenda de São
Cipriano? Pergunta enviada por Cleide, do Rio de Janeiro. Se você também
quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com Os seres
humanos sempre se deixaram seduzir pela magia. O poder de controlar a
Natureza e, mesmo, forças maiores até do que as naturais, sempre
fascinou nossa espécie. Feiticeiros, bruxos, encantadores e adivinhos,
para o bem e com igual freqüência, para o mal, sempre estiveram à mão
dos interessados ou dos incautos para fazer feitiços, amuletos,
sortilégios, rezas, enfim, toda a sorte de encantamentos que pudessem
modificar o rumo dos eventos, alterar a sorte, mudar o destino. A
herança das bruxas da Idade Média, ao contrário do que a gente costuma
imaginar, não ficou enterrada nas cinzas das fogueiras. Disfarçada,
enviesada, a magia continuou atiçando a imaginação dos homens. Ao longo
do tempo, muitas orações, mesmo proibidas, foram usadas para a magia.
Laura de Mello e Souza, no seu livro O Diabo e a Terra de Santa Cruz,
diz que “tratava-se de um ramo da magia ritual em que era irresistível o
poder de determinadas palavras divinas e, sobretudo, do nome de Deus”.
A oração de São Cipriano é uma destas preces que foram usadas pelo seu
poder de exorcizar o mal e controlar o amor ou a sorte. E veio para o
Brasil na bagagem dos primeiros portugueses, na forma de um livreto
proibido: O Livro de São Cipriano. Dizem que São Cipriano foi o primeiro
bruxo. Mas a lenda mistura e confunde dois Ciprianos, um doutor da
Igreja, que viveu em Cartago, logo nos dois primeiros séculos depois de
Cristo. E outro que teria vivido em Antioquia, chamado, O Mago. O
Cipriano sábio ficou conhecido como o Papa Africano e foi martirizado
por Valeriano, em 257, deixou vários escritos canônicos e seríssimos,
mas existem muitos textos populares atribuídos a ele que beiram a
heresia. Um e outro estão cercados de lendas que falam de magia e de
crenças pagãs. A lenda de São Cipriano está ligada à lenda de Santa
Justina. Cipriano era um jovem amante das artes ocultas e da magia.
Viajava muito pela Grécia, pelo Egito e, foi até a Índia para
aperfeiçoar seus conhecimentos. Um dia, alguém pediu que ele fizesse um
feitiço de amor para uma jovem chamada Justina. Apesar de usar todos os
seus poderes, a virtude da moça foi mais forte e Cipriano acabou
apaixonado e arrependido. Decidiu servir a Deus em vez do Demônio e
tornou-se bispo de Antioquia, foi martirizado e decapitado por ordem do
imperador romano, Diocleciano. O dia 26 de setembro é dedicado a São
Cipriano e a Santa Justina. Existe uma oração de São Cipriano , mas se
você quiser saber mais sobre a oração e sobre o famoso Livro de São
Cipriano deve ler o livro de Jerusa Pires Ferreira, O Livro de São
Cipriano, uma Legenda de Massas, da Editora Perspectiva. Vale a pena!
Quem foi o rei Salomão? Pergunta enviada por Fernanda Oliveira. Se você
também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com O rei
Salomão era filho e sucessor de outro famoso monarca do Velho
Testamento: Davi. Salomão, cujo nome em hebraico quer dizer “cheio de
paz”, reinou de 970 a 931 aC. Davi era um pastor que passou por várias e
severas peripécias para se tornar um dos mais importantes reis
construtores de Israel. Salomão, filho temporão, já nasceu príncipe e
teve um reinado marcado pela tranqüilidade e pela paz. E em tempos de
paz, o comércio floresce e as artes humanas se desenvolvem. Dizem que
foi nesta época que os judeus desenvolveram o senso comercial que viria a
se tornar sua marca registrada. Riqueza e prosperidade, estas são as
duas palavras que caracterizam o reinado de Salomão. E quando a
preocupação não está na guerra, as artes da paz acabam sendo
estimuladas. Além de embelezar Jerusalém e transformá-la no centro
político e geográfico do reino, Salomão construiu o Templo para abrigar
as relíquias da fé judaica, no local exato que Deus tinha ordenado em
sonhos a seu pai, Davi. A tradição, tanto para judeus, quanto para
muçulmanos, ensina que este lugar é o mesmo Monte Moriá, onde Abraão ia
sacrificar seu filho Isaac. Hoje, o local, chamado em árabe
Haram-esh-Sharif, o “nobre santuário” e em hebraico: Har Habait, “o
monte do templo”, guarda apenas a lembrança do templo, completamente
destruído pelos babilônios em 587aC. Não era um templo comum. O projeto
arquitetônico tinha sido revelado em sonhos a Davi por Deus, “em
pessoa”. Nem era o seu tamanho que impressionava, mas a beleza das suas
formas e o luxo dos acabamentos. O Templo era a marca da cidade sagrada
e o eixo da fé e da cultura judaicas. Foi reconstruído mais uma vez e
destruído definitivamente pelos romanos no ano 70 da nossa época. Além
do Templo, Salomão, o maior sábio de Israel, escreveu alguns dos mais
belos textos da Bíblia. O Livro dos Provérbios, O Livro da Sabedoria e o
Cântico dos Cânticos. Mesmo que ninguém possa assegurar com certeza de
que saíram das mãos do rei, estas obras foram escritas sob sua
inspiração e, sem dúvida, estimuladas pela sua sabedoria. Como era um
soberano de mente aberta, Salomão abriu seu reino para as influências
estrangeiras, inclusive, tomando mulheres dos reinos vizinhos como
esposas. Está escrito no Livro dos Reis (1 Reis 11:4) “A muitas mulheres
estrangeiras o Rei Salomão amou: a filha do Faraó, além de mulheres
moabitas, menonitas, edomitas sidonianas e hititas”. Mas delas todas, a
mais famosa foi a Rainha de Sabá. O romance entre os dois foi tema de
canções e de poemas que estimularam a imaginação não apenas de judeus,
mas também de cristãos e de muçulmanos. Oficialmente, tudo não passou de
um amor platônico, mas na Etiópia, de onde veio a bela rainha, existem
histórias que falam de um filho do par real, Meneleque. Coincidência
ou não, o imperador da Etiópia é chamado pelo título de “Leão de Judá” e
o emblema nacional do país é uma estrela de seis pontas, igualzinha a
que aparece no escudo de Davi, na bandeira de Israel. Qual é a
simbologia da balança do signo de Libra? Pergunta enviada por Luciana.
Se você também quiser mandar uma pergunta, escreva para belotti@ig.com A
balança é o símbolo da justiça, da medida, da avaliação ponderada dos
fatos, não apenas para nós, ocidentais, mas para muitos outros povos.
Também não é só de avaliação humana que o símbolo fala. A balança
representa o equilíbrio universal, a lei eterna que rege todas as
coisas, o sentido por trás do movimento do mundo. O símbolo lembra
harmonia e conciliação. Muito antes de Cristo, os babilônios, por
exemplo, já reconheciam a constelação de Libra no céu. Ela marcava o
equinócio de outono, no qual o dia e a noite tem a mesma duração e,
portanto, estão em perfeito equilíbrio. No Egito antigo, o deus Osíris
pesava numa balança as almas dos mortos para julgar o seu valor. Para
os gregos, este símbolo de medida e de ordem, tanto para o mundo dos
homens quanto para o mundo natural, é representado por Têmis, a deusa
da lei universal. Outra deusa da ordem é Maat, dos egípcios, também
associada com a balança. Em muitas representações da balança, ela
aparece junto com uma flecha ou um ponteiro ou, ainda uma espada, todos
símbolos do eixo imutável que alinha todas as coisas e mantém o
equilíbrio do universo. Entre as representações cristãs, Miguel, o
Arcanjo do Julgamento, por exemplo, aparece segurando uma balança e uma
espada. E esta idéia de grande julgamento associada ao símbolo da
balança também aparece no Corão, assim como na Pérsia e na China, onde a
balança está associada às sociedades secretas e relacionada ao direito
e à justiça divina. Dá para entender porque este vai ser um dos
símbolos favoritos dos alquimistas e das ciências ocultas em suas
tentativas de compreender e de reunir o mundo visível e o mundo
invisível e de equilibrar aquilo que é corpóreo com o que é imaterial. A
Balança como signo do Zodíaco, representa o tempo intermediário do ano
astrológico. O Sol entra em Libra por volta do dia 23 de setembro e
fica neste signo até o dia 22 de outubro. Como está associado ao
equinócio, no qual dias e noites têm a mesma duração, o símbolo aqui
também fala de equilíbrio, mas lembra que ele nasce daquilo que é
essencialmente oposto e complementar, yin e yang, bom e mal, atração e
recuo, medo e ousadia.
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